sábado, 29 de outubro de 2016

João Lobo Antunes


Não é de todos que se pode dizer, como elogio, tratar-se de um príncipe. Por norma, os príncipes não são bem vistos em terras republicanas. João Lobo Antunes constituiu a excepção que confirma a regra.
Conheci-o num jantar em casa de amigos comuns e impressionou-me profundamente aquilo que lhe ouvi. Apesar de eu própria pertencer a uma família que tem vários médicos, "aquele" era diferente de todos os que eu conhecia e admirava. 
A partir desse jantar segui com bastante atenção tudo o que lhe dizia respeito como médico, como cidadão, e como homem. E foram todas estas circunstâncias que me levaram a ficar completamente tranquila quando o meu irmão mais velho esteve sob a sua alçada. Ninguém o teria tratado melhor. Nem aqui, nem no estrangeiro. Nunca lhe pude pagar essa dívida de gratidão.
Havia de vir a conhecer o seu irmão Nuno, também ele medico, que muito estimo e é casado com uma mulher de quem gosto muito. Para ele e para a Felipa o meu abraço mais sentido!

HSC

2 comentários:

Silenciosamente ouvindo... disse...

Não o conheci pessoalmente.
Mas lia tudo o que via sobre ele.
Perdeu-se um príncipe, como diz
e morreu muito novo.
Os meus sentidos pêsames a sua família.
Paz à sua alma.
Os meus cumprimentos.
Irene Alves

Maria Eugénia disse...

Também tenho uma irmã que foi operada pela sua equipa. Um humanismo muito forte numa situação muito difícil. Felizmente aquilo que à partida parecia ser grave, revelou-se depois benigno.
Tenho na ideia que pessoas como ele, que salvam vidas, NÃO deveriam morrer...
Maria do Porto