quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Porquê, agora?


“Pecámos contra a dignidade dos cidadãos da Grécia, Portugal e, muitas vezes, da Irlanda também”, começou por dizer o atual presidente da Comissão Europeia. O próprio considerou que, por ter presidido ao Eurogrupo recentemente, essa declaração até pode parecer “estúpida”. O luxemburguês não quis comentar a atual situação da Grécia e preferiu dizer que as instituições europeias têm de “aprender as lições do passado” e “não repetir os mesmos erros”.
(in Observador)
Tenho muita dificuldade em perceber as estratégias políticas e custa-me muito ver a economia ser posta ao seu serviço. Julgo, até, que me não teria feito economista se, há cinquenta anos, tivesse percebido que seria esse o destino desta área de estudo.
Tento sempre perceber "a causa das coisas", mas chegada à frase de Juncker que acima cito, confesso que empanquei e não consegui vislumbrar a razão por que ela é dita agora e não quando ele substituiu Durão Barroso.
Li bastante do que por aqui se escreveu a defender e a atacar. Mas ou é incapacidade minha, ou ninguém me conseguiu explicar de modo convincente a oportunidade temporal da frase, já que o seu conteúdo não deixa qualquer dúvida. Mas, então, Juncker não esteve no Eurogrupo?!

HSC

5 comentários:

João Menéres disse...

Mas estava distraído...


Melhores cumprimentos.

bea disse...

...mas é que o arrependimento vem sempre depois do "pecámos". Não se pode boicotar a sequência religiosa.

Lágrimas e crocodilo.

Fatyly disse...

Como cidadã que sou, sem pretensões a altos cargos digo o que sempre disse: fora do poleiro todos sem excepção vêm o povo de outra forma, o que não acontece quando estão a exercer funções em que somos meros números.

É triste mas concordo que com toda esta austeridade ninguém pensa no povo e basta estar atento ao empobrecimento de todos nós e já nem falo globalmente.

Infelizmente regredimos décadas...o que nunca pensei que iria passar de novo. Ainda dizem que a história não se repete!

Um abraço e um bom dia

Anónimo disse...


Bom dia Helena!
Reconhecer um erro publicamente, é de certa forma de louvar, pena que antes estava tudo camuflado, erros de estratégia podem dar avultados prejuízos a um país. Será, que ainda vão a tempo de ser reparados?
Também não entendi esta frase:
O Presidente da República, Cavaco Silva, afirmou hoje que Portugal é um dos países que fez e fará maiores doações à Grécia entre 2012 e 2020, recusando em público fazer julgamentos sobre as negociações para evitar cacofonia entre Presidência e Governo.
Estaremos assim tão bem para fazer doações?
Ou por detrás delas existem algumas obscuridades...
É para dizer, "zangam-se as comadres descobrem-se as verdades."

Hoje, soube de algo muito triste,
"a maior dor".
Creio que saberá de que dor falo, só penso naqueles pais, avós, familia...numca sabemos o que nos espera.

"Somos feitos de carne, mas temos de viver como se fôssemos de ferro."
Freud

Carla

Anónimo disse...

Parafraseando alguém, apetece-me dizer que a política é demasiado importante para ser deixada (só) aos políticos.
Quando não são decisores políticos em exercício de cargos públicos dizem que, os que o são, geralmente só tomam decisões erradas.
Quando aqueles passam a exercer, normalmente anulam muito do que está feito pelos anteriores e, desatam a tomar decisões, essas sim correctíssimas, que os que agora lá não estão criticam.
Depois, quando abandonam o exercício das funções que desempenharam, num género do tipo comentador ou de outra qualquer figura de estilo, quando perguntados sobre este ou aquele problema, apresentam de imediato solução.
Imagino eu que bom seria se todos os ministros que passaram pelos diferentes governos fossem chamados, de novo, a exercer os mesmos cargos, com as soluções que posteriormente enunciam.
É que até parecem pessoas diferentes, com outras ideias, diria mesmo irreconhecíveis.
Talvez isso se possa aplicar ao senhor Juncker, não o sei. Mas que se poderia aplicar a muitos da nossa praça, isso eu sei, porque os ouvi.
Atentamente
Rui Carlos