O Syriza é um partido político de esquerda fundado em 2004
produto de uma aliança eleitoral de 13 partidos. Em Maio de 2012 apresentou-se
como um único partido.
Após a vitória de Janeiro último, o seu líder Alexis Tsipras,
formou um governo de coligação com o partido nacionalista conservador.
Trata-se, assim, de uma união entre a esquerda e a direita
radicais, que só muito dificilmente se admitiria que chegassem ao poder no
quadro de uma União Europeia.
Se chegaram, é porque o povo grego foi humilhado pela troika. Como agora tardiamente
Juncker veio reconhecer.
Parece, pois, evidente que a UE tem de repensar uma série de
questões. Porque, a breve prazo, pode muito bem acontecer que, em França,
Marine Le Pen seja necessária para formar um novo governo e que, se a Grécia
não conseguir resolver os seus problemas, o país caia nas mãos da Aurora
Dourada.
Se a tudo isto juntarmos a política expansionista da actual
Rússia, é grande a possibilidade de estar a ser desenhada uma nova Europa. Será
que os dirigentes europeus não se dão conta do rastilho com que parecem estar a
brincar?
HSC