Este fim de semana comecei a ler os jornais atrasados e respectivas revistas. Numa delas vem um artigo que me deixou surpreendida. Trata-se de um jovem luso americano que será filho de Salgueiro Maia e de uma senhora açoriana com quem o herói nacional terá mantido uma relação de dez anos.
O filho cresceu em New Jersey e só em 2008 - nasceu em 1984 - soube quem era o seu verdadeiro pai. Decidiu e bem, em Agosto último, interpor uma acção de investigação de paternidade. Salgueiro Maia nunca reconheceu este filho para não magoar a sua mulher oficial, com quem teve dois filhos adoptados.
Ninguém tem o direito de julgar ninguém e não serei eu a faze-lo. Mas sempre fui contra a injusta discriminação que a nossa anterior legislação fazia entre filhos legítimos e ilegítimos. Um filho é sempre legítimo. Os pais é que podem não o ser.
Faz bem este jovem em reclamar a paternidade por integridade. Porque, de facto, ele tem direito ao pai que lhe pertence por direito.
HSC
12 comentários:
Estou inteiramente de acordo consigo!
Subscrevo inteiramente.
Também não julgo, mas concordo!
Isabel BP
Muito bonito.
Saber quem são os pais é conhecer as raízes e isso é essencial para sabermos donde viémos, o que queremos e para onde vamos.
O sangue é mais forte....
Luísa disse ...
Os homens falham... e de que maneira! É-lhes fácil serem lobos com pele de cordeiro e é mais fácil ainda serem 'cobardes'. Essa de não querer magoar a mulher oficial é muito mais frequente do que se imagina. E depois temos as amantes 'forçadas', a remoerem-se em remorsos, quando suas excelências - homens - fazem o que querem, mentindo a ambas. Que não nos falte a nós - mulheres oficiais e amantes - coragem para os pôr no lugar. Nem que seja fazendo o mesmo que eles fazem - embora para isso seja preciso ter 'bons' fígados ... Abençoadas as mulheres que são capazes de lhes pôr as malas à porta...
Concordo plenamente consigo.
Cláudia
Cara Luísa,
Não querendo desculpar a atitude de Salgueiro Maia de não querer reconhecer este filho para não magoar a sua mulher oficial... Há que ter em conta que se tinham dois filhos adoptados, a senhora podia ter problemas de fertilização já que ele concebeu um filho biológico ou muitos outros factores.
Cada um sabe de si e Deus sabe de todos!
Isabel BO
Cara Isabel BO
Cada um olha este caso de acordo com a sua própria experiência de vida.
Aqui não pretendi, senão, apoiar uma decisão de um filho que não tendo pedido para vir ao mundo, se viu durante 24 anos privado de um pai e de um nome.
Quando casamos é para o bom e para o mau. Somos adultos. Mas uma criança que defesa tem?
Tema muito sensível...
Como a Helena diz, e muito bem, cada um olha de acordo com a sua própria experiência de vida.
Pertenço a uma família em que há filhos adoptados ( em várias gerações ) e acho que cada caso é um caso e nunca devemos julgar nem pais (adoptivos ou de sangue ... ), nem filhos.
A historia de cada um é única!
Permito-me só a um comentário. A Helena diz que este filho esteve privado de pai e de nome durante 24 anos. Teve mesmo? Foi criado só pela mãe? Ou teve um pai adoptivo?
Na minha opinião ( que é fruto da minha própria experiência, claro! ) se teve um pai adoptivo não teve privado de pai nem de nome.
Cara Helena,
A Isabel BO sou eu (BP) que me enganei a escrever.
Concordo completamente com o seu post, daí o meu primeiro comentário.
O segundo comentário veio na na sequência de uma comentadora ser mais radical e escrever que colocava as malas à porta e mais isto e aquilo... Daí escrever que "Cada um sabe de si e Deus sabe de todos!".
Isabel BP (ex- BO) :))
Subscrevo o post.
Abraço
O marido da mãe segundo li, assumiu como filho e deu- lhe o nome, só perto dos 28 anos Andrew Maia soube pela mãe já divorciada do marido que esse homem não era pai dele.
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