sexta-feira, 21 de junho de 2013

"Angola é assunto que por cá se trata com pinças. Não foi sempre assim; lembre-se, por exemplo, a crítica reportagem Meninos de Angola, de Cândida Pinto, em 1996, na SIC. Seria interessante perceber a partir de que momento se verificou tanta cautela - para, provavelmente, concluir que coincide com o adensar dos interesses económicos "bilaterais" e com os investimentos de empresas angolanas em Portugal, nos media em particular.
Portugal não está só nesse silêncio. Há um ano, por ocasião das legislativas angolanas, o jornal britânico The Guardian titulava um artigo "José Eduardo dos Santos, o autocrata menos conhecido de África", frisando manter-se no poder há 33 anos (agora 34) e que, filho de um pedreiro, toda a vida quadro de um partido de génese comunista, acumula na sua família imediata - os filhos, com relevo para a mais velha, Isabel, de 40 anos, considerada a mulher mais rica de África - uma imensa fortuna. No mesmo artigo, assinala-se que as entrevistas com o Presidente angolano são raríssimas e que ele, ao contrário de outros autocratas africanos, como Mobutu, cultiva a discrição.
Uma dessas raridades foi concedida à SIC, há duas semanas. Primeira surpresa: o jornalista escolhido foi o correspondente da estação em Israel. A segunda foi mesmo a entrevista. Como repórter no Médio Oriente, Henrique Cymerman, embora cerimonioso, nunca surgiu timorato. Perante dos Santos e afirmações como "Angola é uma democracia de carácter social"; "estamos a trabalhar para erradicar a pobreza, a nossa maior preocupação é o fosso entre ricos e pobres mas temos a herança que vem do tempo colonial", ou "a corrupção é um problema em todos os países mas temos agido para que as pessoas não se apropriem do que não é delas", coibiu-se de contrapor o óbvio: apesar da sua abundância de recursos, e de ter sido descolonizada há 38 anos, Angola está na cauda do índice de desenvolvimento humano; a família do Presidente apresenta um nível de riqueza e de proeminência nos negócios dificilmente explicável por outro fator que não a sua proximidade ao poder. O desplante é tal que um dos filhos faz parte da direção do fundo soberano de Angola, criado, com uma dotação inicial de cinco mil milhões de euros, por ordem presidencial em 2012; a outra foi atribuída a gestão de um dos canais da TV pública.

Das duas, uma: ou Cymerman veio do espaço no dia da entrevista (Israel não é assim tão longe) ou foi condicionado nas perguntas. Como desmentiu a segunda hipótese, só se pode concluir pela primeira. Mas o mesmo terá de ser verdade para a maioria dos comentadores, exceção e honra feitas a Daniel Oliveira e restantes membros do Eixo do Mal. Num país em que se faz manchete de chamar palhaço ao Presidente, é curioso constatar que o de outro país suscita tanta mais reverência. Não sendo pelo respeito ao cargo ou pela dignidade de ter sido para ele eleito (até porque nunca foi), só pode ser por outra coisa qualquer."

Esta é a crónica de hoje de Fernanda Câncio. Nem sempre temos as mesmas opiniões, mas isso não afecta nada a estima em que a tenho. Acontece que o que se diz neste texto é o que eu própria e muitos de nós perguntam. Sem obter a resposta devida. E apenas tendo o direito de perguntar, como ela aqui faz. O problema é que um dia a falta de resposta pode vir a sair-nos muito cara!

HSC

32 comentários:

João Menéres disse...

Naturalmente que sou um dos muitos INDIGNADOS com o SILÊNCIO à volta da fortuna imensa da família Santos !

Mais uma vez, HSC, a felicito por postar neste espaço
( tão lido ) esta questão.

Anónimo disse...

Gostei de ler aquilo que transcreve da jornalista Fernanda Câncio, sobre Angola. A entrevista do Henrique Cymerman a “Zédu” foi, no mínimo, escandalosa. Recordo-me mesmo de uma questão que ele lhe coloca, que me deu volta ao estômago, quando ele pergunta, sempre muito timorato, mas muito sorridente (ou seria subserviente?), ao Presidente angolano o que pensava das relações entre Angola e Israel.
Ora, numa entrevista daquelas (e sendo a Sic uma estação televisiva portuguesa, presumo eu), o que faria sentido era o que, sobre esta matéria, se procurasse saber o que JES achava sobre o relacionamento entre o seu país e o nosso, Portugal, pouco interessando o que ele pensa das relações entre Angola e Israel.
Aquela entrevista, convenhamos, foi um embuste. E a Sic deveria ter tido um maior respeito pelos seus telespectadores.
Quanto à corrupção que grassa em Angola e à monopolização da riqueza do país nas mãos da clique presidencial, julgo que F.C já disse o suficiente.
Sabe, um dia, aqui há uns anos atrás, por razões que agora não interessa especificar, tive um encontro com o à época P-G da República angolana, a propósito de um caso de corrupção, que envolvia uma empresa portuguesa, a quem lhe era devido uma avultada maquia, com base num contrato que não fora cumprido pela contraparte angolana, contraparte essa de que faziam parte quadros relevantes do MPLA - entre militares e políticos. À medida que a nossa conversa foi evoluíndo, o homem, que estava claramente pouco à vontade, a certa altura, responde-me com a seguinte pergunta: “ouça lá, mas você acha, ou acredita, que eu posso avançar com uma investigação que pode, eventualmente, comprometer pessoas ligadas ao Presidente? Esqueça!”
Era e ainda é assim Angola. Até quando?
P.Rufino

margarida disse...

Há escassas horas viu-se na TV, pelo mesmo repórter, que admiro pelo trabalho que desenvolve em Israel, a denúncia dos setenta mil amputados sobretudo civis - crianças que brincavam, mulheres que iam buscar água - devido às minas.
E a menina mais rica da África negra, num inglês impecável, falava no 'The New York Forum Africa', em Libreville , sobre o exemplo que a avó foi, cuidando da sobrevivência familiar vendendo frutas e legumes no mercado.
Em Luanda ainda se morre quando chove copiosamente sobre os bairros de lata.
Sobre os luxos da elite, cai apenas petróleo e uns diamantes, para abrilhantar os egos.
Para quê tantos anos de exemplo do bom trabalho e porquê tanta mesura pela riqueza desproporcional ao mérito?
Como dormem sobre a miséria do povo, justo herdeiro das riquezas da terra onde tiveram o infortúnio de nascer?
E foi isso que aquele cidadão aprendeu na URSS?
É isso, o 'socialismo'?
Vive-se um clima de medo nessa nação aprisionada e nós vamos lá para comer, arriscando-nos, mais uma vez, a ficar sem nada.
Uma vergonha, certos beija-mão.
Uma mácula na dignidade, lusa e dos angolanos. Os verdadeiros, não a fantochada que os delapida e liquida.


aNaTureza disse...

Querida Helena,

a falta de ética impera nisto que dão o nome de economia, mas que de economia mesmo, nada tem. Este é um tema que me dá calafrios. Lamento tanto a vida daquele povo angolano!

Bem esteve a Fernanda Câncio.

Percebo a inspiração que dá a todos os que vêm cá. A Helena é uma pessoa muito bonita.

Grata por partilhar tanto de si e pelo modo como o faz.

Já me ri muitas vezes quando venho bisbilhotar. Mas também já me comovi...

Anónimo disse...

Helena,

Em Angola estão cem mil portugueses, muitos dos quais vieram recentemente e por necessidade, depois de ter sido destruído o tecido económico português.

Esses portugueses, que vivem num país onde são estrangeiros e onde, com razão ou sem, são por muitos mal vistos e mal aceites, e agradecem que a comunicação social portuguesa não crie mau estar adicional para quem aqui tem de viver e trabalhar.

Acreditamos que em Portugal há temas e questões suficientes dentro do próprio país para realizar trabalho jornalístico sério, rigoroso e isento, sem necessidade de usar Angola como desculpa para vender jornais.

Podem justificar o que quiserem com "a verdade" e com a liberdade de imprensa. Mas quem aqui vive não precisa nem quer ser olhado com desconfiança nem com repúdio por, apesar do trabalho que aqui fazemos e da frontalidade e abertura com que o fazemos, haver quem sistematicamente ataque um país que nunca soube defender.

Se não podem fazer nada para nos facilitar a vida, pelo menos não a dificultem. Nós, pela nossa parte, agradecemos o silêncio.

Anónimo em Angola

irene alves disse...

Apenas subserviência e entrega dos
nossos bens a troco de uns patacos
a Angola. Agora até se fala no
Sporting Clube de Portugal, se
assim for...é o cúmulo dos
cúmulos.
Bom fim de semana.
Bj.
Irene Alves

patricio branco disse...

mas as intenções não são apertá lo com perguntas e questões incómodas, é mostrar lhe que é benvindo, que somos amaveis, amigos, que lhe oferecemos cházinho com secones, que portanto a familia, o pai e a filhinha (não é angola nem nada reverte para os angolanos) podem continuar a comprar o que de bom está ainda à venda em portugal.
aquilo não é o hardtalk da bbc
aliás há outros casos semelhantes de vénias, à venezuela (aqui com o argumento que há lá 200 mil portugueses), à guiné equatorial, e talvez mais. a comissão mista l-v que trouxe centenas de venezuelanos e familias do aparelho a passear a roma lisboa e paris integrados na comitiva do presidente maduro é outro exemplo do namoro com estes regimes, mas não se convida o canadá, a frança, a australia, a africa do sul, esses não.
sim, em nome duns dolares démos a eduardo dos santos a ocasião de fazer propaganda gratuita de si e do seu regime preocupado diz ele com a pobreza e a melhoria do seu povo.
enfim, negocios são negócios, o dinheiro que venha de algum sitio, a politica tambem pode ser esta, porque não?

aNaTureza disse...

"Primeiro levaram os negros,
mas não me importei com isso,
eu não era negro.
Em seguida levaram alguns operários,
mas não me importei com isso,
eu também não era operário.
Depois prenderam os miseráveis,
mas não me importei com isso,
porque eu não sou miserável.
Depois agarraram uns desempregados,
mas como tenho o meu emprego,
também não me importei.
Agora estão a levar-me,
mas já é tarde,
porque ninguém também se importa comigo."

Bertold Bretch (1898-1956)


"O Mundo não será destruído por aqueles que fazem o mal, mas por aqueles que os olham e nada fazem." (Albert Einstein)

"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons." Martin Luther King

José María Souza Costa disse...

Olá, Admirável
Maria Helena Sacadura Cabral.
Brilhante a sua narrativa.
Uma descrição iluminada e fenomenal.
Saudo-te.
Tenha um fim de semana, agradavel.
Abraços abrasileirados.

Carlos Fonseca disse...

Sra. Dra. Helena Sacadura Cabral:

Tal como a senhora, nem sempre comungo das opiniões expressas por Fernanda Câncio. Mas são raras as vezes em discordo do que escreve, e admiro muito o desassombro e a coragem com que põe o dedo na ferida, pondo a nu os "reis" que nos querem convencer de que usam lindas roupas.

Infelizmente é uma das poucas vozes (incómodas) no deserto.

Felicito-a também a si pela decisão de dar a conhecer a quem a visita, mas não lê o DN, o texto daquela jornalista.

Teresa Peralta disse...


Qualquer individuo de bom senso e minimamente informado, concorda com F. C.. Não pode é aceitar a falta de oportunidade circunstancial da própria entrevista. Confesso que fiquei patrioticamente sensível, quando li o comentário do anónimo, morador em Angola. Ainda está muito presente a triste descolonização, irresponsável, facilitada pelo MFA e sua companhia Socialista, que não salvaguardaram os interesses dos cidadãos portugueses que lá viviam. Agora, mais do que nunca, e pela experiência que ainda nos assiste, cabe-nos não dificultar a vida destes emigrantes compatriotas, muitos, obrigados a desertar deste país “à beira mar plantado”... Salve-se, então, a diplomacia, em prol de “altos valores” solidários.
Um abraço para si e muito obrigada pela partilha.

margarida disse...

"O pior horror não é o horror em si, mas o silêncio ao redor"
Página 14 da LER 125, mês de Junho.
Crónica 'Os meus personagens', de José Eduardo Agualusa.
Se permitirem, sugiro que leiam.
E a quem tem de estar em Angola, neste regime: façam o possível por adoçar as agruras ao vosso redor -é um povo bom, gentil, solidário, e tantas vezes humilde. Demais.
Às vezes um sorriso basta.
Outras, não.
Façam o possível. E durmam (mais)tranquilos.

Luis A. disse...

Diz Fernanda Câncio:

"apesar da sua abundância de recursos, e de ter sido descolonizada há 38 anos, Angola está na cauda do índice de desenvolvimento humano"

dito isto e não podendo atribuir-se a afirmação à ignorância da srª. porque ela é culta e informada (o que de qualquer modo não a desculparia), há que recear outras razões menos aceitáveis porque o que escreve tem nome. E é feio!

Angola declarou-se independente em 1975 (há 38 anos) mas sofreu uma guerra civil ininterrupta durante 27 anos, até 2002!
Guerra civil que foi financiada e atiçada por tudo quanto eram interesses estrangeiros – incluíndo os dos ex-colonos portugueses que tudo fizeram para que a paz não fosse possível – com destruição total de cidades, estradas, caminhos de ferro, pontes, etc., etc.,

Claro que a srª não faz ideia de como era o atraso antes da independência mas tem obrigação de saber já que bota escrita que, apesar de tudo, Angola, não "está na cauda do índice de desenvolvimento humano"!

Desde o fim da guerra civil Angola tem um crescimento do PIB dos mais acelerados do mundo! Este ano prevê-se que seja de 8,2 % (http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=2550174&seccao=%C1frica ).

O DN foi comprado por Angolanos , será o artigo uma espécie de teste ao novo patrão? E se ele se zangar com a jornalista ela vai clamar, com o coro do costume à volta, que está em risco a liberdade de imprensa?

Faz parte do sistema publicar coisas assim “livres” – mas inócuas – para oferecer ao leitor a aparência de liberdade de opinião, como se o jornal não tivesse dono ou este andasse a dormir!
O certo é que quando o dito patrão quiser publicar o que lhe interessa publicar – publica mesmo! Seja para pôr ou derrubar governos como lhe convier ou para pressionar negócios que tiver na mira!

Anónimo disse...

.Início Opinião Artigos Qual é a coisa qual é ela que nem é gente nem decente
Qual é a coisa qual é ela que nem é gente nem decente
Álvaro Domingos |
23 de Junho, 2013

Acabo de ler os pensamentos de Confúcio. o eterno sábio recordou-me que a paciência é uma virtude e está na base de grandes vitórias da Humanidade.

A leitura aconteceu antes de passar os olhos por um requerimento da titubeante plumitiva Fernanda Câncio, no jornal “Diário de Notícias”. Ao dar uma de muito macha e com eles no sítio, a azougada criatura marcou lugar na secção da UNITA do Partido Socialista, não vá a alternância ser mais breve que o esperado, ao mesmo tempo que se ofereceu ao império do senhor Pinto Balsemão, quiçá para reforçar os eixos do mal.
A moçoila é exibicionista e põe ao léu a sua indigência intelectual. O Presidente José Eduardo dos Santos deu uma entrevista a um jornalista “free-lancer” há mais de 15 dias. E só agora a plumitiva se lembrou de falar do assunto. Qual é a coisa qual é ela que tem rosto de mulher mas não é mulher, enche o papo de dinheiro por ser jornalista mas não é jornalista, namora com homens do poder mas não namora, está preocupada com a fortuna dos outros mas não quer saber da fortuna dos que lhe pagam a fama e a glória. Fernanda Câncio, em pessoa!
A azougada plumitiva escreve que em Portugal, Angola é “tratada com pinças”. Como se vê pelo seu arrazoado trágico e ao mesmo tempo cómico. A caprichosa que não é uma coisa nem outra devia estar a pensar numa palavra similar, a qual sofreu a síncope do “n”. Mas atendendo às suas orientações sexuais, posso estar enganado. Desde já lhe apresento as minhas desculpas. Câncio decidiu apanhar o último comboio, escrevendo uns desconchavados insultos à figura do Chefe de Estado de Angola e lançando maldades sobre duas das suas filhas. Para mostrar que tem lastro cultural e não é uma cabeça oca atravessada pelo vento, foi dizendo que os teres e haveres de uma empresária angolana ser devem ao facto de estar próxima do poder. A plumitiva aspirante a caprichosa esgrime um argumento que foi lançado para a mesa das discussões ideológicas por Enriço Malatesta, desde finais do século XIX. Já a poeira do esquecimento sepultou o grande pensador e Câncio ainda arrota uma das suas ideias favoritas e que posso descrever assim: todas as grandes fortunas resultam de uma ligação com o poder político.
A plumitiva aspirante a caprichosa nunca escreveu nada sobre a origem da fortuna do senhor Belmiro de Azevedo, do seu filho ou do seu neto, que também já entrou no mundo fascinante da multiplicação das fortunas. Nada escreveu sobre a origem da fortuna do senhor Alexandre dos Santos, patrão do império do Pingo Doce. Ou dos seus filhos. Nicles sobre a origem da fortuna do seu patrão, o senhor Joaquim Oliveira. Vá lá saber-se porque razão está preocupada com a origem da fortuna dos empresários angolanos e logo agora, que se anuncia a entrada de um grupo angolano na empresa onde ganha a vida, presumo que honestamente. Câncio nunca escreveu uma linha sobre Mário Soares e seu filho João. Um era Presidente da República Portuguesa e o outro presidente da Câmara Municipal de Lisboa. Desde já afasto a suspeita de corrupção ou nepotismo sobre ambos. Um grande jornalista português meu amigo, disse-me que nunca a capital portuguesa teve um presidente tão competente. Mérito a João Soares! Anda na política porque tem mérito, é eleito porque tem valor e não por ser filho de Mário Soares.
O genro do senhor Presidente Cavaco Silva comprou um grande pavilhão na “Expo” por muitos milhões de euros. Câncio deve ter algo a escrever sobre isto, já que está tão preocupada com as relações familiares dos empresários angolanos. Mas eu vou poupar-lhe a vergonha de garatujar mais uns disparates. O comprador tem mérito. É grande profissional da Rádio e aprendeu no berço a organizar espectáculos. O seu pai, Luís Montez, foi o maior empresário angolano de todos os tempos, na área da cultura e do entretenimento.
Só mais uma.

Anónimo disse...

Exª Srª Drª Helena Sacadura Cabral,
tenho por si muito respeito pois considero-a uma Mulher,Mãe e Exemplo do género feminino digno de carácter.
Contudo,nem todas as mulheres alcançam esse patamar onde eu a vejo,e uma delas, é este ser, ignóbil criatura,de nome Fernanda Câncio.E faço minhas,na integra,as dignas palavras deste ilustre comentador do Jornal de Angola,que aqui publico,e aconselho todos a lerem.
Muito grata!...alguém com um coração misto de Semba e Fado...
Branca de raça,e nascida com a ajuda de uma parteira Negra...
alguém,que tem olhos para ver o que de bom se faz,e por isso me sinto muito abençoada.
Deixo um bj no seu coração e que as estrelas a iluminem sempre!
SC

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Qual é a coisa qual é ela que nem é gente nem decente
Álvaro Domingos |
23 de Junho, 2013

Acabo de ler os pensamentos de Confúcio. o eterno sábio recordou-me que a paciência é uma virtude e está na base de grandes vitórias da Humanidade.

aNaTureza disse...

O PIB elevado já não serve de nada para a maioria da população de um país.

Em todos os países em que ocorrem catástrofes, o seu PIB aumenta com os abutres que lá vão comer...

Helena Sacadura Cabral disse...

Caros comentadores
Este é um pequeno espaço de liberdade, onde eu e aqueles que me comentam podem usa-la, desde que obedeçam a duas regras fundamentais, a saber:
- não fazer apologias partidárias, sejam de que natureza forem, e
- não utilizarem vernáculos que situem a discussão a um nível menos adequado.

Tudo pode ser dito, desde que nos não afastemos de um certo tipo de linguagem ofensiva quem se visa criticar.
Sempre aqui me expressei, durante três anos, elogiando ou criticando. Mas nunca entrei no ataque pessoal, porque esse, não é o caminho que escolhi!

Anónimo disse...

Só mais uma. O filho do antigo Presidente Jorge Sampaio, mal acabou os estudos universitários arranjou logo um excelente emprego numa empresa de topo em Portugal. Não, não foi nepotismo. Sou amigo de um alto quadro dessa empresa que me disse isto: ele é um génio. Tenho dúvidas que o aguentemos muito tempo em Portugal! A plumitiva Câncio devia reflectir um pouco antes de se escrever aleivosias que lhe ficam mal e desprestigiam o jornal onde ganha o pão. Em Angola, como em todo o mundo, há empresários excepcionais, que ganham muito dinheiro. E políticos extraordinários, que passaram toda uma vida a lutar pela liberdade, pela justiça, pela democracia, pela felicidade do Povo Angolano. José Eduardo dos Santos é o número um. Se não fosse tão estouvada, explicava-lhe porquê.
Se quer um lugar à sombra do próximo governo português, Câncio não precisa de insultar e difamar os políticos e empresários angolanos, sejam eles quais forem. Mas se escrever baboseiras é a sua sina, então use a matéria-prima que tem em casa. Vai ver que precisa de séculos para falar de tudo e de todos.
A plumitiva qual é a coisa qual é ela cita uma reportagem feita por Cândida Pinto em Angola sobre os nossos meninos de rua. Neste ponto senti-me insultado. Porque aquilo não é reportagem nenhuma. Apenas um exercício medíocre de propaganda baratucha. Fique sabendo a plumitiva azougada que, naquele tempo, as ruas de Luanda eram hotéis de cinco estrelas para aquelas crianças, em comparação com o que tinham nas suas províncias de origem. Os amigos da plumitiva e de Cândida Pinto mataram a esmo e destruíram. Aquelas crianças foram as que escaparam à morte. Há uma criança que não teve a felicidade de chegar às ruas de Luanda. Uma mãe do Uíge, minha parente, deu à luz uma menina, quando as tropas da UNITA ocuparam a cidade e mataram a torto e a direito os que não eram do seu partido. O pai foi para a vala comum. E a criança morreu um mês depois, à fome, porque a mãe não teve leite. Se Câncio fosse gente, respeitava a tragédia que os angolanos viveram durante a guerra.
O problema é que ela, no seu requerimento, diz que a “descolonização” foi em 1975 e portanto já houve tempo para melhorar os índices de desenvolvimento humano em Angola. Para ela, entre a Independência Nacional e hoje, nada aconteceu. Nem guerra, nem mortes, nem destruições. Se Câncio só é capaz do qual é a coisa qual é ela, desconfio que não tem lugar na secção da UNITA do Partido Socialista nem nos eixos de Pinto Balsemão. Vai ter que namorar outra vez com gente fina, seja primeiro, segundo ou terceiro ministro.
A plumitiva elogia os seus comparsas do Eixo do Mal, porque insultaram e difamaram o Presidente José Eduardo dos Santos. Pobre tontinha. A Clara Ferreira Alves esganiçou-se toda porque está a precisar de disfarçar aquelas peles no pescoço de perua. A pele esticadíssima da cara também começa a dar sinais de lassidão. Precisa de dinheiro para mudar a fachada. Os outros, coitados, são a boa acção de Pinto Balsemão. Aturá-los, é uma obra de caridade.
Recado final: Câncio, José Eduardo dos Santos foi eleito sempre que houve eleições livres e justas em Angola. Numa eleição, teve mais de 80 por cento dos votos. Na última, mais de 70 por cento. Tente ser decente.
PS* Continuação do artigo do Jornal de Angola.

Anónimo disse...

Digníssima Srª dr.ª Helena Sacadura Cabral,com os meus cumprimentos,quero dizer-lhe que depois de ler este artigo do Jornal de Angola,sinto que o ditado popular português"Quem não se sente não é filho de boa gente",se aplica ao povo angolano,ofendido por esta criatura de nome Fernanda Câncio.
Depois de 30 e tal anos,só tenho a dizer que Sua Excelência o Presidente de Angola,dr.Eduardo dos Santos,foi eleito pelo povo mais uma vez de forma democrática.
Há que respeitar e aceitar a decisão de um povo.
Aqui,em Angola, exige-se respeito por isso!
(Não concordamos que se insulte um presidente de "palhaço" numa estação de televisão...)
Essa criatura F Câncio tem de saber que -"Quem diz o que quer,ouve o que não gosta".
Aqui aprendemos e talvez por herança cultural portuguesa,que "Cá se fazem,cá se pagam"..."Quem com ferros mata,com ferros morre!"
Onde está a dignidade da comunicação social com Fernanda Câncio e Miguel sousa Tavares?
Sou pela união dos povos,e das gentes,por darem as mãos e construirmos uma sociedade digna de valores,credos e raças.
Deus abençõe Angola e Portugal,e conceda a graça de viverem em Paz!

Anónimo disse...

Exma Senhora D.Helena

Desculpe pois sou eu novamente.
Se tiver tempo e quiser saber na realidade o que se passou com a Reportagem Escravatura em Loures basta pôr na net MAIS TVI ANA LEAL MARIO CARMO. São inúmeros os comentários. Ou o meu blog CHIMBANGOLA.Quem fala assim está indignado com o mal que quiseram fazer e que certamente teve uma origem que não consegui descobrir,pois na altura era líder do mercado ...desculpe o tempo que a faço perder . Mário Carmo

Anónimo disse...

Cara Srª Drª Helena,
depois de ler a crónica desta sujeita Câncio,valha-nos "Santa Pechenica"!!!
Com que direito insulta o seu colega Cymerman,e põe em cheque o seu trabalho profissional?
Com que direito insulta o Presidente de Angola e suas filhas?
Com o mesmo direito que há anos vem insultando gratuitamente tudo e todos!?

Uma vergonha o que teve de ouvir,mas fez por mereçer.

Bem haja o "troco" que lhe deu Álvaro Domingos do Jornal de Angola.

Subscrevo.

"Ela há com cada uma!?"

Anónimo disse...

Cara dr.ªa Helena,
considero a sabedoria um grande tesouro.

Pena é que pessoas que estudam,que deviam ser informadas,e trabalham num meio de responsabiliade,diria mesmo,muita responsabilidade pela vida alheia,não tenham o menor pejo em colocar em perigo o próximo.

Câncio,M Sousa Tavares e outros, ao insultarem altas e não só,individualidaes de Angola,põem em risco e dificultam a vida dos portugueses que por aqui trabalham e ganham a vida longe de casa e dos seus mais queridos,pois em Portugal não lhes restava qualquer alternativa.

Já se pediu SILÊNCIO,e não é por cobardia,Não!

É que se "a palavra vale prata,o silêncio vale ouro"!

Será que é preciso começar a aconteçer o que se passa com os portugueses na África do Sul,para aprenderem!?

Deixem os filhos e netos de portugueses trabalharem e viverem em Paz e Sossego,Por Favor.

Falem das coisas boas que se faz em Angola,e protejam isso sim,os nossos compatriotas.

Este é um apelo muito sério.
Facilitem e não dificultem a nossa vida,o nosso sustento e da família.

Assunto muito sério.

AQ

Anónimo disse...

Exma Snrª Drª Helena

O comentário feito por AQ é o comentário duma pessoa que está consciente do que pode acontecer aos portugueses que estão a trabalhar em Angola.
Como a sua voz é ouvida, faço-lhe o apelo, para que junto dos responsáveis dos órgãos de comunicação social, passem a não autorizar a publicação destes artigos contra Angola, pois não se trata de censura mas sim uma posição de interesse nacional e dos portugueses em Angola.
obrigado Mário Carmo

margarida disse...

O vespeiro onde nos metemos, Milady...
Por estas e outras é que o equilíbrio é difícil e a diplomacia uma arte para seres especiais.
Não é à toa que há muito quem evite certos temas, digamos, desconfortáveis...
Os portugueses merecem sossego e oportunidades, claro. Mesmo sobre injustiças e demais abusos sobre outro povo.
O calado é o melhor. Afinal, somos herdeiros de outros silêncios.
Vamos falar, sei lá, de chapéus?!

Anónimo disse...

Mia Sinhora Helena,
os meu cumprimentos.Um amigo meu mi falou do seu Blog e gostei muito,sinhora escreve mesmo bem e fala certo,diferente mesmo da F Câncio,xé ué,essa ai não vale mesmo a pena.

Sou di ANGOLA,terra onde o equilíbrio é fácil,as minas nos ensinaram isso,aqui muitos equilibra numa perna só, e caminhamos sorridentes.Aprendemos a fintar os obistáculo.

E somos especiais,porque mesmo sem dinheiro gostamos do Senhor Presidente Zédu,e da sua família.As coisa boa qui faz num falam.
Até porque mesmo,uma das suas filha casou com um português,há português mesmo esperto,Aca mermão!
Português virou rico.
Até porque rico é rico e pobre é pobre.

Mas rico não percisa pensar e pobre pensa é muito na vida.Rico só pensa onde vai gastar,pobre pensa tirar do rico,ai ué.

Si fossem todos pobres já não havia essa maca.
Si fossem todos ricos já não havia essa maca.
Então vamos fazer como é mais ?

Deus mesmo qui vai resolver isso um dia.

Porque os portugueses teem tanto de isso di injustiça,di corrupição,di roubo em Portugal para falar,(BPP,BPN,TAGUS PARK,FREEPORT,ETC,ETC)porquê veem falar na nossa terra? Qual é mesmo o país sem injustiça,fome,macas?

Pobre pensa que só mesmo no Paraíso com Deus você tem Paz!

Sinhora,vespas aqui não lhi vimos,mas temos matacanhas qui atacam os dedo,qui era muito bom si aí em Portugal tinham.Podiam atacar os dedo da Câncio e assim já não escrevia asneiras nem ferroava o bom trabalho do seu colega Cymerman,homem di respeito.

Sinhora,descurpa então vou matabichar porque estou em jejum.
Si meu amigo deixar vir no computador eu volto mais logo.

Ah,já mi esqueçia,mas estamos a pensar em organizar aqui em Angola corrida di burro,mas todas as damas vam ter di usar chapéu como naquela terra di Sua Magestade qui fala ingrês,si chama Ascot.Tem chapéu mesmo lindo di bonito.

Ao seu dispôr,e com toda educação.
Desculpa qualquer coisa di erros em escrever,mas meus pais pobres e eu aprender na rua.

Matumbo Feliz Falador

Anónimo disse...


26 de Junho de 2013 às 22:00

A coisa estava bem melhor aí pelos anos 60 quando os naturais de Angola e de outras colónias eram menos que gente, nós combatia-mos os seus guerrilheiros e por extensão chamava-mos a toda a gente que não fosse branca de "turras" !
Nessa altura a intelectualidade ocupava-se por cá a exaltar-se contra a guerra... do Vietname! - suficientemente bem longe para exercer sem consequências o seu progressismo bem pensante!
Figas canhoto!

Anónimo disse...

Cara dr.ª Helena S Cabral,
tema polémico este.

Mas lembrei-me de uma comédia portuguesa com o Vasco Santana em que se dizia...

- Chapéus há muitos,seu Palerma!

Catarina Saint Honoré

Anónimo disse...


Excelentíssima Senhora Drª Helena Sacadura Cabral
Este tema cuidado está mesmo apetecível .Essa senhora se lembrou duma comédia portuguesa e eu aqui em Angola me lembrei duma musica brasileira
Tem boi na linha tem tem tem
Tem boi na linha Catarina vai no trem
Eu nasci de sete meses com um metro e meio de altura
Logo após o nascimento comi couve e rapadura
Esta musica aprendi no tempo do colono quando 70% dos negros andavam descalços.
D.Drª Helena sabe que em 1975 havia 1 medico negro no Dondo e um engenheiro chamado Bessa Victor.
A D. Catarina sabe quantos médicos negros,engenheiros arquitetos, pilotos , sim pilotos D.Drª no tempo antes da independência onde estava um piloto de avião negro?
Hoje é Bué boa noite Bilocas João

Anónimo disse...

Cara Drª Helena Sacadura Cabral,
li no Negócios on line,notícias de Isabel dos Santos e pelos comentários apercebemos-nos que se há quem a exalte,há quem diga mal.Logo,não se pode agradar a gregos e a troianos.

Mas,já se sabe que alguém filho de uma pessoa com um cargo importante(seja actor,político,da realeza,etc)leva sempre com esse rótulo depreciativo nos ombros.

Isabel podia viver á custa do pai,ser fútil,mas estudou,tirou um curso,é empreendedora... e os empregos que dá a muita gente,ninguém fala disso!?

A família Dos Santos tem fortuna,mas o país é tão rico que dá para isso tudo.Ao menos é a terra que lhes dá.
Não tiram do salário nem das reformas dos desgraçados que trabalharam uma vida inteira para terem uma velhiçe confortável,na saúde,ao menos nisso!

O que é certo,é que Angola nos últimos anos desenvolveu imenso,está diferente para muito melhor,em muitos sectores,saúde,cultura,artes,desporto e por aí fora.

As coisas levam o seu tempo a construir e a mudar,e a economia de Angola é das mais prósperas do mundo.Um país devastado pela guerra,leva anos a levantar,ou não!?Varinha mágica só nos contos de Walt Disney.

Num país tão rico,se a presidência fosse pobre atraíria os investidores? Não andam todos á procura do mesmo? De riqueza para os seus países?E estão tantos sediados em Angola!

Até na relegião vemos coisas de bradar aos céus!Tanto luxo,ouro,imponência,riqueza...não poderiam as igrejas ser templos de pedra e madeira,simples, apenas para se rezar a Deus?Para quê tanta opulência?
Porque não se distribui pelos pobres e necessitados?

Questões que ficam á séculos por responder.
Do que estudei,aprendi que sempre houve desde os primórdios da humanidade,a nobreza,o clero e o povo.

A nossa sina dita o nosso destino.

Aprendi a ser feliz com o que tenho." Se não tens tudo o que amas,ama tudo o que tens".

Tenho para mim que os verdadeiros ricos são aqueles que são nobres de coração.Mas,isso só o tempo e a sapiência da escola da vida ensina.
É uma Luz que vem do Alto,e felizes os que a enxergam...

"Deus não escolhe os capacitados,mas capacita os escolhidos."




Anónimo disse...

Senhor Anónimo
Pena que o senhor não dê a cara e ponha o seu nome. Gostei do seu comentário. Ricos e pobres sempre existiram e vão continuar a existir. Só não vê quem não quere ver. A Angola de hoje nada tem a ver com 1975.O Presidente José Eduardo dos Santos só por ter comutado a pena de morte a um amigo meu, e disso nuca se falou, demonstrou ser a pessoa que todos os angolanos, á parte uma minoria, desejam que continue como Presidente de Angola por muitos e longos anos.
Rico, muito rico,ainda bem. Que sabem os jornalistas do que se passou em 1975, se em Luanda deviam ter ficado apenas alguns 50 brancos portugueses e luso angolanos. Tal como a Câncio, escrevem sobre histórias que ouviram... Mário Carmo

Anónimo disse...

Drª Helena,porque li que estima a jornalista F Câncio e em consideração somente a si,e porque um Blog é um pedaçinho de nós,pelo respeito e educação que nutro por si,não digo o que me vai na alma.

Quando uma pessoa se quer valorizar escusa de falar mal do trabalho dos outros,ainda para mais um colega de profissão.
Henrique Cymerman mereçe respeito.

Ou devemos apluadir o ataque,os insultos,o falar mal com que essa criatura desmesuradamente agride!?

"Para palavras loucas,orelhas moucas!"

Gostei de ler os vários e interessantes comentários aqui deixados.

Um assunto de análise profunda e mereçida.Cometem-se excessos em Angola,de acordo,mas fruto da terra,o petróleo e os diamantes,não roubados do trabalho árduo das pessoas.Aí sim que é grave.E com o tempo,a riqueza chegará a todos como já vem aconteçendo...
Ás vezes questiono-me se lá estivesse outro Presidente,se os portugueses estariam lá!?


Para si cara Senhora,desejo ao seu coração sofrido e saudoso,muita força e saúde.


Bem haja pela sua determinação e coragem Drª Helena Sacadura CABRAL

Madalena Bettencourt

Anónimo disse...

Drª Helena,uma emenda a fazer sffavor.
Até na relegião vemos coisas de bradar aos céus!Tanto luxo,ouro,imponência,riqueza...não poderiam as igrejas ser templos de pedra e madeira,simples, apenas para se rezar a Deus?Para quê tanta opulência?

Em vez de relegião é religião.
Aconteçe com a pressa!
Obrigada