quinta-feira, 10 de maio de 2012

Que barafunda...


Nem todos podem ser políticos. O exercício desta carreira vai muito para além da profissão. À mulher de Cesar diz-se que não basta ser séria. É também preciso parece-lo.
Na política passa-se o mesmo. Não basta ser bom e competente na área da sua dependência. É preciso saber fazer passar a mensagem. É afinal, também, preciso parecer-se sério. 
Difícil de entender? Nada. Esta é, aliás, a base da actividade política e da sua estratégia: ser sério e parecer sério.
Ontem liguei pela primeira vez a televisão. Apanhei um emaranhado de histórias de espiões, de secretas, de documentos que foram para Bruxelas e não para os deputados, uma salgalhada tal que pensei ter havido uma hecatombe enquanto o aparelho esteve desligado.
Afinal, era a inépcia do costume. Os espiões eram os mesmos, mas acrescentaram-se-lhes outros. E a documentação fora mais rápida para fora do que para dentro, mais célere em inglês do que em português. 
O nosso Parlamento levou dois dias a discutir estes casos. Um que será julgado nas instâncias competentes e o outro, pelo ridículo da questão, até faz pena.
De facto, não é político quem quer. Só o é quem tem talento para isso. E quem tem, claro, apetência para tal...

HSC

6 comentários:

Tétisq disse...

Assistimos, neste momento, a mais aparência do que competência...*

Unknown disse...

D. Helena, boa noite!
De facto, nos últimos dois dias as noticias têm sido isso mesmo. Acho que já estamos todos cansados deste jogo de empurra que não leva a lado nenhum.
Sou Portuguesa de alma e coração, dói-me ver o meu país tão perto do abismo.

Beijinho,
Ana Martins

Vânia Batista disse...

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros parece e é, certamente, uma pessoa muito séria. Não duvido, porém, da idoneidade dos restantes membros do governo. Mas ao ler o texto, vá-se lá saber porquê, lembrei-me da segunda figura do Estado.

Vânia Batista disse...

Drªa Helena, não leve a mal o meu comentário anterior.

Eu acredito mesmo que os membros do governo estão a fazer melhor que podem para tentar reequilibrar o país que, por estar situado à beira-mar, corre o risco de naufrágio, como o Titanic.

Claro que a referência ao Ministro de Estado e dos Negócios estrangeiros era uma brincadeira. Mencionei-o,por ser filho de quem é. E tendo uma mãe como a senhora, claro, terá certamente valores sólidos.

Mas a Língua Portuguesa tem muitas vicissitudes e não tenciono que o que escrevi no comentário anterior seja considerado ironia ou sátira.
Perdoe-me se, do seu ponto-de-vista, o comentário não é dos mais felizes, mas não foi minha intenção magoar nem deturpar a imagem de ninguém.

Não. Confio plenamente nos membros do governo actual e sei que estão numa posição bem complicada... eu não queria estar no lugar de nenhum deles.

Um abraço,
Vânia Edite Batista

ves disse...

Falta Grandeza e Seriedade, que trágicamente nos vão deixando, nos tempos trágicos que vivemos...

Não está difícil perder o norte!

Vamo-nos estruturando nos poucos bons que vemos, ouvimos e lemos!

Bj grande

Anónimo disse...

E uma escola para políticos?!