Hoje resolvi
escrever acerca de um assunto que explica a minha dupla situação de economista
e autora, tirando de qualquer delas o mesmo prazer. Tentei sintetizar.
1.
Humaniza a economia
- A economia lida com produção,
consumo, riqueza, crises… Mas a literatura mostra como isso afeta as vidas
reais.
- Por exemplo, em Vidas Secas
de Graciliano Ramos, vemos a seca, a pobreza e a luta pela sobrevivência,
de uma família nordestina.
2.
Retrata contextos históricos
- A literatura fixa no imaginário
coletivo os efeitos de períodos económicos.
- Machado de Assis, em Memórias
Póstumas de Brás Cubas, critica a elite brasileira do século XIX,
dependente do esclavagismo e do parasitismo económico.
- Em romances russos, como Anna
Karenina de Tolstói, percebemos os impactos da modernização agrícola e
a aristocracia em declínio.
3.
Ilustra conceitos económicos
- Desigualdade: Charles Dickens, em Oliver
Twist, mostra o contraste entre a miséria dos órfãos e a riqueza da
elite londrina no capitalismo industrial.
- Mercado e trabalho: Em Germinal de Zola, o
autor faz uma análise quase sociológica das condições dos mineiros na
França.
- Consumo e status: Em O Grande Gatsby de
Scott Fitzgerald, vemos a crítica ao consumismo e à desigualdade nos
Loucos Anos 20.
4.
Crítica e reflexão social
A literatura
não apenas descreve, mas questiona:
- Quais são os custos humanos do
crescimento económico?
- Quem é incluído e quem é
excluído?
- Quais os valores que guiam as
nossas escolhas económicas?
Concluindo a literatura é uma espécie de
laboratório imaginativo da economia. Enquanto os economistas usam dados,
modelos e teorias, os escritores criam mundos que mostram como esses fenómenos
afetam pessoas, culturas e sociedades.
Sem comentários:
Enviar um comentário