Apaixonar-se por Alain Delon
em "O Leopardo" é como ser arrebatado por um daqueles amores
intensos e avassaladores que só se vive na adolescência. Delon, com seus olhos
penetrantes e sorriso enigmático, parecia personificar tudo o que era
inatingível e irresistível. Vê-lo em cena, elegante e misterioso, como
Tancredi, era quase como viver uma fantasia secreta, onde cada olhar e gesto
dele poderia ser interpretado como um sinal de algo mais profundo. Aconteceu comigo!
Naquela época, era fácil
sonhar acordada, imaginando-se ao lado dele nos salões sumptuosos, dançando uma
valsa num baile inesquecível, enquanto ele sussurrava palavras doces no nosso ouvido.
A beleza etérea de Delon, combinada com a aura de melancolia e desejo que ele
transmitia, fazia o coração bater mais forte, como se fosse possível sentir uma
conexão real através da tela.
Esses sentimentos, misturados com a intensidade das emoções adolescentes, transformam Alain Delon não apenas em uma estrela de cinema, mas em um ideal de amor romântico. Ele representava aquele mistério e fascínio que muitas vezes se associam ao primeiro amor — algo ao mesmo tempo excitante e inalcançável. Talvez o mais tocante de tudo seja como, mesmo depois de tantos anos, a lembrança desse amor adolescente por Delon, ainda pode despertar um sorriso nostálgico, como uma memória querida que nunca se apaga completamente.
2 comentários:
Duplo AVC fatal.
Mais um ícone cinematográfico que nos deixa.
Tenha uma excelente semana
Tal e qual. Ê como voltar atrás no tempo. em que SALUT LES COPAINS , era a musa inspiradora da cultura francesa e se faziam viagens de auto-stop.
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