O CHARME

O termo "charme" pode ter diferentes significados dependendo do contexto em que é usado. Geralmente, refere-se a uma qualidade atraente, um apelo especial ou uma elegância discreta que alguém ou algo possui. É uma característica subjetiva que atrai ou cativa as pessoas de alguma forma. O charme pode manifestar-se de várias maneiras, como carisma pessoal, habilidade de se comunicar eficazmente, graça, bom gosto, simpatia ou mesmo um toque de mistério.

No contexto pessoal, alguém pode ser descrito como "charmoso" se tiver uma personalidade envolvente e agradável, que facilmente atrai a atenção e afeição dos outros. Pode estar relacionado à maneira como essa pessoa interage com os outros, à sua capacidade de fazer os outros se sentirem bem-vindos e à sua autenticidade.

Em termos de objetos ou lugares, o charme pode referir-se a algo que tem uma qualidade única ou uma atmosfera especial que o torna atraente e interessante. Por exemplo, uma cidade histórica com ruas de paralelepípedos e arquitetura pitoresca pode ser descrita como charmosa.

Em resumo, o charme é uma qualidade subjetiva que atrai e cativa, muitas vezes relacionada a características pessoais, comunicação, estilo e ambiente.

A COMISERAÇÃO

A comiseração refere-se a um sentimento de compaixão, simpatia ou pena que uma pessoa pode sentir em relação à situação difícil, ao sofrimento ou adversidade de outra pessoa. É uma emoção que nos leva a reconhecer e entender o sofrimento de alguém e a desejar aliviar essa dor de alguma forma.

Quando uma pessoa sente comiseração por outra pessoa, isso pode resultar num impulso para ajudar, apoiar ou confortar a pessoa que está a passar por um período difícil. A comiseração é, muitas vezes, uma reação natural à empatia, que é a capacidade de entender e compartilhar os sentimentos de outra pessoa.

No entanto, é importante notar que a comiseração pode ter nuances culturais e emocionais. Em alguns casos, expressar comiseração de maneira inadequada ou excessiva, pode fazer com que a pessoa que está sofrendo, se sinta desconfortável ou diminuída. Portanto, é fundamental abordar a comiseração com sensibilidade e consideração pelas emoções do individuo em questão.

A comiseração também pode ser vista como um aspeto positivo da natureza humana, pois demonstra a nossa capacidade de nos importarmos e de nos conectarmos emocionalmente com os outros. No entanto, é importante equilibrar a comiseração com ações construtivas, que possam realmente ajudar a pessoa que está enfrentando dificuldades, em vez de apenas mostrar sentir pena dela. Ser objeto de pena é, para muita gente, algo que se não deseja.

A MODA

 A moda é uma forma de expressão e comunicação que reflete os valores, as ideias, as identidades e as culturas das pessoas. A moda nas mulheres e nos homens tem uma importância histórica, social, política e estética, pois revela como eles se relacionam com o seu tempo, o seu espaço e o seu corpo.

A moda nas mulheres e nos homens pode ser vista como uma tecnologia de género, ou seja, um conjunto de práticas e discursos que criam e transformam o género. A moda pode ajudar as pessoas a afirmarem a sua feminilidade ou masculinidade, ou a questionarem e subverterem as normas estabelecidas. A moda também pode ser usada para expressar outras dimensões da identidade, como a classe, a etnia, a sexualidade, a religião, etc.

A moda nas mulheres e nos homens é influenciada por diversos fatores, como a economia, a política, a arte, a cultura, a média, os movimentos sociais, os ícones da moda, etc. Ela também influencia esses fatores, pois pode gerar renda, emprego, inovação, consumo, protesto, mudança social, etc. A moda é um fenómeno dinâmico e complexo que envolve criatividade, diversidade e adaptação.

A moda é uma fonte significativa de empregos em todo o mundo. Além dos designers de moda, há uma variedade de profissionais envolvidos na indústria, como costureiros, modelistas, vendedores de varejo, profissionais de marketing, especialistas em média social, fotógrafos, estilistas, entre outros.

A indústria da moda está fortemente ligada ao consumo. A constante mudança de tendências incentiva as pessoas a comprar roupas novas para se manterem atualizadas e expressarem sua identidade pessoal. Isso gera um ciclo de compra contínuo, que impulsiona a economia.

O estímulo ao consumo na indústria da moda pode ter tanto aspetos positivos quanto negativos, e a avaliação de sua bondade ou malefício depende do contexto e das perspectivas envolvidas.

A MAQUILHAGEM

A maquilhagem é uma forma de expressão e embelezamento que as mulheres usam há milhares de anos. Não há uma resposta definitiva para o motivo pelo qual as mulheres sempre se maquilharam, mas existem algumas teorias possíveis.

Uma delas é a de que a maquiagem servia para proteger a pele dos raios solares, do vento e de outros agentes externos, além de hidratar e prevenir o envelhecimento. Outra é a de que a maquilhagem era usada para realçar os traços faciais e atrair a atenção dos homens, seguindo os padrões de beleza de cada época e cultura. Uma terceira é a de que a maquilhagem tinha um significado ritualístico e simbólico, relacionado à religião, à magia ou à classe social. 

Por exemplo, no Egito Antigo, a maquiagem era considerada uma arte sagrada e era usada por homens e mulheres para se comunicarem com os deuses. 

Na Grécia e na Roma antigas, a maquilhagem era usada tanto por homens como por mulheres para demonstrar status e poder. 

Na Idade Média, a maquilhagem era vista com desconfiança pela Igreja, que a associava à vaidade e à bruxaria. 

No século XVIII, a maquiagem era um privilégio dos nobres, que usavam pó-de-arroz e pomadas coloridas para pintar os lábios. 

No século XX, a maquilhagem popularizou-se e diversificou-se, acompanhando as mudanças sociais e culturais das mulheres.

Atualmente, a maquilhagem é uma forma de arte e de liberdade, que permite às pessoas expressarem sua personalidade, seu humor e seu estilo.

Lembra-se, porém, que o valor psicológico da maquilhagem pode variar amplamente de pessoa para pessoa, e a relação de cada indivíduo com a maquilhagem será influenciada pelas suas experiências, crenças culturais e valores pessoais. 

CULTURA POPULAR E ERUDITA

A diferença entre cultura popular e erudita é um tema que pode gerar muitas discussões e reflexões. De forma geral, podemos dizer que a cultura popular é aquela que tem origem nos costumes e tradições de um povo, sendo transmitida de forma oral e espontânea. Já a cultura erudita é aquela que se baseia num conhecimento mais elaborado e crítico, que requer estudo e planeamento, sendo preservada por meios escritos ou mecânicos.

A cultura popular é mais acessível e participativa, pois envolve a comunidade na sua realização e compreensão. Ela manifesta-se em diversas formas, como festas, lendas, músicas, danças, artesanatos, etc. A cultura erudita é mais restrita e elitizada, pois depende de uma formação específica para ser produzida e apreciada. Ela expressa-se em obras de arte de alto valor estético e técnico, como pinturas, esculturas, literatura, música clássica, etc.

A cultura popular e a erudita não são opostas ou excludentes, mas sim complementares e dinâmicas. Elas podem se influenciar mutuamente, gerando novas formas de expressão cultural. Por exemplo, muitos artistas eruditos se inspiram na cultura popular para criar as suas obras. No entanto, essa distinção entre cultura erudita e popular não é absoluta nem definitiva. Elas representam diferentes manifestações da diversidade cultural humana, que devem ser respeitadas e valorizadas.

 

AMIZADES COLORIDAS

"Amizades coloridas" é um termo usado para descrever relacionamentos entre duas pessoas que se envolvem romanticamente e/ou sexualmente, mas sem o compromisso de um relacionamento amoroso tradicional. Essas relações são muitas vezes caracterizadas por uma combinação de amizade, atração física e intimidade sem a exclusividade ou expectativa de um compromisso sério ou exclusivo.

O valor das amizades coloridas pode variar de acordo com as perspetivas e objetivos individuais das pessoas envolvidas. Algumas pessoas acham que esse tipo de relacionamento oferece liberdade e flexibilidade para explorar a intimidade sem as responsabilidades emocionais ou compromissos que podem estar presentes num relacionamento romântico tradicional. Para essas pessoas, as amizades coloridas podem ser uma maneira de satisfazer suas necessidades emocionais e físicas sem as pressões associadas a um compromisso mais sério.

No entanto, também é importante reconhecer que as amizades coloridas podem apresentar desafios emocionais. Para algumas pessoas, a falta de compromisso e a natureza ambígua desse tipo de relacionamento podem levar a sentimentos de incerteza, ciúmes ou a uma desconexão emocional. Além disso, as expectativas e os sentimentos podem mudar ao longo do tempo, o que pode gerar conflitos ou a necessidade de reavaliar a natureza do relacionamento.

É fundamental que as pessoas envolvidas em amizades coloridas comuniquem abertamente as suas expectativas e sentimentos, de maneira a garantir que todos os envolvidos estão na mesma página, o que evita mal-entendidos ou mágoas. Cada pessoa deve avaliar cuidadosamente o que deseja e se sente confortável ao participar de uma amizade colorida, considerando seus próprios valores, objetivos e limites emocionais.

Em resumo, as amizades coloridas geralmente surgem de maneira orgânica e evoluem a partir da interação entre duas pessoas que têm atração mútua e uma conexão emocional. O valor das amizades coloridas depende das preferências individuais e das circunstâncias envolvidas.

CULTIVAR A ESPERANÇA

A esperança é uma qualidade humana valiosa que nos impulsiona a acreditar num futuro melhor, a encontrar significado face às adversidades e a agir para construir um mundo mais positivo e esperançoso. Ela ajuda a enfrentar os desafios com coragem, a superar os obstáculos com determinação e a cultivar um sentido de propósito e conexão com os outros.

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A esperança pode ser considerada um dom, no sentido de que algumas pessoas conseguem ter uma inclinação natural para serem mais otimistas e terem uma visão esperançosa da vida. No entanto, a esperança também é uma qualidade que pode ser cultivada e desenvolvida ao longo do tempo, independentemente de nossa predisposição inicial.

Assim como outras características humanas, como empatia, criatividade ou resiliência, a esperança pode ser fortalecida através da prática e da aprendizagem. Podemos aprender a encontrar o lado positivo das situações, a acreditar em nós mesmos e nos outros, e a manter uma perspetiva positiva mesmo diante das dificuldades.

Existem várias maneiras de cultivar a esperança. Uma delas é desenvolver uma mentalidade otimista, focando nas possibilidades e nas soluções, e não nos problemas. Também podemos buscar inspiração em histórias de superação, pessoas que enfrentaram desafios e conseguiram alcançar os seus objetivos. Além disso, o apoio social e a conexão com os outros desempenham um papel importante na nutrição da esperança, pois compartilhar nossas esperanças e aspirações com pessoas próximas pode fortalecer esse sentimento.

A esperança não significa ignorar a realidade ou negar os desafios que enfrentamos. Ela não é um escapismo, mas uma atitude que nos impulsiona a agir e a buscar soluções. Ter esperança não garante que tudo dará certo, mas nos dá a coragem e a motivação para enfrentar as adversidades e encontrar formas de lidar com elas.

 

ENFRENTAR OS ANOS

Enfrentar os anos pode ser uma jornada desafiadora para algumas pessoas, mas também pode ser uma fase gratificante da vida. Aqui estão algumas orientações pessoais, para encarar o envelhecimento de forma positiva e saudável

Aceitação: Aceite que o envelhecimento é um processo natural da vida. Abraçar essa etapa como uma parte do ciclo vital ajudará a lidar com as mudanças físicas e emocionais que ocorrem ao longo do tempo.

Mentalidade positiva: Mantenha uma mentalidade positiva em relação à velhice. Concentre-se nas experiências e aprendizagens acumuladas ao longo dos anos e nas oportunidades que a vida continua a oferecer.

Cuidado com a saúde: Priorize sua saúde física e mental. Adote um estilo de vida saudável, que inclua uma dieta equilibrada, exercícios regulares, sono adequado e atividades que estimulem o cérebro, como leitura e jogos mentais.

Mantenha-se socialmente conectado: Cultive relacionamentos significativos com amigos, familiares e membros da comunidade. O apoio social é essencial para o bem-estar emocional durante a velhice.

Atividades significativas: Envolva-se em atividades que proporcionem satisfação e significado pessoal. Encontrar hobbies, voluntariado ou participar de grupos com interesses similares, ajuda a manter um senso de propósito.

Adaptação: Esteja aberto à mudança e à adaptação. A vida é dinâmica, e estar disposto a ajustar-se às novas circunstâncias pode ajudar a enfrentar os desafios da velhice.

Planeamento financeiro: Preocupe-se com o planeamento financeiro para garantir a estabilidade económica na velhice. Procure orientação profissional, se necessário.

Autocuidado: Reserve tempo para cuidar de si mesmo e desfrutar das coisas que lhe dão prazer. A prática do autocuidado é essencial para manter a saúde emocional e física.

Busque apoio profissional: Se estiver enfrentando dificuldades emocionais ou de adaptação à velhice, não hesite em procurar aconselhamento ou apoio psicológico.

Compartilhe experiências: Compartilhe as suas histórias e sabedoria com as gerações mais jovens que pode ser uma experiência enriquecedora para ambas as partes.

Lembre-se de que cada pessoa tem sua própria jornada de envelhecimento, e é importante encontrar o que funciona melhor para cada um. Aceitar as mudanças, manter uma atitude positiva e buscar o equilíbrio em diferentes aspetos da vida, podem ajudá-lo a enfrentar a velhice com mais serenidade e realização.

A SUBMISSÂO

A submissão, tanto do ponto de vista filosófico quanto psicológico, é um conceito complexo que envolve relações de poder, autoridade, vontade e influência. Vamos explorar esses dois pontos de vista.

Na filosofia, a submissão é frequentemente discutida no contexto de questões éticas, políticas e sociais. Filósofos como Friedrich Nietzsche e Michel Foucault exploraram a dinâmica de poder subjacente à submissão. Nietzsche, por exemplo, argumentava que a sociedade muitas vezes valoriza a submissão como virtude, mas ele criticava essa noção, enfatizando a importância da vontade de poder e de afirmação do indivíduo. Foucault analisava as estruturas de poder nas instituições sociais e como elas podiam influenciar a maneira como as pessoas se submetem a essas estruturas.

Na psicologia, a submissão pode ser entendida como um comportamento ou atitude em que uma pessoa se se coloca numa posição de inferioridade, obediência ou passividade em relação a outra pessoa ou a um grupo. Ela pode, aliás, manifestar-se de várias maneiras, tanto em contextos pessoais quanto profissionais.

A submissão psicológica também pode ser uma estratégia para manter relacionamentos sociais ou para se proteger de ameaças percebidas.

No entanto, é importante notar que a submissão nem sempre é negativa. Em certas circunstâncias, a submissão pode ser uma escolha consciente, baseada em confiança e respeito pela autoridade, ou a busca de uma harmonia social. Por outro lado, a submissão não deve ser confundida com a submissão saudável, que envolve colaboração voluntária e respeitosa.

É importante observar que a submissão não é necessariamente uma característica inerente à personalidade de alguém. Ela pode ser influenciada por diversos fatores, como educação, ambiente social, experiências passadas e autoimagem. Se alguém está enfrentando problemas de submissão que estão prejudicando sua qualidade de vida, pode ser útil buscar apoio de um psicólogo ou terapeuta, que podem ajudar a explorar as causas subjacentes e desenvolver estratégias para desenvolver uma postura mais assertiva e confiante.

 

LUTO

Parte superior do formulárioO luto é um processo de adaptação à perda de alguém ou de algo significativo, que pode ser vivenciado de formas diferentes por cada pessoa. Não há uma receita única para encarar o luto, mas existem algumas sugestões que podem ajudar a lidar com a dor e a superar a perda. O luto pode causar sentimentos de dor, tristeza, solidão, raiva, culpa, ansiedade, entre outros. É importante expressar esses sentimentos e procurar apoio de familiares, amigos ou profissionais, se necessário. O luto não tem um tempo definido para terminar, mas pode ser superado com respeito, compreensão e amor. Algumas fases para a conciliação destacam:

Permitir-se sentir: encarar e reconhecer as emoções é um passo crucial para superar. 

Procurar apoio: contar com o suporte de familiares, amigos, grupos de apoio ou profissionais pode ser muito importante para se sentir acolhido e compreendido.

Respeitar o seu ritmo: cada pessoa tem o seu tempo para elaborar o luto e não há uma regra para determinar quanto tempo deve durar.

Retomar as atividades: aos poucos, tente retomar as atividades que faziam parte da sua rotina antes da perda, como trabalhar, estudar, praticar exercícios, etc.

Lembrar com carinho: a perda não significa que se deva esquecer quem ou o que perdeu. Você pode manter a memória viva através de fotos, objetos, cartas, músicas ou outras formas que lhe façam bem.

O processo de aceitação no luto é a fase final do processo de luto, em que a pessoa reconhece e aceita a realidade da perda, e se adapta à sua nova situação. Nesta fase, a pessoa não nega, nem se revolta, nem se desespera com a morte de alguém ou algo significativo. Ela compreende que a vida continua.

A aceitação não significa esquecer ou deixar de sentir saudade de quem partiu. Significa apenas que a pessoa conseguiu elaborar o seu luto, e que está pronta para seguir em frente, sem se prender ao passado. A aceitação também não significa que a pessoa não sinta mais tristeza ou dor pela perda. Esses sentimentos podem surgir ocasionalmente, mas de forma controlada. A aceitação é o resultado de um processo natural e saudável, que envolve várias fases e que pode variar de pessoa para pessoa.

É importante ressaltar que as fases não são necessariamente lineares, fixas ou obrigatórias. Cada pessoa vive o luto de uma forma única e pode passar por essas fases em ordens diferentes, repetir algumas delas ou até mesmo pular alguma delas. O tempo de duração do luto também varia de acordo com cada indivíduo e cada situação.

UMA TREMENDA INJUSTIÇA

Sem uma categoria e carreira profissional, que lhes foi retirada em 2008, os Técnicos Auxiliares de Saúde são considerados "Os Outros", ou os "Os Parentes Pobres da Saúde", apesar de constituírem o terceiro grupo profissional que trabalha no SNS -125mil - e 20% da força de trabalho na área, que se nela incluirmos setor privado e social, atinge os 150mil.

Muita gente ignora que, se não tiver um Técnico Auxiliar de Saúde, o profissional que limpa, lava, desinfeta e descontamina a sala de operações para que os doentes não apanhem infeções hospitalares, a intervenção cirúrgica poderá não se fazer. Durante a pandemia foram elas as que mais infetadas foram, mas ao contrário dos médicos e dos enfermeiros, ninguém sabe quantos auxiliares adoeceram, dado que é como se não existissem. Mulheres e homens que ganham praticamente o salário mínimo. Mulheres e homens que mudam as camas quando algum doente morre.

Passou despercebido o importante e comovente Primeiro Encontro que a APTAS -Associação Portuguesa dos Técnicos Auxiliares de Saúde -, levou a efeito na Covilhã e que reuniu mais de 400 profissionais. A Secretária de Estado da Saúde teve a gentileza de enviar uma comunicação em vídeo. Pena que não tenha podido estar presente. Devia. Para ouvir e também ver as lágrimas nos olhos de muitos deles.

“Aqueles trabalhadores, maioritariamente mulheres, passaram a vida a ser vistos como menores ou invisíveis, gente que faz o que ninguém quer fazer, gente que está sempre disponível para o que é necessário que seja feito, gente que limpa as camas, que muda as fraldas, que são o primeiro ouvido que escuta, a primeira mão que ampara, os primeiros olhos que veem”, como muito bem dizia Luis Osório.

Decorreu no site da associação uma recolha de assinaturas para levar uma petição aos deputados e posteriormente entregar ao Parlamento uma proposta que, de uma vez por todas, os dignifique e os respeite. Insistamos. E ajudemo-los, porque certamente eles já ajudaram muitos de nós!

HSC

REFORMA

A decisão da aposentação aos 70 anos pode variar, dependendo do país, do sistema de previdência social e das políticas governamentais. Muitos países têm sistemas que estabelecem uma idade específica em que os cidadãos podem fazê-lo e começar a receber os benefícios do que, geralmente apelidamos de idade de reforma. Existem várias razões pelas quais uma pessoa de 70 anos pode ser incentivada ou obrigada a aposentar-se. Destacamos:

Aposentação financeira: Algumas pessoas podem ter atingido a idade de 70 anos e acumulado fundos suficientes para se aposentar confortavelmente, permitindo-lhes desfrutar de seus anos restantes sem a pressão de continuar a trabalhar para se sustentar.

Saúde e capacidade física: À medida que as pessoas envelhecem, sua saúde e capacidade física podem começar a diminuir. Alguns empregos exigem habilidades físicas específicas ou níveis de energia que se tornam mais desafiadores com o avanço da idade.

Renovação da força de trabalho: Aposentar-se aos 70 anos pode abrir espaço para a entrada de novos trabalhadores e permitir a renovação da força de trabalho, proporcionando oportunidades à geração mais jovem de ingressar no mercado de trabalho e progredir nas suas carreiras.

Pressão demográfica: Em algumas regiões do mundo, o envelhecimento da população pode criar pressão sobre os sistemas de segurança social e previdência, tornando necessário aumentar a idade de aposentação para garantir a sustentabilidade desses sistemas.

Expectativa de vida: Com os avanços na medicina e cuidados de saúde, a expectativa de vida tem aumentado. Como resultado, algumas nações tendem em ajustar a idade de reforma de modo a garantir que os sistemas previdência permaneçam financeiramente viáveis.

No entanto, é importante ressaltar que as políticas nesta matéria variam consideravelmente entre os países e podem ser influenciadas por fatores económicos, sociais e políticos. Algumas pessoas podem escolher trabalhar além da idade padrão, desde que possuam a saúde e a motivação para fazê-lo. Ou podem optar por trabalhar em empregos menos intensivos em termos físicos, ou mais flexíveis, que permitam uma transição gradual para a reforma.

 

INDELICADEZA

Quantas vezes não assistiu, ou foi vítima, de indelicadeza? O que sentiu e como reagiu?

Uma atitude indelicada é aquela que demonstra falta de educação, respeito ou consideração pelos outros. Pode envolver palavras rudes, gestos desrespeitosos, comportamentos insensíveis ou qualquer ação que cause desconforto ou ofensa a alguém.

É importante encarar uma atitude indelicada com calma e empatia. Para que tal aconteça tente:

Mantenha a calma: Responder a uma grosseria com mais grosseria não é a melhor opção. Tente manter a compostura e não se deixe levar pelas emoções negativas.

Dê o benefício da dúvida: Às vezes, as pessoas podem estar a passar por problemas pessoais que afetam o seu comportamento. Não leve imediatamente para o lado pessoal e tente entender a perspetiva do outro.

Comunique de forma assertiva: Se sentir que a situação pode ser resolvida com uma comunicação assertiva, expresse seus sentimentos e preocupações de forma clara e respeitosa.

Não se iguale: Lembre-se de que uma atitude indelicada geralmente reflete mais sobre a pessoa que a demonstra do que sobre quem a sofre. Não deixe que isso afete sua autoestima.

Defina limites: Se a atitude indelicada é recorrente e vem de uma pessoa próxima, defina limites saudáveis e deixe claro que certos comportamentos não são aceitáveis.

Peça ajuda, se necessário: Se a situação estiver fora de controle ou envolver assédio, não hesite em pedir ajuda às autoridades, superiores ou profissionais especializados.

Escolha as suas batalhas: Nem todas as situações requerem uma resposta direta. Às vezes, é melhor ignorar comportamentos insignificantes ou ignaros, para evitar conflitos desnecessários.

Aprenda com a experiência: Embora seja desagradável, uma atitude indelicada pode ser uma oportunidade de aprender e crescer. Pergunte a si mesmo. como poderá lidar melhor com situações semelhantes no futuro.

Lidar com uma atitude indelicada pode ser desafiador, mas abordá-la com maturidade, respeito e empatia, pode ajudar a criar um ambiente mais positivo para todos os envolvidos.

 

VIOLÊNCIA DOMÈSTICA

A violência doméstica é um padrão de comportamento abusivo e coercivo que ocorre dentro das relações familiares ou domésticas, envolvendo geralmente um parceiro íntimo, cônjuge, ex-cônjuge, outros membros da família ou mesmo pessoas que coabitam. Essa violência pode assumir várias formas, incluindo física, sexual, psicológica, emocional e financeira. É uma questão séria e preocupante em todo o mundo, tendo graves consequências para as vítimas e para a sociedade como um todo.

A violência doméstica pode afetar pessoas de qualquer género, idade, raça, religião e classe social. Geralmente, é um comportamento repetitivo e ocorre num ciclo de abuso, no qual a violência é seguida por um período de desculpas, promessas de mudança e reconciliação, apenas para ser seguida de mais abuso.

A maioria das sociedades reconhece a gravidade deste problema e tem leis e sistemas de apoio em vigor, para proteger as vítimas e punir os agressores. É importante que as vítimas saibam que não estão sozinhas e que há recursos disponíveis, como abrigos de emergência, linhas diretas de ajuda, orientação legal e terapia, para ajudá-las a sair dessa situação.

É importante abordar esta questão de maneira sensível e eficaz e tomar algumas medidas para lidar com ela. Assim, salienta-se o que importa fazer:

Proteger a vítima: A segurança da vítima é primordial. Se é vítima ou conhece alguém que está sendo vítima de violência doméstica, encoraje a pessoa a buscar um local seguro. Isso pode incluir a casa de um amigo, um abrigo para vítimas de violência ou casa de familiares confiáveis.

Comunicar: Encoraje a vítima a falar sobre sua situação com pessoas de confiança, como amigos, familiares ou profissionais de saúde. O isolamento, muitas vezes, é uma tática usada pelos agressores para manter o controle.

Denunciar: Se suspeita ou testemunha uma situação de violência doméstica, denuncie junto das autoridades competentes, como a polícia ou linhas diretas de apoio a vítimas. Em muitos países, existe um número de emergência específico para lidar com situações de violência doméstica.

Apoio emocional: Ofereça apoio emocional à vítima. Escutar sem julgamentos pode ser muito reconfortante. Lembre-se de que a vítima pode sentir-se envergonhada ou culpada, pelo que é importante ser sensível e solidário.

Procurar ajuda profissional: Incentive a vítima a procurar ajuda de profissionais especializados, como terapeutas, psicólogos, assistentes sociais e advogados especializados em direitos das vítimas. Eles podem oferecer orientação, apoio emocional e informações legais.

Ordens de proteção: Em muitos lugares, é possível obter uma ordem de proteção que proíbe o agressor de se aproximar da vítima. Essa medida pode ajudar a garantir a sua segurança.

Consciencialização: Educar a comunidade sobre os sinais de violência doméstica e como a denuncia pode ajudar a criar uma rede de apoio mais forte. Workshops, seminários e campanhas de conscientização são formas de disseminar informações.

Leis e políticas: Defensores dos direitos das vítimas podem trabalhar para melhorar as leis e políticas relacionadas à violência doméstica. Isso inclui garantir que as leis sejam suficientemente rigorosas para proteger as vítimas e punir os agressores.

Intervenção de grupos de apoio: Participar de grupos de apoio pode ser benéfico tanto para as vítimas quanto para os sobreviventes, proporcionando um espaço seguro para compartilhar experiências, receber orientação e apoio.

Educação preventiva: Educar jovens sobre relacionamentos saudáveis e respeitosos desde cedo, pode ajudar a prevenir a perpetuação do ciclo de violência doméstica.

Lidar com a violência doméstica requer uma abordagem multidisciplinar e uma rede de apoio que envolva indivíduos, comunidades e instituições. Cada situação é única, portanto, é importante adaptar as ações às circunstâncias específicas. 

VAIDADE

A vaidade é um conceito que possui aspetos interessantes tanto do ponto de vista filosófico quanto psicológico. Ela refere-se a um sentimento de orgulho excessivo em relação a si mesmo, acompanhado, muitas vezes, pela preocupação exagerada com a aparência física, status social, conquistas pessoais e reconhecimento dos outros. Tanto na filosofia quanto na psicologia, a vaidade é frequentemente analisada pelos seus efeitos e implicações nas ações e na vida das pessoas.

Na filosofia, a vaidade tem sido frequentemente abordada relativamente a questões de ética, virtude e valores. Muitas tradições filosóficas, como o estoicismo e o budismo, consideram a vaidade como um obstáculo para a realização da sabedoria e da virtude. Ela é vista como uma preocupação excessiva, com coisas superficiais e passageiras, em detrimento do cultivo de qualidades mais nobres e duradouras.

O filósofo francês Blaise Pascal, na sua obra “Pensamentos”, explorou a vaidade argumentando que a busca constante por elogios e reconhecimento externo, é uma forma de distração, que nos impede de enfrentar as questões mais profundas e significativas da vida. Considerou, até, que a vaidade nos leva, frequentemente, a buscar a aprovação dos outros, em vez de nos concentrarmos no nosso próprio crescimento moral e intelectual.

Do ponto de vista psicológico, a vaidade é, muitas vezes, relacionada com questões de autoestima, autoimagem e motivação. Algumas formas de vaidade podem ser saudáveis, quando impulsionam a busca do autoaperfeiçoamento e realização pessoal. No entanto, quando a vaidade se torna excessiva e dependente da validação externa, pode conduzir a problemas psicológicos, como ansiedade, depressão e baixa autoestima.

A vaidade também está ligada à necessidade de pertença e aceitação social. As pessoas podem se envolver em comportamentos vaidosos para se destacar e ganhar reconhecimento, dentro de seu grupo social, buscando a validação e aprovação de seus pares.

Em resumo, tanto filosoficamente como psicologicamente, a vaidade é um fenómeno complexo que envolve várias nuances e interpretações. Pode ser vista como uma expressão do ego humano, impulsionando tanto aspirações nobres, quanto comportamentos prejudiciais. O equilíbrio entre a busca saudável de realização pessoal / reconhecimento externo, e a consciencialização sobre os efeitos destrutivos da vaidade excessiva, são temas importantes quer na reflexão filosófica quer na compreensão psicológica desse fator humano. E fundamentais, se quisermos conhecer o nosso “eu” verdadeiro!

 

SER VELHO

Quando se é velho, podem experimentar-se uma série de mudanças físicas, emocionais e sociais, algumas das quais são características comuns do processo de envelhecimento, que é uma parte natural da vida e pode ser uma fase gratificante, apesar dos desafios que eventualmente surjam.

Com o avançar da idade, é normal que ocorram alterações no corpo, como a diminuição da força muscular, a perda de elasticidade da pele, redução da capacidade pulmonar, problemas de visão e audição, entre outros. Essas mudanças físicas podem afetar a mobilidade e a independência.

O envelhecimento está frequentemente associado a um aumento do risco de desenvolver certas, doenças cardíacas, diabetes, osteoporose, entre outras. Manter um estilo de vida saudável, com alimentação equilibrada e exercícios físicos adequados, pode ajudar a prevenir algumas dessas doenças e melhorar a qualidade de vida.

Também é possível que ocorra um declínio gradual da memória e da capacidade cognitiva. No entanto, nem todos os idosos experimentam problemas graves de memória, e há muitas estratégias que podem ser adotadas para manter a mente ativa, como praticar jogos mentais, ler, aprender novas habilidades e socializar.

O envelhecimento pode estar associado a mudanças emocionais, como sentimentos de solidão, nostalgia, preocupações sobre a mortalidade e a perda de entes queridos. Lidar com essas emoções pode ser desafiador, e o apoio social, amigos e familiares podem ser de grande ajuda.

Muitas pessoas quando chegam à terceira idade decidem aposentar-se, o que traz mudanças no estilo de vida e exige ajustes na rotina diária e no orçamento financeiro.

Há quem se sinta menos valorizado ou marginalizado numa sociedade que, muitas vezes, valoriza a juventude. No entanto, é importante reconhecer que os idosos têm uma vasta experiência de vida e conhecimento, para compartilhar com as gerações mais jovens.

Cada pessoa é única, e o envelhecimento é uma experiência individual, variando de acordo com diversos fatores, incluindo estilo de vida, genética, ambiente e cuidados com a saúde. É essencial encarar esta fase com uma abordagem positiva e buscar um envelhecimento saudável e satisfatório. Porque, afinal, tudo isto é sinal de que vivemos muito tempo! 

A PSICOLOGIA E A BONDADE

A bondade é uma característica daquele que tem inclinação para o bem. Consiste numa qualidade das pessoas que praticam boas ações. Gramaticalmente, vem do latim “bonidate”, que é a qualidade de quem tem boa índole. Ter bondade é ser benevolente, ser amável, é procurar ajudar o outro.

A bondade pode ser expressa de várias formas no dia a dia, a ajudar as pessoas quando elas pedem, fazer favores a amigos, abrir a porta para deixar as pessoas passarem, ajudar estranhos a pegar coisas que haviam deixado cair ou ter sentimentos de preocupação por pessoas menos afortunadas do que elas.

Do ponto de vista psicológico, ela refere-se à qualidade de agir e se relacionar com os outros de maneira compassiva, empática e altruísta. Envolve a disposição de ajudar, cuidar e tratar os outros com respeito e consideração, sem esperar necessariamente algo em troca. 

A psicologia reconhece a bondade como um traço de personalidade positivo e saudável, que está relacionado com o bem-estar emocional e mental tanto da pessoa que pratica a bondade quanto daqueles que a recebem. Além disso, a bondade pode contribuir para o estabelecimento de relacionamentos interpessoais saudáveis e para a criação de um ambiente social mais harmonioso.

A bondade pode, ainda, ser vista como resultado da interação entre fatores genéticos, experiências de vida, educação e influências culturais. Algumas teorias psicológicas destacam a importância da empatia, da capacidade de se colocar no lugar do outro, como uma componente fundamental da bondade. A empatia permite compreender as emoções e necessidades dos outros, facilitando a resposta compassiva e solidária.

Vale a pena ressaltar que a bondade não implica ser ingénuo ou deixar de impor limites saudáveis nas relações. Ela retrata agir com consideração e respeito, buscando o bem-estar dos outros, mas também reconhecendo a importância de manter o próprio equilíbrio emocional. 

FINITUDE

 A finitude é um conceito filosófico que se refere à limitação, à contingência e à mortalidade dos seres. A finitude humana é o tema de muitas reflexões existenciais, que buscam compreender o sentido do ser e da vida, diante da morte. Um dos filósofos que mais explorou essa questão foi Martin Heidegger, que definiu o homem como um ser-para-a-morte, ou seja, um ser que está sempre projetado para o seu fim e que pode assumir a sua própria finitude, como uma forma de autenticidade.  A finitude também pode ser entendida como uma característica das coisas singulares que pertencem a um atributo da Substância, segundo a filosofia de Spinoza. Para ele, a finitude significa ser limitado por outras coisas singulares do mesmo atributo.

A diferença entre finitude e infinitude é uma questão filosófica que pode ter diferentes abordagens e significados. De forma geral, finitude é a qualidade do que é finito, limitado, contingente e mortal, enquanto infinitude é a qualidade do que é infinito, ilimitado, necessário e imortal.

Segundo Heidegger, a finitude é uma condição essencial da existência humana, que se caracteriza pela temporalidade, pela angústia e pela morte. A finitude humana é o que possibilita o questionamento sobre o sentido do ser e da vida. A infinitude, por outro lado, é uma propriedade metafísica da existência que transcende os seus limites imediatos e aparentes. A infinitude é o que permite ao homem projetar-se para além do presente e buscar novas possibilidades de ser.

AMOR DE JUVENTUDE E AMOR MADURO

Não há uma resposta única ou definitiva para a questão da diferença entre um amor de juventude e um amor maduro, mas podemos pensar em algumas possibilidades.

O amor de juventude tende a ser mais influenciado pelo amor eros, pois nesta fase da vida estamos mais propensos a sentir atração física, desejo sexual e paixão por alguém. O amor de juventude pode ser uma aventura emocionante, mas também pode ser uma fonte de frustração, insegurança e sofrimento, pois nem sempre corresponde à realidade ou às nossas expectativas. O amor de juventude pode ser marcante e inesquecível, mas nem sempre é duradouro ou estável, pois as pessoas estão a descobrir quem são e o que desejam de um parceiro. Além disso, muitos relacionamentos de juventude podem não durar a longo prazo, pois as pessoas estão em constante mudança e crescimento durante essa fase da vida.

Outra possibilidade é que o amor maduro tende a ser mais influenciado pelo amor ágape, pois nesta altura da vida estamos mais conscientes de nós mesmos e dos outros, e mais dispostos a nos dar sem esperar nada em troca. O amor maduro pode ser uma relação tranquila e harmoniosa, mas também pode ser uma fonte de renúncia, sacrifício e solidariedade, pois nem sempre é fácil ou conveniente amar alguém incondicionalmente. O amor maduro pode ser menos intenso e vibrante do que o amor de juventude, mas pode ser mais profundo e verdadeiro.

É claro que estas são apenas algumas formas de pensar sobre o assunto, e não há uma regra geral ou uma ordem certa para viver o amor. Cada pessoa pode experimentar diferentes tipos de amor em diferentes momentos da vida, e cada relação pode ter características próprias e únicas. O importante é saber reconhecer o valor e o significado de cada tipo de amor, e buscar vivê-lo da melhor forma possível.

Amor de juventude e amor maduro são termos que descrevem diferentes estágios e características do amor em relacionamentos românticos, geralmente associados a diferentes fases da vida e experiências emocionais.

Por outro lado, o amor maduro refere-se ao tipo de amor que se desenvolve ao longo do tempo, geralmente em relacionamentos de longo prazo. À medida que as pessoas amadurecem e crescem emocionalmente, os seus relacionamentos também evoluem para um estágio mais estável e profundo. O amor maduro é caracterizado por uma conexão emocional mais profunda, respeito mútuo, compreensão, aceitação e compromisso.

No amor maduro, os parceiros têm uma compreensão mais realista um do outro, reconhecendo tanto as qualidades positivas quanto os defeitos do outro. Esse tipo de amor pode ser mais calmo e tranquilo do que o amor de juventude, mas também pode ser mais significativo e duradouro. Os relacionamentos maduros costumam ser construídos em base de confiança e apoio mútuo, e os parceiros tendem a trabalhar juntos para enfrentar os desafios que surgem ao longo do caminho.

Em resumo, o amor de juventude é caracterizado pela paixão intensa e fervor emocional típica da juventude, enquanto o amor maduro é construído ao longo do tempo, desenvolvendo-se em uma conexão mais profunda, estável e significativa à medida que os parceiros amadurecem emocionalmente. Ambos os estágios do amor têm suas próprias belezas e desafios, e podem levar a experiências emocionais enriquecedoras ao longo da vida.

Cada pessoa pode experimentar diferentes tipos de amor em diferentes momentos da vida, e cada relação pode ter características próprias e únicas. O importante é saber reconhecer o valor e o significado de cada tipo de amor, e buscar vivê-lo da melhor forma possível. 

AMOR

O amor é um dos sentimentos mais poderosos e complexos experimentados pelos seres humanos. É uma emoção que transcende culturas, raças e fronteiras, sendo uma parte essencial da existência ao longo da história. Embora seja difícil defini-lo de maneira exata, o amor é geralmente considerado como uma profunda afeição, conexão ou apego emocional a algo ou alguém.

Existem diferentes formas de entender e expressar o amor, que podem variar de acordo com a idade, a experiência, a personalidade e a cultura de cada pessoa. No entanto, alguns autores tentaram classificar os tipos de amor com base em palavras gregas que descrevem diferentes aspetos desse sentimento.  Assim, existiriam quatro tipos de amor: storge, philia, eros e ágape.

O amor storge é o amor fraternal e familiar, aquele que surge naturalmente entre pais e filhos, irmãos, avós, tios, primos etc. É um amor que tem um pressuposto de sentimento pré-fabricado, independente das atitudes ou dos conflitos que possam surgir. É um amor que tende ao perdão e à superação.

O amor philia é o amor de amigos, aquele que surge na jornada da vida, entre pessoas que compartilham interesses, valores, experiências ou objetivos em comum. É um amor que se baseia na confiança, no respeito, na lealdade e na reciprocidade. É um amor que se pode transformar em eros, se houver atração física ou desejo sexual entre os amigos.

O amor eros é o amor romântico, aquele que está relacionado com a sexualidade e seus desdobramentos. É aquele amor de atração física, desejo sexual e coração acelerado. É um amor que pode ser intenso, mas também instável, pois depende da satisfação das necessidades e das expectativas de cada um. É um amor que até se pode tornar possessivo, ciumento ou ilusório.

O amor ágape é o amor incondicional, aquele que se doa sem esperar nada em troca, que se preocupa com o bem-estar do outro acima de tudo. É um amor que transcende as circunstâncias, as diferenças e as imperfeições. É um amor que se manifesta na caridade, na compaixão, na generosidade e na bondade.

O amor pode ser expresso de várias maneiras, seja através de palavras, gestos, presentes ou formas de serviço. Também pode ser um impulso motivador para o crescimento pessoal e para o cuidado com os outros.

No entanto, apesar de toda a beleza e alegria que o amor pode trazer, ele também é capaz de ser complexo e doloroso e envolver vulnerabilidade que, às vezes, leva a desilusões, mágoas e perdas. É importante lembrar que o amor saudável deve ser baseado em respeito, reciprocidade e consentimento.

Cada indivíduo pode ter suas próprias experiências e interpretações do amor. É um tema que tem sido abordado em diversas formas de arte, literatura e filosofia ao longo dos tempos. Mas na realidade, o amor continua a ser um mistério fascinante e uma parte essencial da jornada humana.

AS JORNADAS MUNDIAIS DA JUVENTUDE

As Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ) são eventos católicos que reúnem jovens de todo o mundo para celebrar a fé, promover a solidariedade e compartilhar valores religiosos e sociais. Essas jornadas têm, por várias razões, uma importância significativa para as cidades que as sediam, incluindo Lisboa, a saber:

Encontro de culturas: As JMJ proporcionam uma oportunidade única para os jovens de diferentes países e culturas se reunirem e interagirem. Isso ajuda a promover o diálogo intercultural, a compreensão mútua e a tolerância, bem como a quebra de barreiras e preconceitos.

Promoção do turismo: A realização de um evento como as JMJ atrai uma enorme quantidade de jovens peregrinos e visitantes, o que impulsiona o setor de turismo da cidade anfitriã. Isso resulta num impacto económico positivo para a região, através do aumento de gastos em hospedagem, alimentação, transporte e lembranças.

Visibilidade internacional: A Jornada Mundial da Juventude é um evento de grande destaque no cenário internacional e atrai a atenção da média global. A cidade anfitriã tem a oportunidade de promover a sua cultura, património e atrativos turísticos, alcançando uma audiência global e colocando-se no mapa como um destino importante.

Fortalecimento da comunidade católica: Para a comunidade católica, as JMJ são momentos de grande alegria e renovação da fé. Os jovens têm a oportunidade de  aprofundar a sua espiritualidade, receber ensinamentos e fortalecer os seus laços com a Igreja.

Legado espiritual: Além do impacto imediato durante o evento, as JMJ também deixam um legado espiritual duradouro. Inspirados por essa experiência, muitos jovens retornam às suas comunidades locais, com uma nova motivação para se envolver em atividades de serviço, caridade e solidariedade.

Discussão de questões sociais: As JMJ também podem ser oportunidades para discutir e abordar questões sociais relevantes para os jovens, como justiça social, meio ambiente, direitos humanos e inclusão. Os encontros podem incluir eventos temáticos, debates e reflexões sobre esses tópicos importantes.

Em resumo, a realização das Jornadas Mundiais da Juventude em Lisboa ou em qualquer outra cidade traz consigo benefícios que vão além do caráter religioso, envolvendo aspetos culturais, sociais e económicos, criando uma experiência enriquecedora tanto para os participantes quanto para a comunidade local.

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A questão dos gastos relacionados a eventos como a Jornada Mundial da Juventude é um tema complexo e muitas vezes controverso, envolvendo diversos aspetos, como política, economia, cultura e prioridades governamentais.

Poderíamos analisar algumas das razões que tendem a explicar o ataque violento feito aos gastos da JMJ em comparação com a construção de estádios. Mas não me parece que, agora, seja o momento mais propício para o fazer, porque as mentalidades só se mudam perante os resultados. Esperemos então por eles, para basear as convicções de cada um. 

RESSENTIMENTO

O ressentimento é uma emoção, uma resposta emocional prolongada e intensa que pode surgir quando nos sentimos injustiçados, traídos, desvalorizados ou machucados de alguma forma.

É alimentado por pensamentos recorrentes sobre a injustiça sofrida e muitas vezes envolve o desejo de vingança ou punição contra a pessoa ou pessoas responsáveis por causar a dor. Essa emoção pode se enraizar profundamente e afetar negativamente a vida quotidiana, os relacionamentos, o bem-estar emocional e até mesmo a saúde física.

Uma característica importante do ressentimento é que ele tende a ser mantido vivo através do reforço constante dos pensamentos negativos associados à experiência passada. As pessoas ressentidas podem, com frequência, relembrar e reviver a dor emocional, alimentando assim a sua própria amargura. Superar o ressentimento pode ser um processo desafiador, mas é possível!

O ressentimento também pode estar ligado a sentimentos de inveja ou ciúme, especialmente quando acreditamos que alguém recebeu tratamento preferencial ou benefícios que acreditamos merecer. Esses estados podem levar a um ciclo de ressentimento, onde nos comparamos constantemente aos outros e sentimos raiva ou frustração, quando percebemos uma disparidade entre o que temos e o que achamos que merecemos.

É importante reconhecer que o ressentimento pode ser prejudicial para a saúde emocional e mental. Carregar esse fardo por muito tempo, pode levar a um aumento do stresse, depressão, ansiedade e até mesmo a problemas físicos, como distúrbios do sono e problemas de saúde relacionados. 

Superar o ressentimento pode ser um processo desafiador, mas é possível. Algumas estratégias incluem:

Reconhecer e aceitar os sentimentos de ressentimento, entendendo a sua origem e como eles estão a afetar a nossa vida.

Considerar a possibilidade de perdoar a pessoa ou pessoas envolvidas, não necessariamente por eles, mas por si mesmo. O perdão não significa esquecer ou justificar o comportamento, mas libertar-se do fardo emocional.

Tentar compreender a perspetiva da outra pessoa, reconhecendo que todos têm as suas próprias histórias, experiências e limitações.

Concentrar-se em atividades que promovam o bem-estar emocional, como praticar exercícios físicos, buscar hobbies, ter momentos de lazer, meditar, buscar terapia ou apoio de um profissional da saúde mental.

É importante lembrar que superar o ressentimento pode levar tempo e exigir esforço contínuo. Cada pessoa é única, e o processo de cura pode variar. Se alguém estiver lutando com ressentimento intenso e persistente, pode ser útil buscar apoio profissional de um terapeuta ou conselheiro, que pode fornecer orientação personalizada para ajudar a pessoa a lidar com essas emoções.

 

SILÊNCIO