quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Quantos anos tenho?

“QUANTOS ANOS TENHO??
TENHO a IDADE em que as COISAS são VISTAS  com mais CALMA, mas com o INTERESSE de seguir CRESCENDO.
TENHO os ANOS em que os SONHOS COMEÇAM a ACARICIAR com os DEDOS e as ILUSÕES se CONVERTEM em ESPERANÇA.
O que IMPORTA se faço 20, 40, 60 ou 80?
O que IMPORTA é a idade que SINTO.
Tenho os ANOS que NECESSITO para viver LIVRE e sem MEDOS.
Para SEGUIR sem TEMOR pela TRILHA, pois LEVO comigo a EXPERIÊNCIA adquirida e a FORÇA dos meus ANSEIOS.
QUANTOS anos TENHO? 
ISSO a quem IMPORTA?
TENHO os ANOS NECESSÁRIOS para PERDER o MEDO e FAZER o que QUERO e o que SINTO”.

Este texto é atribuído a José Saramago. Encontrei-o, perdido, entre papeis que ando a arrumar. Não sei porque o guardei, nem quando isso aconteceu. Mas agora que o tenho nas mãos apeteceu-me partilhar-lo convosco, porque voltei a achar-lhe o mesmo encanto!

HSC

11 comentários:

Sandra disse...

Dra Helena,
Precisamente o que tenho cogitado nos últimos tempos, principalmente desde o meu último aniversário, no mês passado. Saramago subiu, decerto, na minha consideração!
Cumprimentos
Sandra

Silenciosamente ouvindo... disse...

Um texto com muito interesse.
Gostei de o ler.
Desejo que esteja bem.
Os meus cumprimentos.
Irene Alves

Anónimo disse...

Gosto e não gosto de Saramago. Um dia devia escrever sobreste dualismo que, creio, pode ser o seu. Mas aquinestamos ambos de acordo. O poema é lindo.

Francisco Valdez

Pedro Coimbra disse...

José Saramago raramente escrevia algo que me agradasse.
Esta é uma dessas poucas vezes.
Bom fim-de-semana

Anónimo disse...

🌷

Anónimo disse...

Muita da escrita de José Saramago me agrada. Incluído este texto. Mas li muitos mais que achei interessantes. A escrita de José Saramago, na minha perspectiva, tinha muito de social. O legado que nos deixou (falo de grande parte da sua obra que conheço) dá-nos várias leituras dos vários "Portugais" incluindo as diferenças sociais. O leitor pode formar vários olhares sobre a nossa história e sobre a sociedade portuguesa.
Drª Helena obrigada por nos recordar alguns bons textos e também agradeço por continuar a escrever com a mesma força. Parabéns.
Maria

Anónimo disse...

Simplesmente brilhante!

Anónimo disse...

Muitas pessoas que dizem que não gostam de Saramago, nunca leram nada dele, é só por motivos políticos, é só «porque sim», não têm a capacidade de avaliar livremente as suas obras, do ponto de vista literário.

HSC tiro-lhe o chapéu, porque sendo de direita, é livre ao apreciar as obras pelo seu valor e não pelo peso político.

Anónimo disse...

para além de ter lido alguns dos livros entre eles o Memorial do Convento, que foi adaptado à ópera Blimunda pelo Scala de Milão, que também vi, lembro sempre uma frase de Saramago «é preciso andar muito para alcançar o que está perto», frase que também encontrei num caderno de notas já com uns anos.

Anónimo disse...

Saramago foi sempre ferozmente atacado pelos politicamente corretos da direita, da religião e do purismo da língua.
Se dependesse só de Portugal seria abafado e destruído, pelos influencers medíocres do costume (são mais censura do que outra coisa).
Mas felizmente existem outras mentalidades e foi-lhe atribuído em 1998 o Prémio Nobel, obras suas foram adaptadas ao cinema e à ópera, e a sua obra projetou e divulgou Portugal lá fora.
E não, não sou do PC. Como diz HSC há vida para além da política!

Anónimo disse...

Este texto é na verdade de Autor desconhecido. Não existe uma explicação para ser atribuido como de autoria de José Saramago.