O Pedro Rolo Duarte abordou no seu blog - cujo lay out, refrescado, está lindo - um tema que me pareceu excelente. Trata-se de criar uma empresa cujo objectivo principal seria o de sugerir novos impostos. Na conjuntura actual, a "geringonça" não deixaria de recorrer, de imediato, aos seus serviços e nós teríamos a certeza de que esses novos impostos seriam, pelo menos, inteligentes.
Ora eu que gosto de inventariar taxas e tachos, fiquei entusiasmada com a ideia e pensei apresentar uma minha que a complementa. De que se trata, então? Explico-me.
Pensei ir àquele programa da tv que se propõe ajudar o empreendorismo. Nunca assisti ao qualquer das suas emissões, mas não duvido de que possa ser capaz de expor o meu projecto e conquistar o apoio do júri de selecção.
Pensei ir àquele programa da tv que se propõe ajudar o empreendorismo. Nunca assisti ao qualquer das suas emissões, mas não duvido de que possa ser capaz de expor o meu projecto e conquistar o apoio do júri de selecção.
A minha ideia seria a de fazer acompanhar cada taxa que venha a ser criada, do tacho correspondente. Assim, o Pedro sugeria as taxas e eu ficaria com os tachos. Não me parece mau de todo e ajudaria a economia nacional criando novos circuitos financeiros de que tanto precisamos.
O Rolo Duarte em cinco minutos criou cinco impostos. Eu proponho para cada um deles uma empresa que fomentaria postos de trabalho e reforçaria a Segurança Social. Assim, vejamos as propostas.
Um. Imposto sobre o animal domestico - Sendo certo que a existência de um animal em casa pressupõe determinados custos para a comunidade, seja o cocó que alguns se esquecem de apanhar ou o latido nocturno que incomoda, não falando nos pêlos que pairam pelo ar e podem fazer crescer as doenças respiratórias (logo, os custos do Serviço Nacional de Saúde), uma pequena taxa anual por cada animal de companhia não custa nada e serve todos…
Dois. Taxa pela utilização dos passeios para correr - A moda das corridas parece instalada. Nada contra. Mas talvez o Governo pudesse obrigar as empresas que vendem ténis a cobrar uma taxa (10%?) sobre o preço de venda das sapatilhas, que reverteria para a manutenção dos passeios e cobria alguns acidentes que a correria possa provocar nos atletas.
Aqui a Corre Corre Antes que Caias, Unipessoal Lda, seria uma escolha excelente.
Quatro. Imposto sobre o ruído nos jogos de futebol (em caso de golo) - Um pequeno estipendio pelo ruído provocado pelos adeptos, sempre que há um golo num jogo das duas ligas principais. Pode ser imputado ao clube, que por sua vez decide se o faz recair sobre os sócios…
Um. Imposto sobre o animal domestico - Sendo certo que a existência de um animal em casa pressupõe determinados custos para a comunidade, seja o cocó que alguns se esquecem de apanhar ou o latido nocturno que incomoda, não falando nos pêlos que pairam pelo ar e podem fazer crescer as doenças respiratórias (logo, os custos do Serviço Nacional de Saúde), uma pequena taxa anual por cada animal de companhia não custa nada e serve todos…
Neste caso a Cocolatido Lda seria a empresa escolhida.
Dois. Taxa pela utilização dos passeios para correr - A moda das corridas parece instalada. Nada contra. Mas talvez o Governo pudesse obrigar as empresas que vendem ténis a cobrar uma taxa (10%?) sobre o preço de venda das sapatilhas, que reverteria para a manutenção dos passeios e cobria alguns acidentes que a correria possa provocar nos atletas.
Três. Taxa sobre o gelo na restauração - A transformação da água em gelo para bebidas, nos bares e restaurantes, reflecte um consumo de energia que não deve passar em claro. Cobrar meia-dúzia de cêntimos pelo gelo consumido parece-me razoável.
A opção correcta cairia na Congelem-me Enquanto é Tempo, SARL
A mais adequada seria, sem qualquer dúvida, a recente Porque Não te Calas Lda
Cinco. Taxa sobre a permanência em esplanada - É de elementar justiça que o cliente de uma esplanada pague sobre o ar que respira, a vista de que usufrui, e o ambiente que lhe é concedido. Independentemente de se tratar de uma rua de Chelas ou de um bar à beira Tejo, seria uma taxa justa.
Sem qualquer dúvida a Olha o Passarinho a Voar, Empresa Oftálmica Lda tem, nesta matéria, uma experiência que a impõe.
E, pronto, ja sou sócia/dona de cinco tachos. A empresa mãe, como se depreende, seria a prestigiada cluster Os Meus Tachos, em cuja administração, além do Pedro, eu poria os meus melhores amigos. Alguém duvida que serei seleccionada?!
HSC
6 comentários:
Senhora Doutora Helena, adorei as suas "taxas e tachos" - a senhora tem uma imaginação fantástica! Acrescento-lhe mais uma que daria milhões: a entrada nas praias.
Parabéns por ser como é. Admiro-a muito.
Maria Alda
Por outro lado, em Portugal com dois milhões de pobres, há uma máxima: Pago impostos, logo existo.
Abraço, amiga.
Cada vez a admiro mais...
Tem um sentido de humor que faz inveja a muitos "profissionais" do ramo...
Só tenho a dizer isto: ADOREI 😆😆
Essa sobre os animais de companhia não achei grande piada mas nada mas me admira.Tem o seu humor mas os animais precisam do nosso amor.
Peço desculpa de ter saído anónimo, e o comentário não tem grande jeito, é apenas o meu amor pelos animais a falar, nada mais.
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