segunda-feira, 29 de julho de 2013

A alegria na Igreja


Uma esperança de amor e de paz com o Papa Francisco no Brasil. Oxalá esta seja uma marca numa Igreja que se deseja virada para os mais fracos e desprotegidos.

HSC

15 comentários:

Alcipe disse...

No Conselho da Europa tenho-me ocupado do diálogo interreligioso e tenho tido alguns problemas com posições fortemente anti-laicistas dos polacos, apoiados nos bastidores pela Santa Sé. Qual não é a minha agradável surpresa ao ouvir o Papa Francisco defender o Estado laico...

Isabel Mouzinho disse...

Eu também acho que a fé é alegria e festa e por isso me identifico com a maneira como os espanhóis vão em romaria a cantar e a dançar. aqui é um pouco a mesma coisa. E acredito que este Papa Francisco traga consigo essa alegria tão necessária :)

Helena Sacadura Cabral disse...

Meu caro Alcipe
Também eu penso que os Estados devem ser laicos. A Deus o que é de Deus e aos homens o que é da política.
Bata-se fortemente por esse diálogo interreligiões que é absolutamente necessário e urgente. O Pai é o mesmo, os filhos é que são muitos e diferentes.
Não tenho qualquer dúvida disso e já me senti muito bem em locais de culto não católico.

Anónimo disse...

Acredito que o Papa Francisco venha trazer grandes mudanças!

É, sem dúvida um modelo de simplicidade difícil de se encontrar nos tempos que correm, quando os homens gostam de luxo e conforto e ele prefere continuar a viver com os outros padres numa residência mais modesta por uma questão de sanidade mental (não sei bem se foi esta a expressão que usou, mas recordo-me de o ouvir responder desta forma a uma criança há pouco tempo).

Um beijinho,
Vânia Batista

Fatyly disse...

Uma alegria única e acompanhei todas as cerimónias e oxalá que os Bispos e não só aprendam a lição que o Papa lhes deixou: sairem da cadeira e irem mais ao encontro do povo.

Falando das cerimónias religiosas como por exemplo as missas... As nossas são tristes, homilias só para meia dúzia entender, músicas que são raros os que fixam, etc. daí dar-me uma soneira quando tenho que ir. Há excepções como em tudo na vida.

Dalma disse...

Diga-me, HSC, como é o seu Deus. É o que dizem misericordioso e pai de todos?

Helena Sacadura Cabral disse...

Cara Dalma
Misericordioso, decerto. Pai de todos será. Mas nem todos se considerarão seus Filhos.
E o conceito de misericórdia, como sabe, varia no tempo e na geografia.
O meu Deus concedeu-me a gestão das minhas qualidades e dos meus defeitos, em total livre arbítrio. Nuns acertei. Noutros nem tanto. Mas só eu sou responsável pelo resultado!

Dalma disse...

Se, misericordioso e pai de todos, porquê tanta desigualdade? Não gostava a HSC igualmente dos seus filhos? Mas quanto mais pobres os seus filhos mais deserdados são!! Logo, onde está a sua misericórdia e a sua qualidade de pai de todos?
Não entra aqui o conceito de misericórdia que realmente varia temporal e geograficamente falando, tal como o conceito de felicidade. Eu refiro- me a real misericórdia relativamente ao sofrimento...
Estranho é que quanto mais desprotegidos são os humanos mais nele acreditam, seja esse deus cristão, muçulmano, budista ou outro!

Diz a HSC :"O meu Deus concedeu-me a gestão das minhas qualidades e dos meus defeitos, em total livre arbítrio..." Então esses milhões de deserdados, são-no por não saber gerir as suas qualidades e defeitos? A HSC que teve uma educação superior pode considerar-se responsável por isso e até o será, tal como eu e alguns outros milhões. Mas esse mundo onde graça o analfabetismo, logo o obscurantismo serão eles responsáveis por semelhante destino?

Helena Sacadura Cabral disse...

Dalma
Gostar dos filhos é algo que não se classifica e o "igualmente" tem aqui pouco significado. Um filho deficiente carece de mais atenção/amor do que aquele que o não é.
A misericórdia de Deus não se mede pelas agruras do mundo, como o valor dos pais não se mede pela qualidade dos filhos.
E quem lhe garante que aos olhos de Deus eu não valha menos que um analfabeto?
A cultura/ educação é um valor elitista que está longe de poder constituir bitola de medida de misericórdia.
Prefiro um homem bom a um homem culto, porque a cultura adquire-se e a bondade é inata.
Calculo que gostaria que eu lhe explicasse como posso ser católica face às injustiças do mundo. Mas isso seria uma longa conversa. E sempre lhe digo que o sou por causa disso. Há quem, pelos mesmos motivos, seja ateu...

Dalma disse...

Obrigada pela resposta ao meu comentário. Compreendo que é difícil de discutir este assunto por esta via...
Mas vejamos:
1° concordo em absoluto que o meu "igualmente" não foi bem aplicado. Eu devia usar apenas"... gostava de forma semelhante", já que só em entidades matemáticas realmente se pode falar com propriedade em "igual"!

2° diz: "Um filho deficiente carece de mais atenção/amor do que aquele que o não é." Exatamente, os desfavorecidos deste mundo estarão na humanidade equiparados aos "deficientes" que refere. Logo, deviam ser os que o Pai de Todos devia proteger especialmente.

3° diz logo de início: "A misericórdia de Deus não se mede pelas agruras do mundo". No entender da HSC como se mede essa misericórdia? Melhor dizendo, como se manifesta?

4° realmente tenho dificuldade em compreender que sic "Calculo que gostaria que eu lhe explicasse como posso ser católica face às injustiças do mundo", mas também compreendo que essa "longa conversa" não poderá ser tida aqui.

Para terminar, imagino que devo estar na lista das suas "comentadoras chatas" mas dificilmente desarmo, quando não compreendo. Porém como o seu tempo, mesmo de férias deve ser precioso, prometo não continuar a minha argumentação.

Professora disse...

Cara Helena,
difícil explicar a Fé. Mas sabe bem tê-la. A mim, ampara-me.
Cumprimentos,
Luísa Moreira

Helena Sacadura Cabral disse...

Para mim a misericórdia divina manifesta-se por imensas formas. Não tem que ser apenas por nos fazer menos desfavorecidos.
Como nos Pais manifesta-se por amor. Mas esse amor, a Dalma só o entenderia, se acreditasse num qualquer Deus.
Nunca considerei que Ele me amasse menos por me levar um filho.
E muitas vezes esse filho me agradeceu algum sofrimento que lhe causei ao tentar fazer dele um homem. Mas isso ele só compreendeu quando, por sua vez, foi Pai!

Helena Sacadura Cabral disse...

Dalma
Este último comentário era para si, mas fugiu antes de tempo.

Dalma disse...


HSC, para terminarmos este assunto e não ficar a pensar menos bem de mim quero contar o seguinte: há uns bons anos, no final de uma discussão com um amigo sobre o mesmo assunto, ele perguntou- me: afinal o que orienta a tua vida? A minha resposta foi simples e directa: "não faças aos outros o que não queres que te façam a ti!"
Hoje este continua a ser o meu lema e foi assim que eduquei os meus 3 filhos.

Helena Sacadura Cabral disse...

Cara Dalma
Jamais pensaria menos bem de si!
Diz o que pensa e eu aprecio a frontalidade, à qual também não fujo.
Educar os filhos nesse princípio é tudo o que de melhor e mais justo se pode pedir aos Pais.