Houve uma época na minha vida em que bastava pousar o meu olhar sobre uma máquina para que ela se avariasse no minuto seguinte. Isto obrigava um antigo director geral com quem trabalhei, a pedir-me que me afastasse de tudo o que fosse equipamento de trabalho. Durante anos fui objecto das maiores traquinices dos meus colegas por causa disto. E, de facto, sempre que adquiro qualquer electrodoméstico admito que a instalação possa correr mal.
Assim, foi o meu irmão mais novo, engenheiro civil de profissão, que supervisionou a montagem do meu ar condicionado, cujas instruções vinham, pasme-se, nas línguas mais absurdas, mas não em português.
Ontem, quando me deitei, pensei para comigo que havia, finalmente, quebrado a "maldição" já que a instalação do meu "fresquinho" , apesar de demorada, até correra bem.
Qual não é o meu espanto quando, hoje, ao ligar o AC, este nem "ai" dizia. Fiquei aterrada. Eram não só os euros, mas a minha climatização, que foram à vida. O choque foi tal que levei dez minutos a perceber que tinha havido um corte de corrente inesperado.
Não há dúvida que se este calor queimou alguns dos meus neurónios, também acabou com a minha malapata!
HSC
15 comentários:
Depois do que comentei anteriormente, quando comecei a ler aqui até tive um calaquente, porque calafrio não se consegue com estas temperaturas, só de pensar que lá se ia outra noite em claro, mas felizmente está resolvido. Já se sente bem no que respeita à sua cirurgia?
Abraços
Há dias, desejei comprar um livro que estava exposto numa vitrina na zona exterior à papelaria. A senhora empregada não conseguiu abrir a vitrina.
Não há duvida nada funciona nesta terra. Até nas coisas mais simples.
Resta saber a causa do "corte de corrente inesperado". Cá para mim, a Helena pousou um fulminante olhar no contador ou quadro da electricidade... :)
(espero que esteja completamente restabelecida da "pequena cirurgia")
Beijinhos!
Afinal sempre tem fresquinho... que "nice"... é triste mas até me despertou uma certa invejinha..., pois derreter não é "pera doce",
Sinceramente desejo que tenha um "calor fresquinho"
Este ano temos tido um pouco de TUDO! "haja paciência".
Todo carinho,
lb/zia
Ahahah! Eu também sou um bocado assim. Uma das minhas histórias mais hilariantes era um gravador que não funcionava numa aula, mesmo depois de verificar tomadas, etc. Até que um aluno, pouco mais novo que eu, na época se ofereceu para tentar solucionar o problema. E disse com um ar seríssimo:"Ó professora, claro que com a pausa ligada o gravador dificilmente funcionará". Só não foi o descrédito total porque eles eram muito queridos e gostavam de mim. Por isso, não sabe como eu a compreendo ;)
Beijinho
Tanta resistência a um electrodoméstico mas quando finalmente o adquirimos pensamos impensável a sua ausência na nossa vida!
Como a compreendo!
Um beijinho,
Vânia Baptista
Um bom dia para si, D. Helena!
:-)
Cpts
Cláudia
Querida HSC muito obrigada pelo texto. Fez-me rir!
A malapata acabou porque felizmente o seu aparelho foi supervisionado na montagem pelo seu irmão doutorado em engenharia antes do 25 de abril-, é dos realmente bons.
As suas rápidas melhoras.
Isacoy
Eu ainda hoje não posso aproximar-me da máquina de fotocopiar!
Luísa Moreira
ps: Quanto à proximidade, eu não posso é aproximar-me da louça ou corro o risco de que se multiplique muito rapidamente.
Vânia
Nem se preocupe HSC que tem companhia distinta nas malapatas.
O grande fisico Pauli avariava tantos aparelhos no laboratorio, por vezes apenas por estar presente e sem mexer neles,que deram a esse tipo de fenomeno o nome de Efeito Pauli.
Ora ele achava que as avarias se deviam a causas parapsicologicas e para as conseguir entender correspondia-se com parapsicologos de renome e com o Jung.
L.L.
HAHAHA...ENCANTAM-ME AS SUAS ESTÓRIAS...QUASE TODAS, NO GERAL, ALGUMAS EM PARTICULAR...
BOAS CRÓNICAS!Boas Férias!
Obrigada...
Abraço...
mcrodrigues
Um beijinho com desejos que já esteja completamente recuperada.
Viva o ar condicionado!!!
Conheço pessoas assim: ao tocar nas máquinas, elas, ao invés de funcionarem avariam. Depois há aquelas pessoas que nós chamamos "mãos de ouro" que, por magia, logo encontram forma de as pôr a funcionar. Mas isso é mesmo assim, cada um é para o que nasce. Conheço doutorados que nunca souberam arrumar um carro, enquanto outros, só com a antiga 4ª classe o fazem com os olhos fechados...
Durante anos e anos ocorria-me sempre uma ou duas avarias na semana do Natal e quando comprava tinha sempre que ir devolver e depois sim durava até não dar o berra na época que já referi.
Felizmente dei cabo dessa malapata porque aceitei tudo tão naturalmente e com paciência:)
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