sábado, 27 de julho de 2013

Um sábado em Lisboa

Deviam ser sete e meia da manhã quando acordei. Fiquei uns minutos na minha conversa habitual com Ele. Finalizei, como sempre, com um Pai Nosso. 
Arranjei-me, preparei um bacon no forno, bem tostadinho, acompanhado de uns quartos de maçã passadas na manteiga, tudo acompanhado de um sumo natural de laranja  e duas fatias de pão torrado. Este é um dos meus pequenos almoços preferidos!
Alcei de casa, pelas nove da manhã e fui a pé até ao Terreiro do Paço, já cheio de turistas a essa hora. Sentei-me e fiquei por ali a ver o mar, sem pensar em nada. De repente lembrei-me das praias artificiais de Paris, junto ao Sena e apeteceu-me molhar os pés. Andei um pouco mais, descalcei-me e fiquei sentada na pedra e pés dentro de água gozando o fresco da manhã, turista no meu país e na minha cidade. Meia hora depois eram vários os que me haviam copiado!
Confesso que sorri face à minha liberdade de não ser ninguém, ou de, sendo alguém, me ter sido perfeitamente indiferente o que os outros pensassem de mim, caso me reconhecessem. Só não me deitei porque o chão era duro e eu não tenho vinte anos. Mas já havia quem o fizesse.
Estive neste preparo três quartos de hora. Os pezinhos foram secos com os lenços de papel que trago sempre comigo. Depois, fiz a caminhada inversa e no Cais Sodré tomei um belo café num restaurante africano.
Era quase meio dia quando me meti no duche para ir almoçar com um amigo. Fresca que nem uma flor!

HSC

12 comentários:

Anónimo disse...

Como costumo dizer quando faço esse tipo de coisas que nos sabem tão bem - "Isto é que é qualidade de vida" :))

Isabel BP

Um Jeito Manso disse...

Olá Helena!

... mas não se deixe levar pelo entusiasmo e não se atire ao rio senão ainda tira o exclusivo ao Prof. Marcelo...

De resto, acho que, com esse estado de espírito e jovialidade, vai ter umas belas férias. Lisboa é uma maravilha, especialmente para quem gosta de gostar.

Um abraço!

Ideias e Meditações disse...

Boa noite D. Helena permita-me que a trate assim. Sou Maria Celeste Nunes, e estou na minha sala apenas coma luz do velho computador. Só lhe quero agradecer pela força que transmite, quando nos lembra a importância das pequenas coisas da vida.
A liberdade é algo que não tem preço, apenas exige que sejamos honestos connosco próprios, e mesmo quando temos que tomar decisões, que o façamos com verticalidade. Mas isso D. Helena é algo que só uma minoria consegue. Muito Obrigada.

Anónimo disse...

Depois de algumas obras, entre a Praça do Comércio e o Cais do Sodré, parece-me que ficou beneficiado o local, valha-nos isso. Agora dá para estar lá com algumas condições, bem pertinho da agua, apreciando a bonita paisagem da outra banda,

Helena Sacadura Cabral disse...

Ó UJM, Marcelo atirou-se ao Tejo e levou com ele uma carga de repórteres. Eu apenas banhei os pés e ninguém deu por mim. Muitas vezes ali passara pensando que um dia o faria. Foi hoje e soube-me imensamente bem.

Maria Joao Morgado disse...

Pequenas coisas que fazemos raramente e que bem que sabem!
Penso sempre que devia fazer mais vezes ....

Soledade Silva disse...

Que bem que me faz passar aqui pelo Fio de Prumo e ler o que escreve!Bem haja e muito obrigada.

Ana Queirooz disse...

Ontem também andei por esses lados, fui ver a exposição patente no Torreão Poente da Pç do Comércio - Ultima Fronteira/Lisboa em Tempo de Guerra.
Gostei de ver e sentir o com o rio...ali mesmo à nossa beira, ver a baixa de lisboa cheia de gente, sinceramente gostei de ver.
Pela primeira vez, estou a passar as férias por Lisboa e como é bonita a nossa cidade...

Virginia disse...

Faço coisas destas constantemente porque graças a Deus não sou figura pública e já nem moro na zona da minha escola, onde eventualmente poderia encontrar alunos.
Não há nada melhor que aquela sensação de despudor ( no bom sentido) que se está nas tintas para o que o vizinho pensa.
Na praia da Luz tomávamos muitas vezes banho nus à meia noite. Os banhos sabíam-nos pela vida, mesmo quando a água estava fria.
Quanto ao deitar no chão , faço-o sempre que há relva, adoro o cheiro da dita mesmo huúmida na minha roupa, já me vem de pequena quando me deitava no meu jardim do Restelo, in illo tempore...
Os portugueses têm a mania das críticas...mas os estrangeiros são muito mais abertos, graças a Deus...

Soube-lhe bem, não soube???

Isabel Mouzinho disse...

Também gosto de fazer de turista na minha cidade e faço-o muitas vezes. O seu post é delicioso e entendo perfeitamente este seu prazer. Lisboa é sempre encantadora e no Verão ainda mais...

Beijinho

Paula Ferrinho disse...

E são tão boas essas PEQUENAS-GRANDES coisas!!!!
Beijinho...

Atiz disse...

Este seu post deixou-me um sorriso rasgado no rosto e uma pequena lágrima de alegria. essa liberdade de que fala não é apreciada por todos como devia :).
obrigada pelos seus posts, gosto muito!