quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Uma experiência original

Há sempre uma primeira vez, para tudo e para todos. Comigo, deu-se há uns dias, quando fiquei incomunicável. Explico-me. Nessa santa terra onde fui descansar, o meu telemóvel caiu ao chão. Como tantas vezes, já, antes acontecera. Remontadas as peças que se haviam espalhado, o dito retomou a forma original e parecia de excelente saúde. Voltou, assim, para a carteira que é o local onde habitualmente o coloco.
Aí ficou, tranquilo, até que precisei de fazer uma chamada. Marcado o número, nem eu me fazia ouvir, nem do outro lado alguém bugia. Voltei a ligar e a experiência repetiu-se. Apesar de tecnologicamente incompetente dediquei-me à tarefa de eventual reparadora. Desliguei o dito, esventrei-o e voltei a ligá-lo. 
Chamada retomada, o silencio bilateral foi a resposta. Foi nessa altura que me dei conta do numero de pessoas que tentaram falar-me. Alarmante!
Numa última tentativa, fui ao botão de aumentar o som que estava a meio da escala e, convencida, aumentei-o. Singularmente, a cada investida, o regulador descia mais.
Bingo! Fez-se luz. A queda, lateral, fizera perecer o botão maravilha, aquele que nos destina à comunicação mais ou menos ruidosa.
Dei-me, todavia, conta, do agradável que havia sido aquele silêncio forçado. Como já aqui escrevi, desde Abril, o meu ritmo mudou. Passei a funcionar a vapor, numa época em que a norma é andar a todo o gaz...
Assim, resolvi que iria continuar neste dolce farniente  de telemóveis, num retorno a tempos saudosos em que tinha todo o tempo do mundo. Quem quiser falar-me, manda mail. Que eu verei, claro, quando ligar o computador. Sem qualquer garantia de data.
Mas que este novo ritmo telefónico me está a agradar, não há qualquer dúvida...

HSC 

4 comentários:

Anónimo disse...

o telemóvel foi entrando nas vidas das pessoas devagarinho mas ocupando o lugar antes ocupado pelo "tempo", pelo/s amigos, pela presença, e até talvez pela comunicação... como deixámos que isso acontecesse... é engraçado, ou antes não tem graça nenhuma, uma vez que nos veio tornar em pessoas sós!
hoje demanhã na "querida júlia" não nomearam o "perguntar a idade", penso ser fatal, em 1º momento a dois!!
muitos beijinhos,
lb/z

Anónimo disse...

Por acaso já sabia de sucedido. Vi-a no programa da manhã onde habitualmente participa.

Mas antes de me alongar neste meu comentário deixe-me dizer que a senhora hoje fez-me chorar...




...


... com o riso.

É bom vê-la assim e os ares açorianos fizeram-lhe maravilhas que vem com uma "corsinha" de fazer inveja.

Quanto ao telemóvel... quando o frisou, eu disse logo à minha mãe: ficou nos Açores. ;)
Bem! O que eu me ri com a crónica de hoje, foi meia-hora de riso...

Foi, de princípio ao fim, um bom bocado de tempo passado frente ao ecrã.

Não tenho sogra nem pretendente a tal mas quando tiver vou rever o programa de hoje e anotar os seus conselhos: não mexer no cabelo ou levá-lo apanhado, comportar-me com decoro, não me mostrar nem demasiado à vontade nem demasiado timida, não a tratar nem a confundir com a minha mãe, indumentária elegante e sóbria. Se for necessário comer até sopa de cachola(?) - acho que é isso-

Ah! É verdade e deixá-lo pagar: SEMPRE.

Um abraço enorme!
Vânia

Silenciosamente ouvindo... disse...

Há muito que tenho telemóvel e
praticamente anda sempre desligado.
Se vou viajar, levo-o a pensar que
se precisar de reboque tenho comigo
um meio para o chamar.Também
estou como a srª. há sempre o
email e o telefone fixo de casa.
Um grande beijinho
Irene

Professora disse...

Eu começo a ter uma relação de ódio com o telemóvel! Abençoado isolamento...
Luísa