segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Domingo na praia...


Hoje mereço o apreço de todos. Explico-me. 
O infante adora praia. Eu nem tanto, porque se o mar me encanta, a areia, atrevida, e a viajar por onde não deve, irrita-me profundamente. Logo, casamento difícil. Acresce que detesto por-me ao sol como os lagartos.
Todos os dias, democraticamente, o meu filho pergunta se eu quero praia ou piscina e depois decide ele. Já seu pai era assim... 
Sendo domingo julguei que a escolha nem se poria. Enganei-me. Pôs-se. E a simpática opção filial não foi pela piscina para qual, mentalmente me preparara. Não. Foi pela praia.
Com diplomacia e tentando pôr um ar natural ainda avancei:
- mas, ao domingo, não estará muita gente?!
- ó mãe esta praia - dos Moinhos - é longe e estamos em férias... Além disso tem, com certeza, um barzinho e tu podes intervalar e ficar à sombra
Perante este escasso diálogo, que fazer? Encomendar o corpo ao Criador e seguir o infante, pensando com os meus botões que era mais um passo para o céu ou um desconto para os meus múltiplos pecados. Fomos.
O dia estava esplendoroso e havia, de facto, um simpático bar restaurante cujo dono me fez boa companhia enquanto, na areia, o descendente despachava papéis. Sim senhora, mesmo ao domingo, havia os fatídicos papelitos...
A água cheia de força era demasiado quente para quem, como eu, gosta dos banhos de água muito fria. Mas era de uma transparência que já não existe e de um azul verde que parecia uma esmeralda.
Porém, de um momento para o outro, pelas três da tarde, o pessoal cresceu em espiral. E dei comigo num mar humano como já quase me havia esquecido.
À saída, vinguei-me. Ele pode ser muito conhecido, mas eu ganhei-lhe em abraços. E ainda ouvi um "olha é muito mais magra e bonita ao natural do que parece na televisão". Eles não sabem que o pequeno ecrã nos põe em cima, cerca de seis quilos mais...
Como é evidente, cheguei ao hotel com o ego no zénite. Bom não sei se seria exactamente no dito, mas que fiquei toda ufana, lá isso fiquei. E também com uma cor bem avermelhada. Logo eu que sou do Sporting e não milito no PC!

HSC

Nota: A foto que ilustra este post é justamente da Praia dos Moinhos. Linda, como vêem!

12 comentários:

Paulo Abreu e Lima disse...

Querida Helena,

Mas estava à espera de quê? Aquela gente é encantadora e, principalmente, exigente nos afectos - não é qualquer um que lhes abre o coração. Ainda bem que não aporta no Corvo: seria sequestrada :-)

Estes seus posts estam a abrir-me o apetite para a minha chegada à Atlântida. Felizmente falta pouco.

Beijinhos, continuação de boas férias.

Tété disse...

Mas onde é que alguém tem dúvidas de que todos adoram dar-lhe abraços e mimá-la com bonitas palavras? É mesmo só para quem merece.
Pois estava a ler o que escreveu e estava a ver-me na mesma situação com o meu filho. Perguntam-nos como e decidem eles. Deve ser receita do manual das mães e filhos.
Quanto ao tom coradinho vai ver que depois escurece e quando voltar está ainda mais guapa (se é que mais é possível).
Beijinho

Anónimo disse...

Sim, a praia é esplendorosa!

Isabel Mouzinho disse...

Pois a praia é linda, de facto, o infante tem o seu feitio e quanto a ser bonita e simpática, ninguém lhe ganha (a descendência tem a quem sair...), o que explica o excesso de abraços! Olhe, aqui vai outro, bem apertado e continue estas suas maravilhosas crónicas das férias, que os seus leitores estão a adorar! :)) (falo por mim, mas não duvido que este sentimento seja comum a todos os que a lêem. Beijinho
Isabel Mouzinho

Lara disse...

O povo açoriano sao pessoas muito simpaticas, dizem bom dia, bom tarde e boa noite a pessoas que não conhecem. Chegam ao ponto de deixar as portas e janelas abertas e irem trabalhar,se fosse cá quando chegassem casa tinham so as paredes. Espero que não tenha sido atacada por nenhum cagarro,prima da gaivota mas faz um barulho desgraçado =) e so atacam quando sentem os seus ninhos ameaçados.

Boa ferias

Anónimo disse...


Concluindo:
Mais um dia de férias maravilhoso !!
O infante satisfeito, os pecados perdoados a natureza como palco e os afectos saciados.
Terra perfeita... Onde, na verdade, "se colhe aquilo que se semeia".
Um grande Abraço
Teresa Peralta

Clara Luxo Correia disse...

Ai, ai, ..., ai... se eu estivesse por ai dava-lhe um Luxo de um abraço.
Bjinho

Anónimo disse...

Cara D. Helena. Sendo açoriana, e vivendo aqui mesmo (no Faial) ando num orgulho total com as suas crónicas.. uma delicia... vistas deste lado, é de "inchar". Pena que não venha para estes lados desta vez. Fica o convite: o Faial e o Pico vão saber recebe-la como merece. Beijinhos. Margarida Pereira

Anónimo disse...

mãe como é... e lá vamos contentes pois o filho até fica feliz, e fica mesmo que nada diga!
beijinhos,
lb

Margarida disse...

Lara, deixe-me corrigi-la: infelizmente já não podemos ser assim. A segurança por aqui já não é o que era. Portas abertas, nas cidades, já não é possível. Mas continuamos simpáticos e gostamos de receber quem gosta de nós e entende o nosso ar recatado e ao mesmo tempo aberto... apareça...

Maria Vitória disse...

Também eu, me apetecia mimar a senhora!Parabéns pela sua força, pela sua garra, pelo seu otimismo. Não sou, de todo, uma pessoa de mal com a vida, mas gostava de ser como a senhora! Obrigada pelos seus maravilhosos testemunhos.Vou continuando por aqui... a segui-la! Um bjo
Maria Vitória

Silenciosamente ouvindo... disse...

Gostei de saber como foi esse seu
dia. Já tem muito material, quem
sabem para escrever um novo
livro.Bj.
Irene Alves