sábado, 24 de setembro de 2011

Assim é o amor!


Esta semana não foi fácil. Tive que discutir contratos, não sou negociadora fácil e tenho pouca paciência para o "chicoespertismo". Esta mistura explosiva deixou-me estafada. Nada como ir ao cinema para arejar a mente e o espírito, antes de sair do país, daqui a dias.
Resolvi, a medo, ir ver Beginners - entre nós traduzido por Assim é o amor -, que acreditei ser uma comédia.
Cinema sem conhecer o realizador é temeridade que raramente faço. Mas desta vez, embarquei...
A ideia central do filme tem interesse, porque perspectiva o amor em ângulos muito diversos e conta-se em poucas palavras.
Alguns meses depois do pai falecer de um cancro de pulmão, Oliver conhece Ana, uma jovem irreverente e imprevisível. E a relação entre os jovens irá desenrolar-se no rescaldo das memórias de Hal, pai de Oliver que, a seguir à morte da mulher, e já com 75 anos, resolve sair do armário e viver uma tumultuosa vida homossexual.
O impacto da nova vida do progenitor, ora comovente, ora cómica, aproximam pai e filho e vão dar à frágil relação com Ana uma nova dimensão.
Se o realizador tivesse garra, inspirado na sua própria história e com dois belíssimos actores - Christopher Plummer, excelente, e Ewan Mc Gregor - teria feito uma magnífica película. Mas não chega lá. E eu, apesar de ter gostado, não vim satisfeita.

HSC

11 comentários:

Anónimo disse...

Hoje, não há filme, nem novela, nem reality show que não meta um enredo de homosexualidade.Faz parte da agenda global para a destruição e rotura das sociedades!!

As barrigas de aluguer, cujo caso mediatico no mundo de hoje é proporcionado pelo Ronaldo, é só um exemplo !

As grande figuras de imagem global , são utilizadas para passar a mensagem para o povo profano e burrinho que come a papinha toda e ainda pede mais!!!

Raramente, hoje você vê um filme com uma história de amor de uma mulher que se entrega e dedica-se a um homem, sem criticá-lo e sem por em causa as suas decisões e vivendo em harmonia perfeita sem as normais gritarias e lamurias contra o amante! Essse filmes não aparecem!

margarida disse...

... assim é o amor...

Julia Macias-Valet disse...

Christopher Plummer !!!?????
O viuvo de "The sound of Music" ? no nosso rectangulo traduzido por "Musica no Coraçao"...ainda assim é melhor do que "Lagrimas y Sonrisas" dos nuestros vecinos : ))

Pois nunca mais tinha ouvido falar de tal actor. Mas tal como a Helena, verdade seja dita vou mais ver filmes de Quem ? Do que com Quem ? : )

Coincidência...a verificaçao de palavras é MYTOU : ))

Anónimo disse...

Eu acho que um dia ainda vão fazer um filme de uma história de amor entre um homem e uma bananeira!
Como o darwin postolou que o homem provem do macaco, a relação parece ter a sua lógica! O problema eram as noites de inverno !

margarida disse...

..."destruição e ruptura das sociedades", enredos com o tema da homossexualidade? Êpa, a homossexualidade tem costas largas à brava. A destruição e ruptura das sociedades sucede de tempos a tempos, por via da evolução dos seres humanos e do ajuste a realidades que se vão desenvolvendo.
Não vi o filme, , mas li e ouvi a propósito q.b.
Adoro o senhor Plummer, que tem aparecido em vários filmes aos quais dá sempre um toque de estupenda elegância e sobriedade - ver http://www.fandango.com/christopherplummer/filmography/p57110
O enredo é baseado na história real do realizador, uma vez que sucedeu ao seu pai descobrir/assumir essa condição já muito tarde na vida.
Mais vale tarde do que nunca.
Quantos não vivem infelizes por não quererem / poderem declarar-se como são, como nasceram, como Deus os fez (sim, sim, o Deus é o mesmo), exactamente por preconceitos e ignorâncias, como a que aqui, em comentários, se exprime?
As pessoas são, antes de hetero, homo, bi, ou seja lá o que for, PESSOAS e é dessa forma correcta e civilizada que devem ser olhadas e tratadas.
Ah.., existe o folclore, as paradas, os excessos, a provocação, e coisas que não entendemos muito bem, nós que somos 'normais'?
Hmmm, pois, talvez seja uma forma de devolver o 'amor' com que são tratados...
Gozo com gozo se paga.
No Amor como na Guerra.
Algumas das pessoas que mais gosto na ida são gay e isso não aquece nem arrefece nada.
Minto: leva-me a 'rodar a baiana' sempre que me confronto com este tipo de rezinguice jurássica.
Haja paciência, sempre estamos no século XXI!
Somos iguais mas todos nascemos diferentes; uns mais do que outros.
É a vida, habituem-se!

margarida disse...

Em tempo: 'barrigas de aluguer' é outro tema, esse sim, muito questionável, porque é uma opção essencialmente comercial (embora existam excepções, mas 'o problema', mesmo assim, mantém-se);

Mulherzinhas submissas a dizer amém ao maridinho que manda e desmanda?! Mas onde é que nós estamos, cavalheiro?
Livra!
Que ideia medieval!
Acho melhor mudar-se para um desses países muçulmanos, onde só falta açaimarem as desgraçadas...
Que absurdo!!
Ele há cada ideia...

Raúl Mesquita disse...

"Sunday Blooday Sunday", filme Britânico da primeira metade dos anos 70, um big hit na altutra, justamente com o Chistripher Plummer (e com a Glenda Jackson) retrata a homossexualidade do primeiro. Não é novidade no cinema. Não percebo por que é que há quem diga que se trata de uma coisa actual para "destruir lares". É coisa de sempre. E uma história, desde que bem contada, tanto pode contar uma relação homo como hetero, o que vale é a arte de quem dirige e de quem representa.
Apenas acrescento uma coisa, se me permite, Helena. Parece que há quem tenha medo de histórias especificamente sobre a homossexualidade. Seria razão para perguntar: Medo, suspeitas, do homem lá de casa?

Raúl.

Anónimo disse...

Não desgostei deste filme, mas preferi o "Meia-Noite em Paris" e "Um Dia".

Um(a) comentador(a) refere que não há filme que não meta um enredo de homossexualidade, não tenho essa percepção e vou assiduamente ao cinema.

Considero até que voltaram os bons romances heterossexuais! :)

Isabel BP

Helena Sacadura Cabral disse...

Ó Isabel BP
Nem consigo comparar porque Woody é vida e movimento. e este, a meu ver, é muito lento, embora tenha uma história curiosa!

Natália Costa disse...

Permita-me discordar. Acho que o ritmo lento do filme é o que o torna tão especial, porque é esse mesmo ritmo lento que sentimos tantas vezes ao longo da nossa vida, quando parecemos estar parados, enquanto o mundo se move. É exactamente isso que sentimos num período de luto.
Acho que o filme é muito especial por esse ritmo se assemelhar ao ritmo da vida.

Anónimo disse...

Cara Helena,

Longe de mim querer comparar os dois filmes em questão porque não há comparação possível!

Isabel BP