Quem esteja atento à política fora de portas, não pode deixar de sentir que em França se passa algo que se assemelha ao que aqui foi acontecendo.
Uma passagem de olhos sobre o tema mostra-nos as manobras de Chirac para tentar escapar a uma justiça enfraquecida, após sete anos de magistratura de direita.
Mas mostra igualmente um PS nas vésperas eleitorais de 9 de Outubro, com três cabeças cujos ataques se multiplicam e cujos protagonistas são Hollande, a sua ex-mulher Royal e Aubry.
A juntar a tudo isto há "estórias" financeiras embaraçosas em Marselha e no Hérault, que só servem para tornar o clima mais pesado entre os próprios candidatos relativamente aos seus apoios.
A finalizar, Dominique Strauss Kahn, o grande ausente das primárias, retornado agora à pátria, continua a fazer falar de si.
São possivelmente estas "circunstâncias" nocivas que tranquilizam Sarkozy, apesar de dois dos seus grandes bancos terem levado ultimamente grande pancada.
O quadro descrito está, como se vê, longe de ser novo aqui para os lados de Portugal, onde estes casos já não espantam ninguém...
HSC
5 comentários:
" após sete anos de magistratura de direita"? A que propósito? E as aldrabices de Miterrand e filho (traficante de armas) foram ignoradas devido "à magistratura da esquerda"?
Tá bonito!... e as fadas é que levam na corneta?! :))
França sempre foi pródiga em romance, traição, dinheiros, faca e alguidar, por vezes com sofisticação, outras vezes nem isso.
Parece que não há político que não tenha amores obscuros, filhos ilegítimos, dinheiros suspeitos, amizades ilícita - uma festa! E com aquele típico picante francês...
De que outro país poderia ter saído uma figura carismática como DSK, que tem uma mulher rica, culta e bonita, que agora foi recebido em Paris com uma 'serenata' de ópera, na rua? E quem sabe não acaba presidente da República? Uma figura de filme francês. O Woody Allen faria um filme delicioso, de nos fartarmos de rir.
Eu acho graça.
No entanto, fico incomodada quando a história mete dinheiros e tanto mais incomodada quanto também não se pode acreditar nos media que seguem fontes que forjam histórias, enredam as pessoas e, às tantas, não se sabe se são cabalas ou se há mesmo algo de grave.
Da minha parte, o que faço é tentar guiar-me pela intuição, ter alguma condescendência e tentar manter-me informada na medida do possível admitindo que possa estar a ser manipulada.
De resto, fazer o quê, não é?
Cara Fada
Nada a fazer. É o provérbio. O povo lá sabe porquê...
:)))
...fala-se de um certo diluvio acontecido há muitos muitos anos quando tudo era tirania,orgia ... que desta vez traga uma componente desinfectante
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