sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Não vai ser fácil...

A Europa começa a reagir às últimas propostas, aqui referidas, de Merkel e Sarkozy. As bolsas, já de si preocupadas com as notícias sobre a América, reagiram fortemente às medidas do eixo franco alemão, nomeadamente ao anúncio de que poderia vir a ser imposta uma taxa sobre as operações financeiras.
É, de algum modo, o retorno à célebre taxa de Tobin - cujo nome se deve ao Prémio Nobel da Economia James Tobin -, que a propôs nos princípios da década de 70 e que, entre nós, mereceu sempre a máxima simpatia por parte dos dirigentes do BE.
Recorde-se que os acordos há quinze anos subscritos pelos lideres europeus, estabeleciam no Pacto de Estabilidade e Crescimento, que o limite do deficit se situava nos 3% do PIB. Todavia, em consequência da crise, a maioria dos estados membros não cumpriram esse limite.
Neste momento, e em consequência de situações como a grega, para não falar de outras, a Europa no seu conjunto, considera vital recuperar a disciplina fiscal. Em particular a Alemanha e a França que agora anunciaram a sua intenção de retirar, a partir de 2014, os fundos estruturais aos membros do euro que não cumpram com o objectivo do deficit.
No fundo, o que os dois estadistas pretendem com as propostas de quarta feira, é que a Europa - e eles em particular - só apoiem os estados membros que tenham as suas contas públicas saneadas.
Estão claros os destinatários da mensagem... Mas é bom que os dois crânios europeus não esqueçam que as surpresas existem e podem vir donde menos se esperam.

HSC

1 comentário:

Raúl Mesquita disse...

A Bélgica, e fora da zona €, a velha raposa, como sempre a ela me refiro, a Inglaterra?, que o RU não tem culpa.

Raúl.