terça-feira, 16 de agosto de 2011

Como evitar?


Desde Janeiro que terão voado de Portugal 1,3 mil milhões de euros - cerca de 9 milhões diários - para paraísos fiscais. O que, segundo o Banco de Portugal, representará um aumento de 700% face a igual período do ano passado.
Se pensarmos um pouco, esta importância supera aquela que o governo espera arrecadar, com o corte de 50% no subsídio de Natal a recair sobre o valor acima do salário mínimo.
As pessoas que não têm dinheiro andam assustadas e tentam fugir das medidas de austeridade com baixas médicas ou outros subterfúgios equivalentes. Os que têm dinheiro põem-no lá fora, a salvo, em zonas que sendo paraísos fiscais, garantem não só confidencialidade como taxas mais reduzidas ou mesmo nulas.
Só em Março, que foi o mês em que mais se falou da troika, saíram do país 440 milhões de euros, o que mostra bem que quando a austeridade bate forte, o dinheiro não tem pátria. Tem apenas dono!
Todavia será importante que o governo olhe para estes números. É que sem dinheiro não há investimento e sem este não há emprego. Convém não esquecer que quando se estica muito a corda, ela acaba por nos bater no rosto. É de qualquer manual de economia...

HSC

1 comentário:

ERA UMA VEZ disse...

Como é possível que a crise, a troika e sei lá mais o quê...possam legitimar aumentos imorais em bens de primeiríssima necessidade e cortes cegos em montantes com os quais as pessoas sempre contaram..

e depois ...não haja FORÇA para alterar as leis vigentes de forma a PROIBIR esta imoralidade???

Alguém explica???