quarta-feira, 18 de março de 2009

O Juizo de Teresa

Não há economista que não tenha ouvido falar de Teresa Ter-Minassian. Sobretudo, se fôr da fornada que, nos anos oitenta, trabalhava no Banco de Portugal ou no Ministério das Finanças.
Conheci-a nessa altura. Sei que Portugal não tem para ela segredos, e que foi o seu pulso no Fundo Monetário Internacional que, naquela época, comandou uma boa parte do destino nacional.
Uns, consideravam-na duríssima pelos imensos sacrifícios a que nos sujeitava. Outros, ao invés, admiravam o seu estilo e a sua imensa capacidade técnica. Filio-me entre os últimos, embora perceba os primeiros.
Teresa está de novo em Portugal, agora para uma reflexão sobre a crise, as suas causas e as suas consequências.
Para esta especialista terá sido a ideia de que as crises financeiras e bancárias se cingiam aos paises emegentes que, conjugada com a exagerada desregulação e com os sucessivos desiquilibrios macro-económicos, terá estado na base da actual crise.
É sua a afirmação de que "teremos trabalho por muitos anos" e a admissão de que o nosso endividamento aliado ao já crónico reduzido crescimento, possam colocar-nos na contingência de vir a precisar de ajuda internacional. Quem garante que tal não acontecerá?

H.S.C

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