A maior parte das pessoas sabe que o rating avalia, dentro de certos parâmetros, a sanidade financeira de um país ou de uma empresa, a pedido ou por iniciativa própria.
A conhecida agência de notação financeira Standard & Poor's - uma das três maiores à escala mundial - acaba de baixar a classificação relativa ao Estado Português, que fez passar de "AA-" para "A+". Para quem não saiba os escalões da Standard & Poor's vão de "AAA" - o máximo - a "D", que é o minimo. Ou seja o rating de uma agência de notação financeira a um Estado, ao medir o risco de que o mesmo possa vir a falhar os compromissos assumidos - nomedamente no que à dívida pública se refere - está, no fundo, a avaliar o seu grau de solvabilidade.
As razões agora apontadas para a descida são as debilidades estruturais da economia portuguesa e as escassas perspectivas de que elas possam vir a alterar-se.
Consequências desta descida de posição? São graves. Podem significar o encarecimento do dinheiro que o Estado tenta obter, para financiamento, nos mercados internacionais. Ou, dito de outro modo, os juros desses empréstimos poderão subir.
É verdade que na Europa não fomos os únicos a baixar de "divisão". A Espanha e a Grécia acompanharam-nos. Mas, com o mal dos outros podemos nós bem...
O problema é mais preocupante porque os indicadores vitais da nossa saúde económica se agravam de dia para dia. E a publicitação deste tipo de desaire não ajuda nada a nossa imagem.
Também deve ser dito que estas agências estiveram pouco atentas na avaliação que fizeram nos EUA, aos bancos que entraram em dificuldades, em particular naquele que abriu falência. Mas isso é algo a que os americanos terão que estar atentos. A nós, o que nos preocupa é Portugal e a nossa dimensão não suporta mais desgastes...
H.S.C
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