Não sou socialista. Tão pouco aprecio o PM que temos actualmente. Mas estou cansada de ver julgamentos na praça pública. De novo o Freeport para animação das hostes. E para aumentar vendas e audiências. Não sei se há corrupção ou não. Até admito que haja. Mas que se entregue o caso às autoridades competentes sem chincana política.
O poder judicial que cumpra a sua obrigação e a polícia também. Mas que haja alguma contenção para que os juízes não se sintam pressionados a julgar no sentido da Comunicação Social.
Se no nosso país tivessemos jornais ideologicamente assumidos, o leitor saberia logo qual o sentido das suas opiniões. Como entre nós só temos os "jornais de referência" e os outros, sempre que um daqueles exprime uma opinião, esta passa a constituir, de imediato, um juízo de valor...
E, à pala disto, têm-se cometido algumas injustiças irreparáveis de que poucose fala. Chega!
Não é aos jornais ou às televisões que compete julgar. É aos tribunais. Aqueles e estas servem para transmitir informação. Seca, de preferência. Sem submensagens ou críticas incorporadas. Para estas chegam e sobram os programas de análise política onde peroram filiados partidários e jornalistas que decidiram fazer humor. De esquerda, quase sempre. Prestando não um serviço de entretenimento, mas sim de pura má língua. A qual, aliás, não apreciam nada, quando alguém lhes resolve aplicar tratamento semelhante.
Quando os vejo pergunto a mim própria se aquela será a inteligenzia nacional. E a resposta é sempre a mesma: "eles acham que são". Não são de facto...
H.S.C
4 comentários:
Permita-me que entre neste seu fluir de pensamentos! Que petulância a minha comentar algo, até me sinto envergonhada confesso, pois admiro-a demais e tê-la aqui tão perto suou-me uma delícia!
Hoje enquanto me esfalfava a fazer o meu jogging matinal no meu tapete, fiquei deliciada a ouvir, como sempre esta Bela Senhora, na Antena 1.
Tenho que fazer apenas uma observação que me deixou em pulgas para cá vir meter o nariz. Ok, concordo que não se compare ao Saramago até porque se fosse igual Ele perderia a piada, mas classificar-se como Escrevinhadora é no mínimo muita modéstia. Adoro ler o que escreve, mas tenho que confessar que adoro ouvi-la mais do que lê-la, até porque achei um máximo aquela falha típica de memória (a mim acontece-me milhares de vezes dado o número de ideias e fluir de pensamentos que me atrapalham a mente) em que por diversas vezes perguntava ao locutor, “Mas qual era mesmo a pergunta?”, da mesma forma que quando surge na televisão transpira serenidade, um bem-estar com a vida e consigo própria, nem sempre fácil para quem pensa demais. Isso não se consegue ver num livro, não se sente num livro da mesma forma. Adoro a forma como fala sobre a Solidão, sobre Sexo, sobre a Vida, tudo.
Identifico-me em tantos aspectos com a Helena (permita-me que a trate assim pois sinto que a conheço), que adoraria poder tomar um almoço/lanche/jantar consigo e beber dessa sabedoria que a vida nos dá e só o tempo nos permite perceber o alcance de determinados sinais.
Não sei se já possui aqui algum texto sobre o que a levou a aderir ao mundo dos Blogues, ao mundo das Tecnologias, pois adoraria mostrar ao meu Pai que aos poucos vai aderindo mas também tem a mania de dizer que não consegue e tem medo de se aventurar, por vezes dou por ele a experimentar, mas depois fica com receios, mesmo eu lhe explicando todos os aspectos a ter em conta no uso das Tecnologias.
Bem teria aqui horas de conversa mas mais uma semana de aulas me espera e ainda tenho algumas coisas a preparar. Não consigo ser Germânica, no cumprimento das minhas tarefas diárias, contudo luto por me agendar todos os dias de forma a tornar os dias o mais rentáveis possível. Os dias fogem, as horas parecem segundos e sinto que perco demasiado tempo a dedicar-me ao trabalho. Pode ser um dia eu perceba que até valeu a pena!
Um beijo enorme desta sua fã Limiana
Cara Helena,
Alguns seres humanos se preocupam e estão muito atentos aos defeitos alheios. Julgam, condenam em minutos qualquer atitude suspeita que a media torna pública.
Devemos lembrar que o planeta vai progredir SIM, quando cada um de nós mudar interiormente. Exemplo: Treinando boas atitudes, fazendo grupo de estudos sobre temas interessantes, etc. E como sou uma pessoa positiva, acho mais fácil eu tentar mudar para melhor, transmitir o que aprendi para o meu despertar para a vida real, madura do que passar a vida criticando minha espécie.
Obrigada pela oportunidade de trocar boas ideias.
Um grande abraço fraterno,
Renata Figueiredo.
Acompanhar a escrita da Helena é ter o privilégio de podermos continuar aprumados e devidamente alinhados, através do nosso pensar a sério num país onde tudo é desavergonhadamente a fazer de conta. Há muito que este País abana, e com tempestades tão arrebatadoras, só temo que tenhamos o inglório destino que após tournée intensa sucedeu à tenda do Albânia Circus, que não primava pelas atracções nacionais!
Obrigado pela seriedade da sua escrita, da delicadeza do seu pensar! E que bom matarmos a maçada, recuperarmos o prazer.
Antonio Jorge Candido
Helena Sacadura Cabral recupera, com a sua escrita, de certo modo, a época perdida em que os meus avós se socorriam clandestinamente das emissões da BBC, em prol de uma "informação" sem floreados, séria e que entrou na descontraída desbu
Cara Helena
Permita-me que a trate assim. Foi por mero acaso e com surpresa que descobri o seu blogue. Cheguei a pensar que os blogues apenas serviam aos medíocres. Custou-me - mas simultaneamente agradou-me - que se tivesse intitulado: "escrevinhadora".
Também iniciei em Agosto p.pº. o meu blogue dando-lhe o nome de "tentativas poemáticas" por não me considerar poeta, porém tenho vindo a receber elogios que não esperava. É com muito gosto que vou seguir neste espaço aquilo que escreve e não "que escravinha".
Saudações bloguistas.
Beijinho
António
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