A crise parece não afectar os consumos nacionais de Dezembro. Compraram-se mais automóveis e o volume de dinheiro movimentado surpreenderia qualquer economista que ainda se lembrasse do que diziam os compêndios por onde estudou.
Entende-se: antes, a poupança tinha uma taxa elevada, porque se pensava no futuro; hoje, se não se acredita que haja futuro, para quê poupar?
Este comportamento é um dos indicadores da falta de confiança que assola todos nós. Se não se economiza, então, que se gaste. E o resultado está à vista.
Parece, também, que irá surgir no mercado, em consequência, uma nova profissão:a de conselheiros de gestão doméstica...que promoverão cursos e workshops. De facto, as crises proporcionam sempre, o aparecimento das chamadas novas oportunidades, em que os mais lestos não deixarão de aproveitar das fraquezas daqueles que não souberam, não puderam ou não quiseram prevenir-se.
Não serão, por isso, apenas aqueles que têm dinheiro que farão bons negócios. Serão, sobretudo, os espertos que se servirão dos papalvos...
É por isso que há sempre quem se dê bem com as crises.
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