quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

Alguém me ajuda?

Devo, neste ano de confinamentos e desconfinamentos, a minha resiliencia, ao filho, aos amigos, à leitura e à música. Sem eles eu não teria atravessado este periodo da mesma forma. Ler e ouvir musica, fazem-me tanta falta como comer. Nunca acreditei que se fechassem livrarias e se proibissem os poucos supermercados que têm livros de os venderem. Não pode ser pelo perigo de contágio, porque senão não tocaríamos nos alimentos que vamos comprar. como tocamos. Sejamos sérios: nas lojas de alimentação os riscos são muito maiores do que nas livrarias. E, se temem algo, então, distribuam luvas de plastico para que os possamos folhear. Mas, por favor, não nos impeçam de alimentar o espirito, com livros e música, do mesmo modo que não nos impedem de alimentar o corpo. Estamos a criar uma noção de familia que não tem sobre que falar, a menos que sejam novidades tecnológicas. E é se falarem, porque uma grande parte dos jovens já passam 7horas agarrados ao computador - a olhar sabe-se lá para quê, ou a fazer sabe-se lá o quê - e já nem as refeições tomam em conjunto. Temo que se tenha perdido a riqueza das histórias de adormecer ou a atenção que os avós - hoje na maioria ainda a trabalhar - dedicavam aos netos. Quando eu era pequena deliciava-me a ouvir o meu avô, engenheiro militar, a contar as situações porque tinha passado. E as melhores prendas que me podiam dar eram livros. Tão importantes, como foi O PRINCEPEZINHO, o primeiro livro que li sem ajuda de ninguem, no vocabulário. Senhora Ministra da Cultura não impeça os cidadãos de lerem num período em que já nem histórias pessoais possuem, fechados que estão, no mundo estreito da sua casa, com uma televisão que parece ter gala em só nos falar nos mortos ou nos quasi vivos. Dê-nos, por favor, livros e musica para animar o nosso desanimo. HSC

17 comentários:

João Menéres disse...

Quanto a livros, parece que foi ouvida, HSC !

Melhores cumprimentos.

Anónimo disse...

//Sejamos sérios: nas lojas de alimentação os riscos são muito maiores do que nas livrarias. E, se temem algo, então, distribuam luvas de plastico para que os possamos folhear. Mas, por favor, não nos impeçam de alimentar o espirito, com livros e música, do mesmo modo que não nos impedem de alimentar o corpo.//

O prazer (seja este qual for...) é um dos ingredientes da felicidade e o condimento da vida-. E uma maneira de aumentar nosso senso geral de felicidade e alegria em nossa vida é apresentar o máximo de eventos agradáveis ​​que pudermos ter, sem duvida alguma um bom livro ou uma boa leitura nao so alimenta, mas retro-alimenta aquem quer que seja. O gosto nada mais é do que a percepção da experiência de prazer que produz atenção consciente e deliberada. No entanto, tal qual o monge novato, muitos de nós estamos tão absorvidos pelos conceitos ou pre-conceitos das nossas mentes e pensamentos, que perdemos o contato com a propria vida ea realidade de viver-la; perdendo não apenas a vida em si, mas também as oportunidades de prazer e deleite das coisas simples que esta nos oferece ou possa dar.

*Nota: Estimada Senhora Dra.Helena S Cabral, que tenha um bom día/noite. Muito obrigada por mais um artigo.

MorgadinhadosCanaviais

Pedro Coimbra disse...

Começa amanhã o Ano do Búfalo.
Que seja, como é tradição, calmo.
San Lin Fai Lok
Kung Hei Fat Choi!

Anónimo disse...

Drª Helena concordo com a sua solicitação à Senhora Ministra da Cultura para "libertar" os livros. Também me fazem muita falta. Felizmente que tenho sempre reserva. Nestes tempos difíceis e confinamento è muito bom ler. Quando começou este confinamento tinha em espera alguns livros, entre estes, estava o seu ultimo livro que tenho estado a ler. Estou a gostar da técnica e do modelo usado para explicar algumas das principais palavras que dão sentido à vida. Por outro lado também tenho livros técnicos e ensaios sobre a minha área de estudo que gosto de revisitar. Assim vou passando o tempo em casa. Entre ler, escrever e um pouco de internet, misturando algumas tarefas domésticas e alguns trabalhos manuais, o tempo passa depressa. O pior mesmo é a falta das pessoas de quem gostos e que só falo pelo telefone e em videochamada. Vamos ter esperança que isto vai passar e voltamos a abraçar os nossos familiares e amigos.
Obrigada pelo alerta que aqui deixou.
Maria


Anónimo disse...

Concordo plenamente e não consigo perceber a incongruência de critérios quando se fecham livrarias e se veda o acesso aos livros nos hipermercados e se mantêm as papelarias abertas. Claro que este tipo de comércio tem outro tipo de aliciante, que tem a ver com o jogo, mas até nisso devia haver algum travão, considerando a numerosa afluência de idosos que se juntam fora das lojas em amena cavaqueira e sem a distância de segurança e o dispêndio de dinheiro gasto no jogo, sobretudo em raspadinhas, o que em nada beneficia a sua situação financeira, tendo em conta a média das reformas em Portugal.

Madalena Martins

Anónimo disse...

«O Infinito num Junco» de Irene Vallejo
«Este é um livro sobre a história dos livros».

Anónimo disse...

Os livros para mim sempre foram uma experiência agridoce, pelas dificuldades em os arrumar e também pelo esforço de leitura que muitas vezes representam.
Quero que seja uma atividade que me divirta, por isso tenho várias maneiras de ler, às vezes deixo correr as coisas, e salto daqui para ali, não leio tudo, salto páginas, eu até vou ler o final (confesso!), depois o final desperta-me curiosidade para o início e, às vezes, para ler o meio (quem fala verdade!). Por vezes largo o livro e depois leio-o todo! Há livros que leio várias vezes, em momentos diferentes. E há também aqueles livros que me cansam, mas não consigo deixar de ler, e não descanso enquanto não os leio. Porque, a certa altura, dá-se uma viragem, uma alquimia, no meu entendimento, parece que tudo se torna lúcido, uma viragem que me custou a atingir, mas que valeu a pena. Tenho maneiras ainda mais ridículas de ler: faço resumos de capítulos, guardo citações, organizo ficheiros, envio uma parte para o meu ADN. Às vezes gosto do livro como objeto, da capa, do título, e vou lendo a pouco e pouco, também gosto de livros com páginas bastante vazias, e escrevo nas capas e contracapas, a lápis, com uma letra muito bem feitinha, tudo muito bem organizado. Eehheeheeh!!

Anónimo disse...

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ESTELA RAVAL - ♪ Resistiré ♪
https://youtu.be/spO1MAY0kX8?t=13

Anónimo disse...

Em Portugal, mais do que em muitos outros países, o mercado dos livros precisa da venda em grandes superfícies. Mas essa venda não pode ser exclusiva, porque isso vai afunilar o mercado, empobrecendo-o, tanto do ponto de vista cultural, como monetário. Com a nova legislação sobre o assunto, não sei o que vai ser feito, mas as livrarias não vão abrir, não sei se vai haver venda ao postigo, como é que vai ser. Alguma coisa tem de ser feita não só pelos livros, como pela cultura.

Anónimo disse...

Procure em Le Jardin des Livres (Google). Não é um comentário. É mesmo só para si.
Com admiração.

Anónimo disse...

PRUDÊNCIA: Após a chegada do Ano Novo Chinês! Talvez Ox - 'Xin Chou' que reinará nos próximos 12 meses, certamente ficará furioso com o esforço físico e emocional que será necessário para ajustar o ano que se inicia; sem falar nas habilidades mentais necessárias para viver e / ou se ajustar humanamente, às adversidades ambientais que o planeta está submerso.

Por isso é muito importante que para o signo chines do Cão evitar este ano 2021 entrante, qualquer tipo de confronto social, laboral ou ate mesmo familiar. Fujam dos conflitos e fique longe das disputas. Ele não terá perdido, mas terá vencido ”. Corra 'metaforicamente falando' na direção oposta o tempo todo, mesmo que isso lhe dê sentimentos confusos. Meça suas palavras, controle seu temperamento e calcule cada passo. Atue com moderação e prudência em novos espaços. Pratique a arte do silêncio. Você tem a capacidade de farejar o perigo e não se expor à polêmica. Sempre busque refúgio na sua família e nao esqueca que a pata da sorte de um coelho e so para alguns bem poucos.

O signo astrologico chines Tigre, segundo alguns chineses entendido na astrologia oriental, este signo Tigre perderá a proteção de Guiren porque na cadeia alimentar este animal se alimenta do Ox que é o Taisui do ano. Chamamos essa situação de Guiren Budeli. Portanto, no Ano do Boi, o Guiren se esconde e deixa o tigre completamente sozinho na selva a merce dos cacadores de peles exoticas (metaforicamente falando). Por se encontrar em situação desvantajosa, deve ter cautela, evitar ser persuadido pelos vilões e pedir conselhos ao porco (financistas/economistas/inversionistas), mas não o coma (coloque mal as seus rendimentos ou inversoes). Com um golpe, o signo chines Tigre tem a capacidade de superar o ano se for suficiente, nao pragmático e mais realista. Não negligencie as crianças e os idosos da família. Pela primeira vez em sua história, ele Tigre deve fugir do signo de Cobra, do pessoas signo de Coelho e do signo Macaco, enquanto constrói uma nova rede de conexões. Chegou a hora de repensar o sentido da vida e se preparar para o próximo ano, quando este tocar seu lugar na casa de Taisui. Então, surgira um novo Tigre e este será o imperador.

MorgadinhadosCanaviais
https://doscanaviais.blogs.sapo.pt/

Anónimo disse...

Senhora,deixo um presente para a animar.

https://youtu.be/0JyMKFbaJTY

Ambrósio

Anónimo disse...

🌷

Anónimo disse...

Cara Helena,

Poderia fazer uma lista de livros que tenha lido no ano passado e que recomende? Ou até mesmo uma lista dos livros que a marcaram e que ainda conserva nas suas estantes?

Anónimo disse...

No seu passeio higiénico António encontrou um conhecido que já não via há muito tempo e, de máscara e com as devidas distâncias, estiveram algum tempo na conversa. António estava a explicar ao seu conhecido, como costumava ver filmes em casa e, a certa altura, falou de MARIE CURIE. E foi prontamente corrigido pelo seu interlocutor, que de forma rigorosa lhe disse com ar professoral, que a forma correta de pronunciar é MARIAH CAREY! kkkkkkk

Anónimo disse...

Senhora,eu recorro ás tágides do Tejo.Que tal invocar Neptuno para a ouvir e ajudar?
Deixo um mimo para a animar

https://youtu.be/4Wj8G5L2zpw

Ambrósio

Virginia disse...



Já comprei mais livros este ano que nos anos anteriores. Leio em Kindle com uma rapidez muito maior e sem ter de me deslocar a livrarias, onde já só ia para descontrair as pernas. Os livros em português são caríssimos, pesados, mal traduzidos na sua maior parte. Os autores clássicos portugueses podem-se ler grátis na net.Os actuais não são apelativos pelo menos para mim, excepto uma minoria. Tenho a casa cheia de livros e já dei mais de 200 à Biblioteca Municipal e aos bazares internacionais. Música pode-se ouvir no Spotify a toda a hora e o CMusic ou o Mezzo transmitem concertos online. A RTP2 também tem optimos programas culturais. Acho muito mais grave fecharem os parques e jardins da cidade do Porto, as praias desertas ,lugares de extraordinária beleza, onde é urgente passear. Mas ninguém escreve sobre isso. Desculpe o desabafo.