Meia década é demasiado tempo para fazer o Novo Banco, aquele que a Resolução do BES permitiu que ficasse no mercado.
Nestes últimos cinco anos a instituição apresentou as contas do primeiro semestre do ano e, claro, voltou a apresentar 400 milhões de euros de prejuízos e a antecipação de 540 milhões, a ser pedido ao Fundo de Resolução em Fevereiro do próximo ano. Isto, claro, a somar aos cerca de dois mil milhões já usados de uma garantia pública - o tal mecanismo de capital contingente - de 3,9 mil milhões de euros.
Três questões se levantam decorrentes da decisão da resolução e, posteriormente, da venda do Novo Banco ao Lone Star.
Nestes últimos cinco anos a instituição apresentou as contas do primeiro semestre do ano e, claro, voltou a apresentar 400 milhões de euros de prejuízos e a antecipação de 540 milhões, a ser pedido ao Fundo de Resolução em Fevereiro do próximo ano. Isto, claro, a somar aos cerca de dois mil milhões já usados de uma garantia pública - o tal mecanismo de capital contingente - de 3,9 mil milhões de euros.
Três questões se levantam decorrentes da decisão da resolução e, posteriormente, da venda do Novo Banco ao Lone Star.
Uma é saber quanto é que o Estado vai recuperar dos milhares de milhões que já lá colocou, desde há cinco anos?
A segunda é saber quando terá o Novo Banco condições para ser um banco independente?
E a terceira é perguntar se ele deve ou não ser integrado num outro banco?
Há quem admita que uma separação dentro do próprio Novo Banco, criando um Novo bom, “recorrente” que se separaria do Novo mau – onde é que eu já ouvi, antes, falar desta solução?! - poderia vir a constituir uma solução não para o Estado ganhar dinheiro, mas para deixar de o perder.
Nos bastidores há quem aposte num cenário, pós-Lone Star, que a mim me assusta particularmente - dado que sou cliente do BCP – que seria a fusão destas duas instituições de crédito, a realizar-se já em 2020.
Faltará, enfim, definir os moldes em que a venda – apesar de se crer que a fusão seja o cenário mais viável – se irá realizar e acreditar que a resolução em curso terá, mesmo, um fim. E ficam, ainda, claro, algumas contas para fazer, nomeadamente, as da justiça.
HSC
3 comentários:
Poderia ser um fantástico empresário se tivesses estes financiamentos com dinheiros públicos.
Eu e todos.
Mesmo os que só sabem fazer contas de "sumir".
Revolta, apesar de não ser directamente afectado, revolta.
Dra Helena estou convencido de que nunca saberemos a verdade sobre uma série de coisa que aconteceram durante este governo. Veremos em Outubro de quanto vai se a abstenção...
Agora até um bébé morre por não ter uma incubadora disponível e faz 300Km para morrer!
Concordo com o Anónimo. Nem os meus netos, alguma vez, irão saber o que aconteceu ao dinheiro do avô. Isso é que magoa e me faz não votar. O BES era privado e ladrão. Mas a solução encontrada por este governo só a ele pertence..
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