A data de 1 de Agosto assinala o Dia Mundial do Cancro do Pulmão. O facto de a maioria dos casos serem diagnosticados tardiamente explica o seu mau prognóstico e as elevadas taxas de mortalidade. No entanto, nas últimas décadas, temos assistido a uma evolução ao nível do seu tratamento.
Numa altura em que o consumo dos produtos de tabaco voltou a ser atraente para os jovens, levando a um aumento da taxa de novos fumadores, sobretudo na população estudantil, as estratégias de prevenção primária passam também por “campanhas dirigidas em particular a estes grupos etários, de forma a evitar o início do consumo e a vontade de o experimentar. É igualmente necessária a implementação e desenvolvimento de Consultas de Apoio Intensivo aos Fumadores tanto nos Cuidados Primários de Saúde como nos Hospitais.
Devido ao diagnóstico, geralmente tardio, a implementação de um rastreio eficaz que permita a identificação precoce deste tipo de cancro é algo há muito pretendido e é uma realidade já em alguns países, como os EUA.
Na Europa ainda não está implementado de uma maneira abrangente, aguardando-se para breve os resultados de custo-eficiência. Relativamente à eficácia, o valor do rastreio de cancro do pulmão não é atualmente questionável, após dois grandes estudos de rastreio - um nos EUA e outro na Europa - terem demonstrado uma redução muito significativa da mortalidade por este cancro. Para além do impacto na mortalidade, o rastreio do cancro do pulmão permitiu aprender como lidar com nódulos que acidentalmente se identificam nos pulmões. Podemos concluir que os resultados da aplicação da metodologia de diagnóstico, vigilância e tratamento utilizada no rastreio permitiu aumentar muito as expectativas de cura”.
(Elementos recolhidos em orgãos de comunicação social)
A mim, este tema toca-me de perto, tendo perdido um filho fumador, com um cancro de pulmão. Para desgosto meu, os meus netos que até essa data não fumavam, passaram a faze-lo após a morte do Pai.
Lá no meu Alentejo diz-se que “quem boa cama fizer, nela se há-de deitar”. É, portanto, da responsabilidade de cada um, manter ou não, um vício que pode matar.
Lá no meu Alentejo diz-se que “quem boa cama fizer, nela se há-de deitar”. É, portanto, da responsabilidade de cada um, manter ou não, um vício que pode matar.
Deveria ser também da responsabilidade do Estado, fazer tudo o que estivesse ao seu alcance para afastar esta tragédia. Só que o Estado não dispensa a verba que recebe da venda do tabaco...
HSC
1 comentário:
Drª Helena, concordo consigo em tudo o que diz sobre o tabaco e o mal que faz à saude. Não fumo nem nunca fumei, não gosto nem do cheiro. Tive um familiar, não fumador, que teve o mesmo problema do seu filho Miguel. Todos os médicos me disseram que o problema era igual ao de um fumador. Mas eu tenho a certeza que esta pessoa nunca fumou. Foi colocada a hipotese, pelos proprios médicos, de ser apenas por ser fumador passivo...não sei.
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