quinta-feira, 8 de novembro de 2018

O país dos "casos"

Quando nos afastamos da urbe por uns tempos e, sobretudo se tivermos a sorte de ir parar a um local onde se não vê televisão, tem-se um estranho panorama aqui da terrinha. 
Depois de ter estado em casa de amigos em Santar fui descansar para a casa de outros, no Alvito. Ou seja, passei das Beira para o Alentejo com a côrte de diferenças que existem entre estas duas regiões do país. Felizmente que, em ambas as casas, o apreço pela caixinha preta era pouco ou nenhum. Estava portanto no meu meio: quanto menos tv, melhor.
E foi nestas viagens que me dei conta da pouca importância que as pessoas dão aos nossos "casos", sejam eles Tancos, encrencas de futebol, deputados faltosos ou trincas políticas. Aquilo que, sim, os interessa, são os fogos, as casa que aguardam construção e as greves nos transportes, na saúde e na educação. O resto são "balelas" que só interessam aos politicos e estes, são para tal gente, todos iguais.
Vim a pensar nisto e sorri a esta típica sabedoria popular que ignora os "casos" que entre nós surgem à média de um por semana e que os cansam imenso, porque entendem que em Portugal a culpa morre sempre solteira...
A terrinha tem este luxo semanal. Mas já alguém viu um que fosse resolvido?!

HSC

5 comentários:

João Menéres disse...

Mas que triste realidade !

Melhores cumprimentos.

noname disse...

Não, por isso já há muito me sentei, para não cansar :-)

Boa noite, D. Helena

Laura Carvalho disse...

Boa noite Dra Helena,

"Uma certa forma de vida" o titulo do seu fabuloso livro aplica-se a essa forma de estar de quem se afasta da caixinha preta.
Sinto muitas vezes a necessidade de a desligar.Dizem que o stress provém do trabalho,de cuidar dos filhos, contudo sou da opinião que em momentos mais relaxados certas notícias alteram o estado de espírito. A repetição de conteúdos das caixinhas torna a vida escura quando há tanta luz no mundo. Gosto muito de ler o que escreve. Adorei "Uma certa forma de vida" e recomendo a todas as pessoas que o leiam. O livro deixa de ser um livro e cada frase ganha vida. Termina-se a leitura e dá vontade de o "ouvir" novamente. Parabéns Dra Helena. Atenciosamente, Laura

Pedro Coimbra disse...

Por ficarem sempre sem solução é que despertam cada vez menos interesse.
Bom fim-de-semana

Anónimo disse...

O país dos "casos" ao acaso...