sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Há pessoas assim...

A cativante boa disposição, a bonomia, a alegria, o sentido de humor, a abertura aos outros, a atenção ao novo faziam com que conversar com o António, passear com o António, ouvir o António a dissertar sobre as coisas que de que gostava, fosse uma festa, que todos antecipávamos com anseio quando sabíamos que o íamos encontrar e nos deixava reconciliados com a vida.

Era mais ou menos desta forma que um colega descrevia o Embaixador Pinto da França, por ocasião da sua morte e que, hoje, sem qualquer razão aparente, me veio à memória.
Analisando a questão a fundo, talvez não tenha sido tão aparente como isso e antes decorra de uma constatação que ontem acabei por fazer, quando fui retirar os seis belos pontos que levei na cabeça, depois do voo rasante, de há oito dias, no meu terraço.
Preparava-me para ir sozinha tratar deste assunto, como já antes acontecera, quando o meu filho se prontificou para “me levar” ao hospital. Prova real de amor filial, já que sei o que ele sente pelo meio hospitalar, depois da morte do irmão. O que significava “levar-me”, mas não “acompanhar-me”. E só uma mãe é capaz de perceber estas  subtis distinções...
Em simultâneo, uma amiga minha, que está a gozar os seus magros oito dias de férias, nem sequer admitiu discutir acompanhar-me à dita efeméride. Levou-me e esperou por mim, com aquela bondade de que eu continuo a beneficiar, sem bem saber porque a mereço.
Ora foi esta minha maravilhosa amiga e a anja Isabel Galriça Neto que me fizeram lembrar o António Pinto da França, um ser humano muito especial, que vivia sempre em osmose com o tempo dentro e fora dele. Há pessoas assim. E eu sou tão privilegiada que conheço mais do que uma!

HSC 


Nota: Esqueci-me de dizer que a coisa não doeu nada, porque o clinico que se ocupou da tarefa era muito bom profissional e também...um pedaço de mau caminho!

5 comentários:

Tété disse...

Olá Helena!!! Ainda bem que já está boazinha. Quanto aos pontos, doer deve ter doído mas como estava entretida a olhar para outro lado nem sentiu a dor. Ele há cada coisa mais oportuna...... Beijinhos

Anónimo disse...

🌷

Silenciosamente ouvindo... disse...


Pronto já tirou os pontos e felizmente que não doeu.

Bom ter a companhia do filho e de uma amiga.

Assi, foi "bem" melhor.

Há realmente pessoas que são especiais e é uma
sorte quando elas surgem na n/vida.

Bom fim de semana.

Os meus cumprimentos.

Irene Alves

Anónimo disse...

Bom dia Helena

"...um pedaço de mau caminho!"
Aproveitava-se tudo...
A certa idade tem a vantagem de sermos capaz verbalizar o que nos apetece.
Gosto de si.
Helena/Cascais

TERESA PERALTA disse...

A amizade verdadeira serve sempre as ocasiões.
E cálculo o enorme prazer da sua amiga em partilhar com uma pessoa tão querida, como a Helena, tamanha aventura.
Folgo também em saber que acabou tudo muito bem.
Beijinho