terça-feira, 29 de abril de 2014

Tensões

"...Soares conta que, na sexta-feira, foi “abraçado por tanta gente e beijado por tantas senhoras que quase teve um colapso por efeito de uma grande baixa de tensão”.

Soares é, de facto, especial. Qualquer homem que fosse beijado por muitas senhoras teria certamente... uma subida de tensão!

HSC


Stayin' Alive


Para quem pensa que a modernidade é "agora", veja-se o que era moderno há três decadas. Felizmente, vivi este tempo…

HSC

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Profetas da nossa terra

Pedro Correia tem no blog Delito de Opinião uma série deliciosa em que colecciona afirmações, mais ou menos surrealistas, de políticos do nosso país.
Hoje aterrei nesta e soltei uma das minhas gargalhadas. De facto, Mário Lino - o homem do "Jamais"! - tinha toda a razão. Não é o aeroporto que tem, nove anos depois, constrangimentos ambientais. Somos todos nós. Que estamos constrangidos. A ouvir destas e doutras tolices esquecidas...

HSC

domingo, 27 de abril de 2014

Uma data especial!

Hoje gostaria de ter estado nas celebrações de santificação de João XXIII e de João Paulo II. Pela primeira vez dois Papas são santificados ao mesmo tempo que um Papa e o seu antecessor assistem juntos a tal cerimónia.
A fé é algo que se não discute. Ou se tem ou não se tem. Mas para um crente não ter fé não o dispensa de lutar por ela. Sei do que falo, porque os meus Pais deixaram ao meu critério essa escolha. Por isso, apenas fui baptizada aos 19 anos e de forma muito consciente. A fé não foi, portanto, algo que tenha nascido comigo. É, sim, algo por que luto diariamente, que todos os dias me faz confrontar comigo própria, que guia os meus passos e que, julgo, me torna uma pessoa melhor. Mas percebo quem não tem fé e admiro quem, sem esse suporte, vive a sua vida com a maior dignidade.
Talvez por tudo isto, gostaria muito de ter assistido a estas cerimónias. Mas já me dou por feliz de ter vivido o tempo suficiente para, através da televisão, ter podido assistir a elas neste mês de Abril de tão más recordações.
Eu sei que estas palavras só tocam uma parte daqueles que me lêem. Mas o testemunho também serve para que aqueles que não acreditam possam entender aqueles que crêem. 

HSC

Cedo demais


Morreu Vasco Graça Moura, poeta e tradutor de grandes poetas, romancista, ensaísta, dramaturgo, cronista, advogado, político, gestor cultural.
De Graça Moura poderá dizer-se que foi um espírito renascentista a viver num presente demasiado conturbado para o seu gosto pela ordem e pela disciplina.
Autor de quase 30 livros de poemas foi um tradutor de textos particularmente difíceis, como a Divina Comédia e a Vita Nuova de Dante, as Rimas e Triunfos de Petrarca, os Testamentos de François Villon, ou ainda a integral dos Sonetos de Shakespeare.
Escolhas a que, cremos, não terá sido alheio a sua enorme vontade de enriquecer o património literário disponível em língua portuguesa.
É por estas duas dimensões - de poeta e de tradutor -, que é mais reconhecido, e foram elas que lhe valeram as principais distinções atribuídas à sua obra, de que se destaca, em 1995, o Prémio Pessoa.
Dois combates haviam de marcar igualmente a sua vida: a intervenção política e a crítica feroz conduzida contra Acordo Ortográfico, que considerava um crime de lesa-língua.
Mesmo que nos fiquemos pela sua obra literária, talvez seja necessário recuarmos a Jorge de Sena, para encontrarmos um antecessor da sua qualidade. Ambos partiram cedo demais!
 HSC

sábado, 26 de abril de 2014

A minha liberdade



Liberdade cada um toma a que quer, sem ferir a dos outros. Esta, de Moustaki, é a minha! 

HSC

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Cabelos brancos

De acordo com o Eurobarómetro, os portugueses são os europeus que mais descontentes estão com a sua democracia. O jornal i revela que os dados recolhidos indicam que apenas uma fatia de 14% da população está satisfeita, ou muito satisfeita com o regime democrático do país. Ao mesmo tempo, apenas 36% dos inquiridos entende que pertencer à União Europeia é uma “coisa boa”.
No polo oposto encontra-se a Dinamarca com uma percentagem de 89% dos seus cidadãos satisfeitos face à democracia no seu país.

Julgo que ninguém se espantará com este resultado face a uma média europeia de satisfação que se situa nos 52%. A causa, a meu ver, está no funcionamento dos partidos que continuam, na sua maioria e há quarenta anos, a serem representados por caras que todos conhecemos há muito. Talvez por isso não evoluíram, não se rejuvenesceram, enfim, mantiveram-se iguais num mundo feito de permanente mudança. E mesmo naqueles que catapultaram gente mais jovem, as figuras tutelares continuam a ser as mesmas.
Julgo que a vitalidade de uma democracia não é compatível com a manutenção de figuras sobre as quais passaram quatro décadas. Os velhos precisam de dar lugar aos jovens para que o mundo de amanhã não seja a continuação daquele que é hoje e para que o futuro deles seja uma escolha própria e não dos seus pais ou avós. 


HSC 

quarta-feira, 23 de abril de 2014

A maior dor do mundo

Foto do jornal Público

Faz exactamente neste minuto em que escrevo, dois anos que a sua e a nossa dor começou. Para mim Abril será sempre apenas ele. E a saudade dele. Nada mais!

HSC

terça-feira, 22 de abril de 2014

Acontece...


Freitas tira-me do sério. Antes fazia-me rir. Agora entristece-me, porque me faz pensar como a velhice pode ser perturbadora e afectar a nossa memória. Que Deus nos ajude!

HSC

Ser feliz entre amigos!

Ontem foi um dia feliz para mim. Estive entre amigos. E alguns desta família bloguística. Foi divertido, saíu das normas com a apresentadora a mandar calar um amigo que a estava a distrair e a fazer rir, enfim, foi uma apresentação totalmente descontraída. A todos os que daqui lá estavam, o meu reconhecimento!
E agora segue-se a reportagem da autora sozinha



Com alguns amigos chegados


E, surpresa maior, com o filho


Aqui fica o registo de como um livro nos pode tornar, por momentos, em pessoas felizes. 
Temos por norma familiar não aparecermos na vida profissional uns dos outros. Mas, confesso, o inesperado beijo do meu filho compensou, um pouco, o duro vazio que ambos sentimos neste mês de Abril.

HSC

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Ao rubro!


Creio que o fenómeno não é apenas nacional. E agora deixou de ser apenas dos homens. Refiro-me, já adivinharam, ao futebol e ao seu imenso poder. Ontem a loucura invadiu o país, que esqueceu tudo o que o preocupa para ir para a rua festejar o campeão.
Confesso que me ultrapassa sempre esta febre. Tento compreender o que explica este comportamento colectivo e só consigo faze-lo entrando no domínio da psicanálise. O Benfica - mais do que qualquer outro clube - parece ser a imagem da alma nacional, o símbolo do país, enfim, o orgulho do portuga. E, por muito que outros clubes sejam, também, esforçados representantes do "sentir" desportivo, creio não ser injusta ao afirmar que aquele tem uma capacidade de mobilização nacional muito própria, apesar de grande parte dos seus jogadores serem estrangeiros.
É algo para que não consigo, de facto, encontrar explicação, no domínio da lógica. Só no campo das paixões. Muitos outros clubes já foram campeões, mas dificilmente algum deles consegue gerar correntes humanas como aquelas que, ontem, as televisões - ávidas deste tipo de espectáculo - transmitiram. Parecia um país ao rubro. E naturalmente... estava!

HSC

Nota: Sou do Sporting e ainda espero, um dia, assistir no meu clube, a algo semelhante!

domingo, 20 de abril de 2014

O trabalho mais difícil do mundo!


O trabalho mais difícil do mundo pertence-nos. E nós honramo-lo. Agora que se aproxima o dia em que celebramos o trabalho destas espantosas artesãs, saibamos agradecer-lhes. Porque, por muitas vezes que o façamos, nunca será demais!

HSC

Aleluia!


Um agradecimento especial ao comentador que me enviou este vídeo. Aleluia que Ele renasceu!

HSC

sábado, 19 de abril de 2014

Grand Budapest Hotel


Grand Budapest Hotel é um filme delicioso que conta as aventuras de um lendário concierge de um hotel europeu e um paquete que se torna no seu amigo de confiança. Tudo isto durante duas guerras numa história que envolve o roubo e a recuperação de uma preciosa pintura renascentista e a luta por uma enorme fortuna de família, que a esse quadro está ligada.
Em certas alturas o ritmo do filme faz lembrar o da banda desenhada e o riso é inevitável. O elenco que junta dez actores muito conhecidos surpreende e só pode ser a tradução da qualidade do realizador Wes Anderson que já nos presenteou com algumas “preciosidades” de parceria com Owen Wilson e Adrien Brody. A não perder, nestes tempos de crise e de mortes, em que rir é o único remédio possível.

HSC 

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Segunda feira


E já agora aqui fica o convite para aqueles que, segunda feira dia 21, me quiserem dar um abraço.

HSC

Hoje


Hoje para mim é, como para muitos outros, um dia de um certo tipo de reflexão que cumprirei visitando as minhas duas amigas que estão doentes e sós. É a minha forma de oração. Cada um tem a sua e esta é, nesta sexta feira santa, a minha.
Por isso e porque o sábado e o domingo serão passados com os meus - sem computador -, decidi escrever-vos hoje a desejar a todos a Páscoa que vos torne mais felizes!

HSC

A pieguice


Não sou piegas. Mas não me importaria nada de o ser, se isso fosse a exteriorização de algo autêntico na minha natureza. Porque é que ser piegas será pior do que não ser? 
No Grande Dicionário da Língua Portuguesa dá-se ao termo a seguinte definição: "pessoa considerada excessivamente sensível ou sentimental; pessoa que é considerada medrosa e assustadiça".
Há ideias feitas sobre a forma como nos devemos comportar e quem saia fora delas é sempre qualificado com um qualquer epíteto. Como este a que o próprio dicionário atribui sentido pejorativo. 
E agora pergunto eu, quem é que tem autoridade para definir o excesso de sentimento ou de medo? Onde está o gráfico padrão comportamental que permite definir a "normalidade" nestas matérias?
Vem este intróito a propósito de uma carta que, há quase década e meia, circula na internet, como sendo de Gabriel García Marquéz, e que constituí uma espécie de despedida da vida de um homem em estado terminal. O texto é muito bem escrito, mas foi considerado talvez demasiado "piegas" para ser do autor do "Cem anos de solidão" que, aliás, desmentiu a sua autoria.
Aqui está o exemplo do que acabo de referir. Não estava em causa a qualidade literária da carta que até se podia confundir com a de Garcia Marquez. O que estava em causa era o "grau" de pieguice que se tolerava ao escritor. Por quem, gostaria eu de saber. De certo, por especialistas - nada piegas - da "natureza humana"...

HSC

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Gosto muito de ti!


"Deseja-se muita vez a repetição das coisas; deseja-se reviver um momento fugaz, voltar a um gesto falhado ou a uma palavra não pronunciada; esforçamo-nos por recuperar os sons que ficaram na garganta, a carícia que não ousámos fazer, o aperto no peito para sempre desaparecido".
                                   (in umjeitomanso.blogspot.pt)

Há muito que defendo que não devemos, nunca, deixar uma palavra por dizer ou um gesto por fazer. Sobretudo, quando se chega ao fim da caminhada é indispensável fazer a chamada revisão geral, para que nada fique em suspenso. 
Mesmo quando fico mais zangada - e zango-me pouco, felizmente - lembro-me disto e a "coisa" torna-se mais suave.
Todavia, aquilo que considero ainda mais importante é dizer, muitas vezes, àqueles que amamos um simples "gosto muito de ti". 
Disse-o àqueles que amei. Continuo a dize-lo, sempre que me lembro, àqueles que continuo a amar. Mesmo que eles já saibam disso.
E só me entristece não o ter feito muito mais vezes ao meu Pai, já que ao Miguel e à minha Mãe disse-o centenas de vezes.

HSC