sexta-feira, 22 de novembro de 2013

O Parlamento e as mulheres

O Parlamento Europeu aprovou uma proposta para que as empresas cotadas em bolsa aumentem até 40% a representação de mulheres nos seus conselhos de administração, implementando “procedimentos de selecção transparentes” de modo a atingir esse objectivo até 2020.
Apesar das qualificações e do mérito serem os principais critérios de escolha, em caso de igualdade de qualificações, a proposta consagra que deverá ser dada prioridade ao sexo feminino, por ser o menos representado.
A medida deverá abranger cinco mil empresas cotadas no espaço comunitário.
As empresas públicas não ficam de fora e para essas o Parlamento Europeu dá até 2018 para que cumpram o objectivo. Já as pequenas e médias empresas (com menos de 250 trabalhadores) ficam excluídas desta medida.
As organizações que não cumprirem terão de  apresentar às autoridades nacionais competentes "uma exposição dos motivos por que não atingiram esses objectivos ou não cumpriram esses compromissos, assim como uma descrição completa das medidas que adoptaram ou tencionam adoptar para honrar tais objectivos ou compromissos"..
O texto que terá ainda de ser negociado entre o Parlamento e o Conselho de Ministros da UE, foi aprovado por 459 votos a favor, 148 contra e 81 abstenções.
Em 2012, apenas 15% dos administradores não-executivos das maiores empresas cotadas em bolsa eram mulheres.
Não sei porquê, mas estas decisões deixam-me sempre de pé atrás, até porque não aprecio discriminações. Mesmo quando sejam positivas. As mulheres são 52% da população, mas são os outros 48% que deliberam sobre elas...
HSC

4 comentários:

Só Sedas disse...

Estava a ler a noticia e a pensar exactamente o mesmo Helena!

Unknown disse...

Não deveria ser assim, por imposição mas sim por mérito!!!!

Anónimo disse...

Quando era garoto, há muitos anos, recordo quando ia às feiras tradicionais da minha zona das Beiras, com os meus pais, havia uns feirantes que entre outras coisas vendiam um pequeno quadro em louça que tinha a seguinte inscrição: "A minha mulher é a dona da minha casa" (...).

Teresa Peralta disse...

Também não gosto nada. Não precisamos destas imposições obrigatórias. Escusam, mesmo, de se preocupar porque chegaremos lá sem elas e, apenas, por aquilo que deve ser avaliado... Eles vão ver só!!...
Bom fim de semana Helena
Abraço grande