quarta-feira, 13 de novembro de 2013

De mal, a pior.

"Depois dos constantes avisos, José Pedro Ribeiro demitiu-se do Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA). E, no mesmo dia, Maria João Seixas, directora da Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema, em Lisboa, revelou que também vai abandonar o cargo. Se o sector do cinema já estava tremido, com estas saídas perde a confiança na tutela e teme uma “situação de catástrofe”
                                                 (no Publico de hoje)


Tenho a Cinemateca como uma instituição nacional que compete a quem governa defender e acarinhar. As duas saídas acima referidas só podem ser resultado de miopia sectorial. Por isso, não posso deixar de lamentar a pouca importância dada ao nosso cinema e ao trabalho desenvolvido por estes profissionais, em particular por Maria João Seixas de quem sou amiga e a quem reconheço os esforços que fez à frente da casa que dirigiu.

HSC

4 comentários:

maria isabel disse...

É a pouca cultura que faz não dar valor à cultura.Daqui a nada ficamos só com as PPP. Isso sim, não pode acabar.

Fatyly disse...

A "miopia" é em todos os sectores...e pudera eu ter poderes de magia que lhes trataria da miopia rapidamente.

Em 3 anos estamos a perder o que se ganhou em décadas.

Esta é só mais uma e que lamento profundamente!

Anónimo disse...

Estão a destruir tudo ... a arrasar tudo ... são uns criminosos

ERA UMA VEZ disse...

No sábado de manhã, nós, os avós, fomos á zona das sedes dos Bancos, junto à Avenida da Liberdade, conhecer mais uma "padaria portuguesa" conceito e marca que muito admiro e que cresce na cidade.

(Foi neste Banco que a avó trabalhou muitos anos sabiam?)

Connosco as netas gémeas, grandes apreciadoras de uma das especialidades a que elas chamam "o pão do adeus"

Um pouco de sol na esplanada aquecia uma manhã finalmente a lembrar dias de Inverno.

A Maria João chegou. Sorridente, mãos nos bolsos de um kispo cor de chocolate, onde se aconchegava. Pareceu-me nem trazer mala. Pensei deve morar por aqui. Apeteceu-me
sentar-me com ela à mesa. Dizer-lhe quanto admiro a sua cultura, a sua simpatia, o seu percurso, as saudades do marido e da sua inteligência.
Olhei, olhámos para ela como se nos reconhecéssemos todos, membros de um clube em extinção, que sonhou um país mais justo, mais culto, mais empreendedor.

A Maria João simboliza a mulher anos sessenta que se perfilou na cultura, nas artes sem perder a simplicidade e a simpatia.

Cruzámo-nos numa manhã fria, num sábado de manhã, entre cafés e "pãezinhos do adeus"
E eu fiquei a pensar há quantos anos conheço aquele sorriso...