quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Sociedade Civil Solidária



Não costumo fazer parte de "movimentos". Abro raríssimas excepções, desde que os mesmos partam da sociedade civil, não tenham qualquer conotação política e envolvam objectivos e pessoas confiáveis. Julgo que esta poderá ser uma das poucas vantagens de se ser conhecido: dar rosto por uma causa em que se acredita

O Movimento Sociedade Civil Solidária pretende lançar um apelo, a nível nacional, tendo em vista maior justiça social, respeito pela dignidade humana e pelo bem comum, e drástica redução das desigualdades e da pobreza.
Foi apresentado ao público no dia 30 de Maio, no Centro Cultural de Belém. Apesar de já contar com o apoio da Cruz Vermelha Portuguesa, acabou por não ter tido grande visibilidade. Daí ter-se chegado à conclusão de que se tornava urgente, agora, dinamizar várias iniciativas na comunicação social. O que se fez como um pequeno filme de 30 segundos e várias entrevistas, a explicar melhor como todos poderão participar e dar  o seu apoio. O qual será sempre a nível nacional, e em diferentes áreas nomeadamente, restaurantes e lojas solidárias, apoio a desempregados, famílias em situação difícil e outras situações de graves carências.
Todos os portugueses poderão participar, com pequenas ou grandes contribuições, através:
1. Do NIB 003603249910000923653 do Montepio Geral, atribuído a uma conta em nome de Sociedade Civil Solidária.
2. Do site: 
http://www.scsolidaria.org/ 
3. De chamadas de VA para o n.º 760 105 010.
4.
https://www.facebook.com/MovimentoSociedadeCivilSolidaria, o nosso actual endereço no Facebook, onde poderá visitar-nos de modo a criar uma grande rede de amigos e pedir maior apoio.

Como foi referido no Manifesto, o que se pretende é colocar ao dispor de todos os portugueses um meio prático de expressarem a sua solidariedade.
Acreditamos, que este Movimento “Sociedade Civil Solidária” poderá constituir, com a generosidade e a participação de todos, um meio dessa sociedade civil se expressar de  uma forma activa, dinâmica, generosa e verdadeiramente solidária.
Contam, assim, aqueles que neste movimento se empenharam, com a ajuda de todos!

Eu sei que existirá sempre quem olhe este tipo de actuação como uma forma de caridadezinha desculpabilizadora dos vários responsáveis por este estado de coisas. Esses nada farão. Nós tentaremos, apesar disso, não ficarmos indiferentes às mais básicas carências daqueles que, nesta altura, só querem é poder ser ajudados. Venha essa ajuda de onde vier.

HSC

9 comentários:

Anónimo disse...

Partilhado, para divulgar a iniciativa.

Para já, é o meu contributo possível.

Um abraço

Vânia

Anónimo disse...

Mais uma vez obrigada grande pela nobreza de sentimentos e acções!
Caridadezinha apenas acontece quando se encara a ajuda como um acto isolado, um penso na ferida sem desinfectar...
AJUDAR ´´e agir com alguem a fim de encontrar soluções!
Força e muito obrigada por nos fazer olhar ``a volta!
um abraço grande,
lb/zia

Teresa Peralta disse...

Muito Obrigada por esta informação.
Um grande abraço solidário

Anónimo disse...

Troca-se roupa, produtos e pequenas tarefas, nos dias dificeis que correm, sem recurso a dinheiro.
Estou plenamente de acordo com a solidariedade e ajuda venha ela de onde vier Creio contudo que muitos procuram aflitos ,nos bolsos e por toda a casa, a ultima moeda que lhes faz falta cada vez mais longe do fim do mes. Esses preferem ajudar de outro modo.

Anónimo disse...

Bom dia Dra. Helena,

vou aproveitar este seu post, para trocar uma ideia consigo.

Não pense, por favor, que eu sou daquelas pessoas que olho de soslaio para este tipo de iniciativas, pois não sou. E embora não seja daquele género que anda de lenço branco na lapela, a mostrar as evidências de solidariedade, por princípio, quando posso, ajudo e, preferencialmente, sem muito alarido, porque isto deve partir de um princípio e não de uma espécie de "moda".

No entanto, por vezes, estas iniciativas provocam-me dúvidas e desconfianças. Se por um lado, fico sempre a pensar se alguém irá beneficiar directamente com este tipo de iniciativa, não permitindo que a ajuda chegue a quem dela precise. Por outro lado, não deixo de pensar também em muitos dos ajudados e qual o critério utilizado para perceber se a pessoa precisa mesmo daquele apoio.

Explico-lhe porquê. Na cidade onde vivo, há uma loja de solidariedade. Frequentemente passo pela porta e espanto-me com uma boa maioria das pessoas que lá vejo. É que também as vejo frequentemente nos CTT a levantar o Rendimento Insercção Social, sendo que muitas levam "limpinhos" para casa muito mais do que eu e o marido conseguimos levar, trabalhando e descontando, sem qualquer tipo de apoio social e escolar ou ajuda quer na renda da casa, quer na factura da água e da luz!

E acredite que se tratam de pessoas que certamente gozam de tanta ou mais saúde do que eu. Aliás, pelo que me é permitido ver, gozam maioritariamente de tudo mais do que eu. Eu nem sei o que é, por exemplo, ter unhas tratadas regularmente, quanto mais unhas de gel! E as senhoras é vê-las passearem os cabelos pintados (boas tintas ou não), as unhas de gel, as carteiras de marca (contrafacção ou não)e os pequenos almoços, almoços e lanches no café!

Conto-lhe uma história. Numa das escolas em que o meu marido leccionou, havia vários alunos assinalados como necessitados. Uma vez, um menino foi atropelado à saída da escola. Nada de grave, no entanto, não deixou de ser uma fatalidade desnecessária. A criança foi para o hospital e estava a recuperar bem, sendo essencial para tal que frequentasse os tratamentos de fisioterapia necessários. A dada altura, os professores aperceberam-se de que o menino parecia pior e tentaram perceber o motivo. Conclusão, a mãe tinha deixado de levar o menino aos tratamentos, embora tivesse transporte cedido propositadamente para esse fim e tivesse tempo, porque já vivia do rendimento mínimo, não tendo necessidade de trabalhar. O motivo? É que se não curasse devidamente, o menino iria ficar com aquela mazela física e isso iria significar aumento da prestação social, sem falar da indemnização!

Naquela escola, a história não pegou, porque a coordenadora era uma senhora de fibra (ou não tivesse ela muitas vezes que ser escoltada da casa ao trabalho)e logo colocou a mãe nos eixos, mas esta foi uma em mil, pois não é assim que geralmente acontece!

Juro que não consigo "digerir" isto. Não é inveja, acredite, simplesmente custa-me muito ter de sustentar tudo isto.

Quem confirma a veracidade dos motivos apresentados?

Por isso, no que concerne a temática da solidariedade, por vezes, sou muito pouco compreensiva. Concordo 100% em ajudar quem necessita, mas como posso ter a certeza de que assim é...

Claro, eventualmente, não há resposta certa. É uma opção. No fim, acabo por aderir a actos de solidariedade, mas geralmente, faço-o de uma forma mais particularizada, quando me sinto certa de que é para "ali" mesmo que vai.

E alonguei-me demasiado. Se ainda se mantém aí, agradeço-lhe a atenção e talvez seja melhor não publicar, porque é demasiado longo, foge um pouco à intenção original do post e também não quero entrar em discussão de argumentos.

Mas queria mesmo partilhar consigo o meu ponto-de-vista.

Com estima,
Cláudia

P.S. - prometo que vou olhar com atenção o manifesto do movimento.

Helena Sacadura Cabral disse...

Cara Cláudia
Tudo o que refere é verdadeiro, competindo às autoridades tomarem medidas contra os abusos, fiscalizando devidamente quem prevarica. E talvez nos compita a nós também fazer alguma coisa nesse sentido, porque assistimos e não reagimos.
No entanto, alguma coisa tem sido feita para minorar a fome dos que vivem ao nosso lado.
Ainda hoje fui ao supermercado e havia pessoal do Banco Alimentar a receber géneros. Dei o que podia. Mas pensei para comigo, que não estando ele em campanha, já devem ter os stocks em baixo, para estarem ali de forma inesperada.
Neste Movimento quem vai gerir o dinheiro é a Cruz Vermelha que me merece respeito e tem conhecimento de campo. Nós só ajudamos e contribuimos. E eu se não fizer nada, não consigo dormir descansada.

Helena Sacadura Cabral disse...

Cara Cláudia
Tudo o que refere é verdadeiro, competindo às autoridades tomarem medidas contra os abusos, fiscalizando devidamente quem prevarica. E talvez nos compita a nós também fazer alguma coisa nesse sentido, porque assistimos e não reagimos.
No entanto, alguma coisa tem sido feita para minorar a fome dos que vivem ao nosso lado.
Ainda hoje fui ao supermercado e havia pessoal do Banco Alimentar a receber géneros. Dei o que podia. Mas pensei para comigo, que não estando ele em campanha, já devem ter os stocks em baixo, para estarem ali de forma inesperada.
Neste Movimento quem vai gerir o dinheiro é a Cruz Vermelha que me merece respeito e tem conhecimento de campo. Nós só ajudamos e contribuimos. E eu se não fizer nada, não consigo dormir descansada.

Anónimo disse...

Li com atenção o comentário da Senhora Cláudia. Estou plenamente de acordo com o que diz, também tenho constatado a ostentação de senhoras que usufruem dos benifícios das campanhas de solariedade, com seus cabelos pintados e unhas de gel e algo mais... Enfim, uma falta de senso ou de inteligencia. Mas também concordo com a Dra. Helena,ao oferecermos, o que conta para nós é a intenção...

Isabel Seixas disse...

Participo sempre com o que posso nestas campanhas , sem me deter nas minorias prevaricadoras(as ações são de quem as faz) que nos fazem vacilar no apoio a quem de facto necessita.
Felicito-a pela adesão e também confio na cruz vermelha como entidade idónea na identificação de pessoas necessitadas.
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obrigada