As ligações perigosas de David Petraeus sobre as quais aqui
escrevi recentemente complicam-se. Agora aparecem mais dois novos personagens
na história, a saber o futuro substituto de Petraeus e Jill Kelly.
Esta última, de 37 anos, e seu marido, o cirurgião Scott
Kelley, são descritos como sendo amigos, há mais de cinco anos, do general Petraeus e de sua família.
Não há indícios de que Kelley e o general tivessem um caso. O seu envolvimento no escândalo, só se deu a partir de Maio,
quando ela começou a ser alvo de emails anónimos ameaçadores, acusando-a de ter uma relação íntima com Petraeus.
Kelley accionou o FBI e os agentes federais acabaram por descobrir que os citados emails haviam sido enviados por Paula Broadwell, e por também confirmar que esta e Petraeus haviam trocado uma série de emails
íntimos.
Em Tampa, Kelley era uma espécie de relações
públicas não remunerada na Base da Força Aérea MacDill, onde se encontrava
instalado o Comando Central do Exército dos Estados Unidos, no qual o general Petraeus havia estado baseado antes de ser transferido para o
Afeganistão, para comandar a operação da Nato.
Acontece que ontem o escândalo tomou novos contornos, ao saber-se que o sucessor de Petraeus no comando daquela organização no
Afeganistão, o general John Allen, teria trocado entre 20 a 30 mil emails
com Jill Kelley.
A correspondência foi descrita como ''inapropriada'',
mas o FBI, que levantou o caso, não divulgou a natureza dos conteúdos.
No meio de tudo isto existe Holly Petraeus, que há 38 anos é a mulher do general. Filha do general William Knowlton, o superintendente da
academia militar de West Point quando Petraeus lá serviu como cadete, foi aí que, em 1973, o casal se conheceu.
Defensora das famílias
dos soldados passou, nos últimos anos, longos períodos longe do marido e chegou a
testemunhar, perante o Senado americano, acerca do impacto que as missões prolongadas tinham sobre as mulheres dos soldados.
Em janeiro de 2011, foi contratada para administrar um
escritório voltado para veteranos de conflitos militares, dentro da agência do
governo americano de protecção do consumidor, onde a sua tarefa era impedir que integrantes das Forças
Armadas e suas famílias se envolvessem com esquemas predatórios de empréstimos.
Parece uma telenovela mexicana? Parece. É? Ninguém sabe. O que sabemos e se estranha, é que só agora tenha vindo a lume uma história - onde o trio passa a quinteto - que já era conhecida antes das eleições... Mas no campo político, seja no velho ou novo Continente, já nada me surpreende!
HSC
6 comentários:
um "colebrón" !
"La réalité dépasse la fiction" .
Sempre .
Por isso muitos autores põem avisos do tipo "baseado numa história real".
Dá credibilidade instantânea .
Apologistas e praticantes do make love not war dos anos 60!
Que confusão, tudo o molho e fé em Deus!
P.Rufino
Se fosse com Bush, a imprensa reduzia-o a pó ... Como é Obama, no pasa nada ;)
é um thriller, uma vez que entra o fbi...
isto na usa faz correr muita tinta!
muita gente faz o mesmo que eles mas quando vem à luz do dia, é uma festa...
beijinhos,
lb/zia
Enviar um comentário