quinta-feira, 24 de novembro de 2011

A greve


O direito à greve é inalienável e constitui uma forma de exprimir desacordo, desconforto, irritação, enfim, revolta contra qualquer coisa que nos é imposta.
Em princípio, é também uma ferramenta de negociação. E, por norma, só deve ser usada quando todos os outros meios de obter o que se considera justo, falharam.
É inútil tentar perceber quais são os números reais de qualquer greve. Do lado dos sindicatos o resultado é sempre de quase total adesão. Do lado do patronato constituem sempre uma pequena parcela do total.
No caso concreto da greve de hoje há outro elemento ainda mais perturbador. É que se está a criar um fosso enorme, de raivas acumuladas, entre o sector público e o sector privado, as duas grandes fatias da sociedade portuguesa.
Quem ganhou, o que se ganhou, quem perdeu, o que se perdeu, são questões que, nas próximas 48 horas, irão animar o debate político em Portugal. Fazendo, afinal, esquecer as reais preocupações que antecedem este Natal...

HSC

Nota: É urgente que sindicatos e patronato encontrem sangue novo. Não é eficaz ouvir, há trinta anos, sempre as mesmas vozes. Reciclem-se por favor!

8 comentários:

Um Jeito Manso disse...

Pois eu tenho para mim que o Carvalho da Silva será o Lula lusitano.

E quem sabe...? O Lula não elevou o Brasil a BRIC?

A primeira solução de reciclagem é capaz de estar encontrada mas já para o João Proença... não sei, não posso dar nenhuma ajuda. É simpático e cordato mas não sei como o reciclaria.

Um beijinho, Helena.

:-)

Paulo Abreu e Lima disse...

Cara Helena,

Nada a acrescentar! Assino por baixo tudo.

p.s. Não foi uma greve geral; foi uma greve do sector público. Na verdade, ultimamente tem sido sempre assim. Pelo menos, desde os últimos dez anos. E sabe-se porquê.

Anónimo disse...

Olá Helena

sobre este assunto, choca-me sobremaneira a utilização deste meio de protesto para tirar uns dias de descanso ( se bem que não pagos).Vi na comunicação social que está também agendado novo aviso de greve para os dias 2, 7 e 9 de Dezembro, que coicidem justamente com vesperas e dias de possiveis pontes.É certo que os sindicatos têm a sua responsabilidade, pois fazem uso deste tipo de dias para garantir uma maior adesão, mas ainda assim choca-me...

Cumprimentos
Maria

Angelblue disse...

A unica coisa de que tenho a certeza neste momento, é que existe uma divida enorme que tem de ser paga, e não são seguramente as greves que a vão pagar e sim o trabalho e produtividade. O descontentamento neste momento não nos leva a lado nenhum, nem apaga muitos anos de má gestão. Passamos demasiado tempo a lamentar os problemas em vez de avançarmos com soluções e essas passam por deixarmos de andar constantemente a copiar os outros países, com greves, revoltas e afins e está na hora de darmos o exemplo para tirarmos o País desta situação, e isso faz-se com menos greves e mais produtividade. Francamente estou cansada de tanto protesto em que grande parte dos manifestantes andam por ali como se fosse um festival de Verão sem aulas... enfim.

Anónimo disse...

Helena as greves são fundamentais,mas o problema é que nunca se sabe a verdadeira verdade,se quem tem razão se os sindicatos ou o patronato,mas ontem não houve autocarro,nem metro,nem consultas médicas pelo menos na minha área e nada de aviões e comboios a funcionar e pelas manifestações,acho que esta greve foi mesmo para levar a sério.

Blondewithaphd disse...

Subscrevo a nota.

Anónimo disse...

Há sobre este tema um discussão que é sempre a mesma!
Em todos os paises que conheço é assim e portanto há aqui algo que tem um ADN !

Os sindicatos são organizações que na teoria pretendem defender os direitos dos trabalhadores, em teoria , repito.

O discurso do lideres sindicais são como a primeira linha avançada contra as perdas de regalias impostas pelos governos!

No entanto, estas organizaçoes são instrumentos politicos para provocar o choque dialectico e contribuir para o caos, condição imprescindivel para gerar nova ordem!

Há uma coisa que ninguém reflecte sobre: O que é que nasceu primeiro ; o tabalhador ou o posto de trabalho ??

Os governos sucessivos , mas em maior escala o do Guterres, criaram imensos postos de trabalho sem necessidade para satisfazer a populaça e colocaram os Bancos a fornecer crédito a quem não tinha condições de pagá-lo!
Esses postos de trabalho, hoje já não são necessários e paralelamente a isso, o governo coloca entraves à criação de empresas e á legalização de negócios , pelo que a criação de postos de trabalho é quase impossivel em Portugal, A partir dai todos ralham e ninguém tem razão !

E com a complexidade burocratica é enorme, ninguém sabe onde começou o problema, nem onde acaba !!!
Está instalada a confusão !!!

anónimo II disse...

Estou cansada destes dois dirigentes sindicalistas. Não há eleições lá para aquelas bandas?