terça-feira, 31 de maio de 2011

Valerá a pena?

Hoje dei-me ao trabalho de ligar finalmente a televisão. O que vi deixou-me em estado de sítio.


Não falo das 17 golpeadas que uma jovem da mesma idade deu noutra e que a fez submeter-se a suturas num bloco opratório durante cinco horas. Não falo de um inglês barbaramente espancado no Algarve. Não falo de mais uma caixa multibanco assaltada pelo processo do gaz.


Não. Falo de um dia de campanha de loucos, frenética, com discursos de cassete, com ataques pessoais, vozes roucas de canas rachadas, pezinhos de dança e afins.


Não ouvi uma única alma falar do que verdadeiramente importa e que é, afinal, a exacta ignorância do que foi assinado por aqueles que ainda nos governam e posteriormente remodelado sem o mínimo respeito por todos nós. Nada. O PS assobia para o lado como se não tivesse governado o país durante seis anos. O PSD não sabe bem o que se assinou. O CDS diz que pôs condições. O BE e a CDU não tem nada que ver com o assunto porque não se reuniram com o triunvirato mas nenhum explica como pagaria este mês os salários e os juros. Simplesmente não pagavam...


Será que vale a pena , no século XXI este tipo de campanhas, este malbaratar dos dinheiros públicos, esta trágica imagem que o país dá de si? Em que é que estes comícios e estas arruadas nos ajudaram, nos esclareceram, nos motivaram?


Não será altura de perceber que após trinta e sete anos de democracia "este processo" já não serve, que afasta mais do que aproxima, que desgasta cada vez mais a ideia que se faz hoje da política? Já alguém terá pensado que só em Julho é que haverá governo, o que vai implicar incumprimento do que ficou acordado, se é que alguem sabe o que é que se acordou?


Esta gente está doida e a pretender endoidecer-nos? Agora, para a confusão ser maior até aparece a figura dum Comissário - da troika? - para nos fiscalizar?! Mas o que é isto?


Já somos colónia de alguém? Já terei mudado de nacionalidade sem saber? Já alguem decidiu por mim?



HSC

segunda-feira, 30 de maio de 2011

As Feiras do Livro...

Sorrio sempre quando as minhas amigas me dizem "hoje estou um pastel". Respondo logo, " toma cuidado, que ainda te comem!". E devo dizer que lhes dou o que acho ser o devido desconto...
Pois bem, hoje sou eu que estou reduzida a puré. Saí da Lsboa com a Rita Ferro, no sábado, directas a Paços de Ferreira, para animar a Feira do Livro que aí se está a realizar. Eram três da tarde quando partimos e sete quando chegámos. Perto de 400 Km. A minha amiga dorme durante o percurso. Ao contrário, eu, fico de olho aberto a ver a paisagem da...auto estrada.
Estas animações com a Rita dão sempre pano para mangas, porque acabamos numa risota pegada. Os nossos ouvintes estiveram ali firmes das 22h à 01h e, como era de esperar, a conversa foi fluida. Falámos, sobretudo, das razões porque necessitamos de escrever. Mas isto permitiu conversar de tudo um pouco e de política também.
Ainda ceámos - a paciência e delicadeza da pensão onde ficámos foi inexcedível - e eu dormi pela 04 da madrugada depois de um duche retemperador, hábito que há muitos anos pratico, perante a estranheza daqueles para quem duche é sinónimo de manhã.
Sábado saímos pelas 10h, chegámos à capital pelas 14h, já com cerca de 800 Km no lombo. Eu ainda fui ao supermercado. Hoje estou, claro, intragável. Se fosse rica mandava vir uma massagista...
Mas como acabo de saber que o documento da Troika que li, não é o que foi assinado, deu-me uma fúria como há muito tempo não me acontecia. Por isso, vou deitar-me ou ainda cometo um crime. Até amanhã!

HSC

Nota: Parece que há outro abuso sexual francês, agora à direita, de um ministro de Sarkozy. Com a disposição com que estou nem digo mais...

sexta-feira, 27 de maio de 2011

A gaffe


Hoje liguei a televisão e parti-me a rir. A rainha Isabel II - coitada é sempre com ela que estas coisas acontecem... - estava entre o estarrecido e o bloqueado.
Com efeito num jantar com a presnça da monarca, Barack Obama discursava quando se começou a ouvir o hino britânico. Obama terminou a fazer um brinde ao qual ninguém respondeu. Só no fim da patriótica música é que os presentes ergueram a taça e brindaram à Raínha.
O Presidente dos EUA não devia conhecer bem o hino inglês. Por isso foi o protagonista de uns críticos segundos, que lhe devem ter parecido horas, em que na sala ninguém buliu nem salvou quem se estava afundar.
Só me lembrei de Mário Soares a tocar nas costas da mesma rainha para a encaminhar, quando da sua visita a Portugal, ignorando olimpicamente que na senhora não se toca nem com a luva!
Ando mazinha e cansada com toda esta macacada da campanha eleitoral. Por isso, tive um ataque de riso malévolo com estas etiquetas cruzadas entre monarquias e repúblicas. Até no protocolo os grandes desatinam!

HSC

Compre nacional e ajude Portugal


Saíu mesmo bem este título depois de ter passado uma manhã a tentar, num supermercado, comprar só português. Acreditam que na fruta nacional só havia peras e laranjas? Na carne idem, era espanhola ou argentina.
Irritada com a situação, saí a perguntar a mim própria o que fazer quando isto acontece. Voltei a entrar e pedi para falar ao gerente a quem expus a minha perplexidade e indagando como reclamar.
"Só escrevendo para a administração porque as compras são globais e depois a distribuição é feita de acordo com os maiores consumos de cada casa". Solicitei os contactos e aí a coisa ficou mais difícil. Percebi bem a atrapalhação do homem e resolvi ir pelos meus próprios meios.
Não cheguei ao Presidente do Grupo mas cheguei à secretária. Quando disse o meu nome - ai! o poder dos nomes... - mostrou-se muito solícita. Devia ser simpatizante de um dos meus filhos, pensei. Não, vá lá, gostava era de mim. Menos mal.
Disse ao que vinha e o que pretendia. E reclamei. Não é só o consumidor que tem de ajudar. É tambem o vendedor. Preferindo e divulgando o nacional. Ou não?!

HSC

O que se passa com o Google?


Não sei o que se passa na blogosfera ligada ao Google. Desaparecem textos, comentários, fotos, fica-se preso num blogue e nunca mais se consegue sair dele, está-se a ler um comentário e de repente ele dasaparece, enfim, uma baralhada.
Não sei se foi a compra do Skype, se foi a crise, se foi a China, a Índia ou o Brasil. O que sei é que há aproximadamente um mês nada está normal quando quero colocar um post ou, simplesmente, visitar os meus blogues preferidos.
Será só comigo ou todos os blogspot.com sentem o mesmo?Esclareçam-me porque não tenho a mínima vocação para estas selecções sem aviso prévio nem pedido de desculpas.

HSC

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Uma questão de vírgulas


A Associação Brasileira de Imprensa faz uma bela campanha a propósito dos 100 anos da vírgula. Leiam com atenção:


Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere..

Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.
Pode criar heróis..
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

A vírgula pode condenar ou salvar.
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!

Uma vírgula muda tudo.
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.
Detalhes Adicionais:
COLOQUE UMA VÍRGULA NA SEGUINTE FRASE:

SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.

* Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER...
* Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM...

É ou não é uma campanha inteligente, divertida e eficaz? Eu acho que sim!

HSC

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O que dura uma rainha...


A minha querida amiga Alice Vieira, que gosta de se meter comigo, hoje mandou-me um mail que me fez rir às lágrimas e que julgo corre na net. Não posso aqui reproduzi-lo, porque me obrigaria a colocar nada menos que nove fotografias...
O mail evoca o que se pouparia nestas eleições se aqui tivessemos a rainha de Inglaterra. É que, de facto, o seu reinado atravessou "só" nove presidentes americanos.
A saber e por ordem cronológica Truman, Eisenhower, Kennedy, Nixon, Ford, Carter, Reagan, Bush Pai, Clinton, Bush Filho e Obama!
Melhor que isto só as pilhas Duracell, sem qualquer desrespeito para com Sua Magestade, a Raínha Isabel II!

HSC

É inacreditável!


Não é possível que em Portugal uma criança de 14 anos seja sujeita ao tratamento que o link abaixo permite ver:

http://www.ionline.pt:80/conteudo/125560-ministerio-publico-investiga-agressao-violenta-jovem-14-anos---video

Alguma coisa muito séria se está a passar entre nós e de que esta filmagem dá conta. Trata-se, pelo menos, de dois tipos de brutalidade. A de quem a pratica e a de quem incentiva e não socorre a vítima.
Detrás deste vídeo escondem-se problemas que vão muito para além do comportamento animalesco revelado por jovens cuja idade se situa entre 14 e 18 anos. Claro que se aqui referir que, pelo menos, um dos elementos é de cor, chamam-me racista.
Mas esse aspecto cultural - não há como negá-lo - não é o mais importante, porque entre os nossos imigrantes há arianos cuja violência será pelo menos igual.
A questão central é a de que Portugal abriga, hoje, no seu seio, pessoas de origem demográfica muito variada e modos de vida muito diversos, que entram em rota de colisão com alguns daqueles que nos são próprios. Não será, talvez, este o caso.
Mas o emigrante sabe - nós soubemos - que quando se pretende viver num país que não é o nosso, se tem de fazer adaptações no modo de vida próprio, para não correr o risco de se ser judicialmente penalisado.
Permitir, por exemplo, certas prácticas como a excisão do clítoris das mulheres africanas, em território nacional, é inadmissível. Mas ela pratica-se, e os nossos hospitais tratam as suas consequências, sem denunciarem às autoridades o facto.
Ignoro qual a condição social destas crianças. Mas andei sempre em escolas públicas e não me lembro de algo semelhante, sobretudo entre raparigas.
Devo dizer que como avó e como mãe fico arrepiada com este vídeo. Vantagens e, simultaneamente, inconvenientes, das redes sociais e portanto da internet. Mas que fazem pensar naquilo que queremos para nós como comunidade!

HSC

"Viver melhor"


Três notícias atraíram hoje a minha atenção.
A primeira refere a existência de um "erro" de 205 milhões de euros na Despesa do primeiro trimestre deste ano. Coisa pequena, claro, e além disso práctica corrente deste ainda PM.
A segunda respeita a nomeação, apressada, de pessoal político num período de governo de gestão ou demissionário, se assim o preferirem. Coisa feia e pouco legal.
A terceira é a revelação feita no estudo da OCDE "Viver melhor", de que os portugueses são dos povos mais insatisfeitos com a vida. Pudera, digo eu! Só 36% da nossa gente afirma estar agradada, quando a média da OCDE se situa nos 59%. Abaixo de nós - que surpresa...- só os eslovacos, os húngaros e os estónios!
Como diria o nosso Herman viver em Portugal, neste momento, significa "paletes" de felicidade!

HSC

terça-feira, 24 de maio de 2011

Setenta anos


Robert Allen Zimmerman, ou seja Bob Dylan, faz hoje setenta anos. Representa um tempo em que fui muito feliz. E não sabia.

HSC

Preocupante?


Retomei o exílio das televisões. Permiti-me por uns dias o dos jornais. Se não aguentar silencio-os de imediato.
Para já detenho-me numa noticia que informa que "o portal europeu da mobilidade profissional (EURES, em eures.europa.eu) dispunha ontem, segunda-feira, de 1178691 ofertas de emprego em 31 países europeus, validadas pelos respectivos institutos do emprego e disponíveis para qualquer cidadão europeu. O objectivo é aproximar os empregadores da mão-de-obra, promovendo a livre circulação de trabalhadores na Europa".
Se a este apelo juntarmos o número impressionante de gente que já deixou de procurar emprego em Portugal, poderemos estar face a uma nova e estranha situação demográfica que é a da saída dos nossos mais qualificados em certas áreas, ser compensada pela entrada de estrangeiros com menos habilitações.
E como a taxa de natalidade éntre os nacionais desce e a dos estrangeiros residentes sobe, parece-me que se devia olhar para esta questão com o maior detalhe, antes que o multiculturalismo tão em voga não nos pregue uma partida.
Ou seja o Estado investe em portugueses que saem e em estrangeiros que, um dia, voltam ao seu país de origem...

HSC

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Por este mundo acima



Sou uma incondicional de Patricia Reis. Pronto, gosto dela. Nem sei como a conheci. Mas sendo amiga de mulheres que prezo deve ter sido uma delas que nos apresentou. Não somos íntimas e ela tem idade para ser minha filha. Aliás se tivesse uma, gostava que fosse como ela. Na qualidade profissional e como pessoa.
Conheço toda a sua obra e garanto-vos que vale a pena lê-la com atenção. Não é uma escritora fácil, mas tem a densidade do que é bom.
Hoje, morta de cansaço e de calor, fui assistir ao lançamento do seu último livro "POR ESSE MUNDO ACIMA". Eu sei que ela detesta lançamentos pessoais e que o seu perfil é o de quem só quer passar despercebida. Mas deu gosto ver a sala da Barata cheia de amigos de peso na literatura portuguesa. Inês Pedrosa, Lídia Jorge, Teolinda Gersão, Agualusa,Letria,Leonor Xavier,Rui Zink etc, etc. Eram várias gerações de escritores. Que estavam ali porque a apreciam e disso dão público testemunho.
A apresentação, excelente, ficou a cargo de Valter Hugo Mãe. E o agradecimento da Patrícia ilustra bem um tema que lhe é tão querido: as pessoas e a amizade que as liga umas às outras.

HSC

domingo, 22 de maio de 2011

O jogo da Glória


Quando eu era adolescente a Batalha Naval e o Jogo da Glória eram duas grandes diversões entre mim e o meu irmão mais velho.
Hoje decidi abrir a televisão, aturdida que fiquei com umas megafonadas no bairro onde vivo, a elogiarem uma certa esquerda. Foi uma comoção. Cada orador gritava mais que o anterior e, na balbúrdia dos gritos e maledicências, perguntei a mim própria se aquilo não era, afinal, a aplicação ao cenário político dos meus antigos jogos. Era. Com o inconveniente acrescido de fazer mal a adultos, velhos e crianças. Discute-se tudo, menos o país. É um péssimo exemplo aos mais novos e um dissuasor de compromissos. O que importa é quem ganha e quem perde. Nada mais.
Esta noite até vi o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa a explicar o sistema de vasos comunicantes dos nossos partidos, como se fosse um mero jogo da Glória. Quando tu avanças duas casas eu recuo uma e assim por diante. No fim ganha quem tiver mais sorte. Quando não há nada a dizer, até se compreende que tal aconteça...
Se os responsáveis se abstivessem destes espectáculos tristes que tanto dinheiro nos custam e nada nos esclarecem, era bem melhor para todos nós. Poupava-se muito e dava-se um bom exemplo!

HSC

As arruadas


Ando em digressão para promover o meu livro CAMINHOS DO CORAÇÃO. Na quinta feira estive nos "Jantares com História" no Casino da Figueira da Foz, promovidos pelo seu Presidente e cuja ementa é escolhida pelo Chef Hélio Loureiro com base nas preferências que julga serem as do convidado. Foi um serão muito agradável, com gente atenta e muito amável. Só que sexta feira tinha uma agenda pesada e quando finalmente cheguei a casa e me sentei, sem dar por isso, "ferrei o galho" e quando dei por mim eram quatro da matina e eu estava vestida como se fosse sair. Pensei cá para comigo que já não tenho vinte anos e me esqueço sempre disso.
O mais engraçado foi saber, quando cheguei ao jantar, que o meu infante mais velho tinha ido perorar à Figueira no mesmo dia... Ora eu, preocupada com isso, tinha tentado que a minha digressão não colidisse com a dos políticos, em especial com os que tenho na família. Como se vê, não podia ter começado melhor!

HSC

sábado, 21 de maio de 2011

Quem ganhará?



A cadeia televisiva norte-americana apontou o nome de Durão Barroso para possível sucessor de Dominique Strauss-Kahn à frente do Fundo Monetário Internacional. Outro nome indicado foi o da ministra das Finanças francesa, Christine Lagarde, que já obteve o apoio da Alemanha, da Itália e de Washington, caso se disponha a candidatar-se e não seja constituída arguída no caso Tapie, em França.
O Governo português não comenta "especulações" sobre o que se diz em relação a uma possível liderança do FMI por parte do actual Presidente da Comissão Europeia. E eu não me surpreendo nada pela menção, visto que Durão Barroso nunca deixou o seu futuro em mãos alheias...
Convém, contudo, lembrar que se fala da existência de um acordo não escrito que garante que o lugar de director-geral do FMI será ocupado por um europeu. Verdade ou não, o certo é que ele tem sido posto em causa pelos países emergentes como a China e o Brasil, que podem vir a alterar o actual jogo de poder.
Porém, de acordo com fontes comunitárias,as consultas para encontrar um sucessor de Strauss-Kahn estarão já a decorrer entre as capitais europeias.
E é assim que um assunto do mero foro íntimo de um dos grandes deste mundo, se torna num ápice, numa bola de neve que arrasta atrás de si a estrutura de instituições internacionais, o equilibrio de certas decisões e a imagem de um país.
Convenhamos que é profundamente triste!

HSC

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Xenofobias...


Ao que consta nas notícias desta quinta-feira, durante uma acção de campanha do PS, o deputado socialista Pita Ameixa terá considerado que o frente-a-frente de hoje entre José Sócrates e Pedro Passos Coelho será decisivo para o presidente do PSD e explica dizendo: "Esse africanista de Massamá tem de demonstrar amanhã se tem unhas para tocar a guitarra do país ou se não as tem, como no fundo já provou".
Liguei a televisão porque tive um problema no PC e a Zon teve que se deslocar a minha casa e verificar todo o equipamento electrónico. Eis senão quando apanhei esta bela e tolerante afirmação de um representante do povo. É de esquerda. Podia ser de direita, de centro, de viés, enfim do lugar que fosse, porque a frase é lamentável e revela uma profunfa xenofobia.
Num país e num povo que viveu de África e em África, é inadmissível e inaceitável uma tal afirmação. Num socialista revela bem o respeito e a coerência.
Esclareço já que não sou PSD nem conheço a família de Passos Coelho. Claro que também não lobrigo quem possa ser o brilhante deputado. Mas deixo-vos acima, julgo, o seu retrato.
Possivelmente o senhor Ameixa é casado com uma belíssima ariana e vive num dos bairros finos de Lisboa. Que lhe faça bom proveito!

HSC

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Que tal?!


Portugal tem um enorme sentido do humor. E os designers não deixam jamais de ser os seus melhores veículos. No sítio do Cão Azul encontra-se a delícia do desenho acima reproduzido para ser estampado numa camisola. Alguem consegue resistir a este cartoon?
Como não vejo tv e ando fora do mundo real - sou eu e o ainda PM - deliciei-me ao ver isto. Como não tenho idade para usar a t-shirt e meu infante mais velho podia não achar graça se a desse aos meus netos, resolvi partilhá-la convosco. Que tal?!

HSC

terça-feira, 17 de maio de 2011

Os Cuidados Paliativos


Vai decorrer em Lisboa nos próximos dias 18 a 21 de Maio o 12º Congresso da Associação Europeia de Cuidados Paliativos. É importante para o país e para a Associação Nacional que, mesmo em tempos de crise, se consiga reunir cerca de 2500 profissionais que se dedicam a esta área da saúde, com "craques" de diferentes origens.
O Congresso pode parecer, em si, irrelevante para a sociedade civil, mas é seguramente uma oportunidade para "agitar águas" e clarificar, mais uma vez, a desinformação, os mitos, os preconceitos e o desinvestimento que existe nesta área da saúde que, lamentavelmente, se esquece, porque continua associada aos temas tabús do fim da vida e da morte.
No entanto, tal realidade chega, um dia, a todas as famílias. Se estas possuirem mais e melhor informação, poderão alterar o panorama actual e ter menos gente em sofrimento.
Os cuidados paliativos respondem aos problemas que decorrem da doença avançada, prolongada, incurável e progressiva, e tentam prevenir o sofrimento que ela gera, proporcionando a máxima qualidade de vida possível a estes doentes e às suas famílias.
Baseiam-se no controlo activo dos sintomas, na comunicação eficaz com o doente e famíliares e num trabalho em equipa interdisciplinar.
Podem durar semanas, meses e mais raramente anos e até prolongar-se pelo período do luto. Não se restringem aos últimos dias de vida. Trata-se de cuidados preventivos, que pretendem antecipar-se ao sofrimento desnecessário associado à doença avançada e incurável, não permitindo nunca que ele se torne intolerável. Destinam-se a pessoas de todas as idades, tenham ou não doença oncológica.
São rigorosos, científicos e humanizados e prestados por equipas que, idealmente, integram médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, entre outros profissionais que, para o efeito, possuem formação específica prévia neste âmbito, como aliás recomendam quer a Associação Europeia de Cuidados Paliativos, quer as Directivas da Comunidade Europeia sobre o assunto.
Infelizmente, por desconhecimento desta informação, por preconceitos que ainda persistem e por falta de empenhamento na operacionalização das políticas de saúde, estes Cuidados continuam a não estar acessíveis aos que deles carecem – e são muitos - de forma alargada e sistematizada.
E todos sabemos que ninguém reclama aquilo que não conhece!

HSC

Do you speak english?


Portugal é um país culto e versado em línguas. É o que se depreende do facto de até agora não ter sido publicada a versão oficial portuguesa do memorando de entendimento assinado entre o Governo de gestão e a Troika.
Com efeito, o dito não está publicado na íntegra em português nem no portal do Governo, nem no portal do Ministério das Finanças, ao contrário do que José Sócrates admitiu haver, no debate de ontém para as legislativas, com Jerónimo de Sousa.
O documento em português que se encontra nos sites do Governo e das Finanças não é o memorando de entendimento assinado com as instituições internacionais – que tem 34 páginas –, mas sim um resumo das principais linhas de orientação do programa.
A mesma versão do documento denominado “Programa de Ajustamento Económico e Financeiro”, pode ser consultada em inglês.
A única tradução não oficial do memorando - que constitui um verdadeiro serviço público -, está publicada no blogue Aventar.
Não podem deixar de se tirar conclusões desta atitude. Ou o ainda Governo considera que o nosso nível educacional é tão alto que dispensa traduções, ou o Governo demissionário não quer, em período eleitoral, que saibamos o que nos vai acontecer.
Não sei porquê, mas inclino-me mais para a segunda hipótese que é aquela que de há muito por cá se pratica e na qual José Socrates é perito!

HSC

segunda-feira, 16 de maio de 2011

A dança das golden share


Faria de Oliveira afirmou ao Jornal de Negócios que o fim das "golden share" imposto pela troika, vai levar a Caixa Geral de Depósitos a fazer a uma análise jurídica que defina se terá de prescindir dos poderes especiais que o acordo parassocial da empresa lhe atribui. Quer isto dizer que aquela instituição ainda tem dúvidas sobre se pode ou não manter os direitos especiais na Galp.
O Tribunal de Justiça da União Europeia tem, no presente, processos a correr contra quatro estados membros - Portugal, Itália, Grécia e Polónia - por deterem 'golden shares' em diversas empresas.
O nosso país é, contudo, aquele que mais casos tem em tribunal. Além da PT, correm igualmente processos contra a “golden share” detida pelo Estado na EDP e na Galp Energia.

A 8 de Julho, aquele Tribunal irá proferir o acórdão relativo ao caso da PT, que se aguarda com grande expetactiva porque o Estado a activou recentemente.
Entre os processos antigos sobre a questão, as queixas de Bruxelas acabaram por liquidar as "golden shares" na alemã Volkswagen, na britânica British Airways e na holandesa KPN.
Consideradas por Bruxelas como um obstáculo à construção de um verdadeiro mercado único europeu, as “golden shares” continuam, contudo, a opôr Bruxelas a vários países que dela se seviram sempre que certos interesses nacionais estiveram em causa.

Se esta questão não consegue reunir a unanimidade dos estados membros e está na origem de tantos incumprimentos porque é que não se tomam as medidas consideradas correctas para que tal não se repita?!


HSC

domingo, 15 de maio de 2011

Sexo e poder

Segundo a France Press

"O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, foi detido neste sábado em Nova York por suposta agressão sexual contra uma arrumadeira de um hotel da cidade, informou o jornal New York Times.
"O senhor Strauss-Kahn, candidato à presidência da França, foi retirado de um voo da Air France por funcionários da Autoridade Portuária de Nova York e Nova Jersey e entregue a policiais de Manhattan", disse um funcionário do Aeroporto Internacional John F. Kennedy.
"É acusado de agressão sexual contra uma arrumadeira de um hotel de Times Square no dia de hoje, mais cedo", revelou o funcionário.
Strauss-Kahn, que ainda não anunciou oficialmente sua candidatura à presidência francesa, foi retirado da primeira classe do voo da Air France momentos antes da decolagem para Paris.
Em Washington, uma porta-voz do FMI se negou a comentar o caso".


Segundo o Jornal de Notícias


"Esta não é a primeira vez que Strauss-Kahn se vê envolvido num escândalo sexual. Há cerca de três anos, o antigo ministro das Finanças francês foi acusado de avanços abusivos sobre uma antiga subalterna, Piroska Nagy, funcionária sénior do Departamento de África do FMI, no Fórum Internacional de Davos.
O FMI contratou, nessa altura, uma firma de advocacia de renome para lançar uma investigação, e Nagy acabou por deixar o FMI, começando a trabalhar para o Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento (BERD).
Com o FMI a precisar de controlar a crise económica internacional que atingiu o auge no Verão de 2008, Strauss-Kahn foi mantido no seu posto. Mais tarde, pediria desculpas por ter cometido um "erro de percepção" em relação à eventual receptividade de Nagy.
"

Leio estas notícias e não quero acreditar. Será possível que um provável futuro candidato à Presidência da República da França se veja envolvido em negócios de saias deste género?!
Admiro DSK e a excelente jornalista, Anne Sinclair, que é sua mulher. Mas será que o poder na Europa e na América têm que ter sempre à sua volta, histórias de contorno sexual?! Já não chega o resto?!

HSC

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Um erro muito caro!



"Um erro de milhões... contra o Estado


Os juízes do Tribunal de Contas queixam-se de ter sido induzidos em erro para aprovar cinco auto-estradas, no valor de dez mil milhões de euros. A denúncia consta de um relatório de auditoria às parcerias público-privadas rodoviárias, que vai ser aprovado na próxima semana. Um documento que a TVI revela em primeira mão.
As auto-estradas lançadas pelo governo só passaram no tribunal de contas porque foi sonegada informação aos juízes. Em causa estão cinco subconcessões feitas pela Estradas de Portugal, em representação do Estado, no valor de 10 mil milhões de euros. (...)

Traduzindo: sendo tais compensações ilegais teriam forçosamente levado o tribunal de contas a um segundo chumbo das concessões rodoviárias. Ou seja, o Estado assumiu compromissos de dez mil milhões de euros passando por cima do tribunal de contas.

Notícia TVI. Curiosamente, esta notícia não teve muito destaque noutros meios de comunicação social. Será que já consideram normal que o Estado engane o Tribunal de Contas em milhões de euros? Será que as instâncias judiciais portuguesas não vão actuar perante este caso gravíssimo?"


(postado por Nuno Gouveia em http://ocachimbodemagritte.com/)

Nem preciso acrescentar nada. Basta ler. Como estou em saudável abstinência de jornais e televisões consigo descobrir na net a informação indispensável. Repito a pergunta: será que alguma instância judicial faz alguma coisa?



HSC

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Futuros...


Como estou em interegno na política e, entre nós, as questões económicas e finanças acabam por lhe estar, por norma, subordinadas, falo apenas do que hoje ouvi num workshop em que participei. Refiro-me às taxas que irão ser praticadas no empréstimo a Portugal.
Nada me parece estar, ainda, totalmente resolvido, mas a ser verdade que a taxa do FMI se situa nos 3,5% e a da Europa andará entre os 5% e os 6%, tenho que admitir que a do "papão" acaba por nos ser mais favorável do que a dos amigos.
Creio que muito do futuro político de Durão Barroso no nosso país, se jogará na forma como nos auxiliar agora. E também julgo que todos estaremos atentos ao seu comportamento que não esqueceremos se, um dia, ele for candidato a Belem.
Ou, como dizem os franceses, "à bon entendeur salut"!

HSC

terça-feira, 10 de maio de 2011

Os corações!


Há corações imensos que a cada batida espalham bem estar e satisfação aos que estão à sua volta. Eu tenho a felicidade de conhecer alguns que habitam a lista dos meus amigos. Dqueles que tratam o meu coração e daqueles que mo entregam.
Como podem adivinhar, com a família que tenho, o meu, tem andado muito atarefado a bombar mais depressa do que o habitual. Cada debate, cada bombada. Mas penso que os meus irmãos, as minhas cunhadas, os meus cunhados e os meus sobrinhos, perto ou longe, estão sempre comigo e não menos acelerados. Sem eles eu não era ninguem nestas alturas.
Mas agora eu quero falar dos corações que andam por aí, soltos, e que, de um modo surpreendente ou inesperado, se cruzam com os nossos. De todos os que me acompanham neste blogue, alguns tornaram-se muais próximos. E desses, saliento três mulheress com quem estreitei relações de estima. Nem mais. Recentes mas, curiosamente, com o afecto de quem se conhece há tempo.
Hoje, exactamente hoje, em que eu precisava de um mimo, uma delas fez chegar às minhas mãos uma caixinha recheada de corações. Como quem adivinha que era isso mesmo de que eu carecia. Minha querida Maggie, que bom foi tê-la encontrado através deste Fio de prumo!

HSC

domingo, 8 de maio de 2011

Questão de bom senso


António Barreto deu, na sexta feira, uma curiosa entrevista oa jornal i na qual refere alguns pontos que merecem reflexão, sobretudo para quem vai exercer o direito de voto no próximo dia 5 de Junho.
Não são novidades mas a serenidade com que as pronuncia, no meio de hostilidade política em que Portugal é pródigo, dá-lhes uma aura de bom senso muito útil nos tempos que correm.
Das afirmações que faz destaco, em especial, quatro:

1. A governação futura deve integrar o PS;

2. Sócrates não deverá fazer parte dela pelas responsabilidades que tem no que aconteceu;

3. O estado da Justiça e a força dos seus sindicatos que advem de conhecerem muitos segredos pessoais e profissionais e, finalmente,

4. A deshumanização da política actual..

Nestes pontos penso exactamente o mesmo. Um outro aspecto que Barreto abordou mas de que muito pouco se fala diz respeito à ruptura constante com o passado, com as anteriores governações, como se todas elas tivessem sido incapazes, ou como se fosse uma vergonha para quem se segue, reconhecer o que outros possam ter feito de louvável.
Se vivessemos numa democracia participativa talvez esta questão não se tornasse tão aguda. Mas, no mundo actual, ela chega a criar clivagens que vão muito para além da política e se estendem, até, ao ambiente familiar, fracturando aquilo que deveria ser, antes, a ponte de ligação entre gerações e ideologias.
É pena, porque trinta e sete anos de revolução já deveriam ter redimido este problema!

HSC

sábado, 7 de maio de 2011

As Conferências do Estoril

..."Villepin veio ao Estoril para falar sobre os “desafios actuais da construção europeia” e não se desviou desse propósito, adoptando um registo bastante crítico ao posicionamento da Europa no mundo, sobretudo no que diz respeito à relação com África, um palco que outros países têm estado a aproveitar, tais como a China ou o Brasil.
“Nós somos completamente estúpidos”, disse Villepin, precisamente pelo facto de países como Portugal, França ou Itália conhecerem África como ninguém, mas não capitalizarem esse conhecimento em prol do reforço das relações entre aquele continente e a Europa.
Essa estupidez estende-se à forma como os Estados europeus parecem lidar com os grandes desafios que têm pela frente, já que continuam a ter uma abordagem egoísta e isolada. Por isso avisa: “It’s not time for lone riders".
(in odiplomata.blogs.sapo.pt)

Dominique Villepin pode vir a ser - como já foi - uma pedra no sapato de Sarkozy, cuja forma, aliás, lhe vai servindo cada vez com mais dificuldade. É que em determinada conjuntura política, o antigo Primeiro Ministro da França pode vir a prejudicar uma possível segunda volta de Sarko.
Todavia, o que me levou a colocar aqui esta parte do post é a referência que nele se faz a África e com a qual concordo bastante, mesmo adimitindo que Villepin, no Estoril, já pudesse estar em clima de campanha presidencial.

HSC

Uma lição


Sigam o link abaixo referido e percebam porque devemos ter orgulho em ser portugueses e, sobretudo porque se pode - e deve - amar imensamente Portugal. Temos defeitos e temos qualidades. Mas, somatório feito, ninguem duvide que as segundas ultrapassam as primeiras.
Vejam o vídeo assinalado e dêem-no a conhecer por todos os meios ao vosso alcance. Não custa nada e ajuda muitos de nós a levantar o moral. E, quem tenha conhecidos na Finlândia, por favor não fique parado. Vai mais tarde perceber porquê.
Os governantes não fazem, felizmente, um país. O que faz um país são os seus cidadãos. Os nacionais que o amam e os estrangeiros que o ajudam a crescer.

http://www.youtube.com/watch?v=XXw5fMIYGqg&feature=player_embedded

Mãos à obra. Toca a divulgar o vídeo. Nos blogues, nos correios electrónicos, enfim por tudo quanto a tecnologia permita.

HSC

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Mudar e crescer

Como não me tenho dispersado por noticiários nem jornais, tenho lido muito e escrito ainda mais. Antes isto do que fazer patetices impróprias da idade ou do bom senso, como ainda há dias vi numa amiga, que tendo sessenta e nove anos, levava uma saia um palmo acima do joelho...
Haja paciência para estas filhas de Deus que voltaram à juventude sem terem passado mais que uns escassos anos pela idade adulta. E a pobre descendência das ditas tem que sobreviver a estas mazelas.
Nesse jantar, que para além das rótulas das ditas jovens velhotas tinha gente interessante na mesa onde fiquei, falou-se muito de uma proposta que permitiria aliviar expressivamente a nossa dívida e que alguns países usaram no pós guerra.
A ideia era a de que se durante um ano os portugueses apenas tivessem três dias feriados - 25 de Dezembro, 10 de Junho e 1 de Janeiro -conseguiriam obter-se uns milhões expressivos que se não iam pedir lá fora.
Na reconstrução da Alemanha do pós guerra, os cidadãos chegaram a trabalhar ao Domingo para apressar a recuperação. No Japão, após esta última calamidade, vale a pena olhar com atenção os sacrifícios que todos os japoneses estão a fazer. São lições de solidariedade e civismo.
Aqui, um buzinão ou uma ponte no Carnaval podem deitar abaixo um governo. É o sol, é o sul, é a subversão do que devem ser as prioridades em épocas de fome.
Entre nós, a norma é cobiçar o que se não tem, mas não fazer nada para o obter. Assim, vai ser muito difícil mudar e crescer.

HSC

Uma boa notícia


Esta manhã um familiar meu, dedicado agricultor, telefonava-me com voz mais animada do que o costume. Como há já algum tempo o não ouvia assim perguntei-lhe, à queima roupa, se o facto se devia às boas notícias da troika...
Não. Não era isso. Era o seu azeite que aumentara de vendas e de mercados, e a sua convicção de que talvez se tivesse começado a inverter a nossa posição de importadores, para tornarmos a ser o que no passado fomos: exportadores e auto suficientes. Fiquei feliz. Mas, por via das dúvidas, fui ao outro lado da família e aos dados oficiais para ter a certeza de que a coisa era real. Confirmava-se.
Com efeito, a secretária geral da Associação do Azeite de Portugal, afirmou que era "... a primeira vez, desde há 30 anos, que o saldo da balança comercial é positivo, muito devido à grande dinâmica e investimento que tem sido feito, com a plantação de olival e modernização, e também porque o Brasil reforçou o seu lugar como principal consumidor de azeite português".
Isto começou em 2006. Foi nesse ano quando as vendas se expandiram ao ritmo de 20%. Apesar da pressão sobre os preços da produção, o acréscimo em valor é um facto e o Brasil começou a preferir-nos à Itália e à Espanha. Oxalá a situação evolua e se alargue aos produtos de que tradicionalmente eramos os principais abastecedores.
Compremos, assim, o azeite nacional. É nosso e é bom!

HSC

Relembrar


Há dias morreu o Professor Vitorino Magalhães Godinho, republicano destacado que, por várias vezes, acreditou na incipiente democracia portuguesa depois de ter sido obrigado a abandonar o país por razões de natureza ideológica. Era homem de nenhuma tolerância a desvios políticos.
A primeira vez que volta a Portugal, na década de 50, é Adriano Moreira que o chama. Mas o seu apoio à crise académica de 1962 haveria de determinar o seu retorno a França.
De novo, crente na nossa jovem democracia, regressa à pátria para vir a ser Ministro da Educação e da Cultura de Vasco Gonçalves e posteriormente director da Biblioteca Nacional. Nova desilusão.
São dele as duas frases que destaco abaixo, a primeira em 2005 e a segunda em 2009:

"Não se chegou a construir uma democracia"

"A nossa classe política é mais do que lamentável"


Depois de ouvir, ontem, a comunicação ao país do ainda Primeiro Ministro, lembrei-me que, feliz ou infelizmente, o Professor já não tivera a oportunidade de, uma vez mais, confirmar a sua razão!

HSC

terça-feira, 3 de maio de 2011

Comunicação original



Como não leio jornais nem vejo televisão nacional arrisco-me a escrever algum disparate. Mas hoje vinha no carro e apanhei "o comunicado à Nação" do ainda Primeiro Ministro.
E fiquei banzada. Não consegui perceber patavina do que nos "ia acontecer". Apenas se falou do que "não ia acontecer". Será possível?
Ou seja, o ainda Primeiro Ministro veio dizer-nos que tinha conseguido um bom acordo. Qual, pergunto eu? Pelos vistos a oposição tambem faz a mesma pergunta.
Ou seja, excepto Sócrates que, ao que percebi, devia ter a seu lado o desaparecido Ministro das Finanças - no rádio nem se viu nem se ouviu - ninguem sabia montantes,prazos, juros, impostos. Apenas ficámos a saber que o deficite este ano era de quase 6%, tinha deslizado e que lá para 2013 talvez estivesse nos 3%. Talvez.
Precisaremos, na verdade, nós portugueses, de saber mais? Para quê? Porquê? Alguem pensa nisso? Não. Trata-se de um bom acordo...isso não chegará?!
Vantagens da "democracia partidária". É que nós não sabemos. Mas pelos vistos os partidos tambem não...

HSC

segunda-feira, 2 de maio de 2011

A morte de Bin Laden


Escrevo estas linhas alguns minutos depois de ver na televisão do café onde fui tomar a bica, que Bin Laden foi morto por um esquadrão americano. Confesso não muito cristãnte que senti um grande alívio. Este homem corporizava, de algum modo, um movimento de ódio a americanos e europeus que desde o 11 de Setembro não parava de nos atemorizar, sem que compreendessemos bem porque não tinha sido ainda capturado.
Ouvi o discurso de Obama e a sua declaração de que fora sob as suas ordens que tal operação se desenrolara sem que houvesse baixas nas tropas americanas.
Dando por verdadeiras estas notícias e a eventual cumplicidade do Paquistão, esperam-se as mais terríveis retaliações. Possivelmente não imediatas, e apenas quando se tenham abrandado os alertas. Tudo, neste momento, é possível.
Mas é preciso não esquecer que o movimento que este líder chefiava continua a existir e que pode sobreviver, até com mais força, ao seu desaparecimento . Esperemos que não e que este caso seja um daqueles em que cortada a cabeça o corpo acabe por definhar!

HSC

Nota : As boas notícias vêm do mundo financeiro que começa a bugir e o petróleo a descer!

domingo, 1 de maio de 2011

Um bom domingo


Na sexta feira estive na Feira e, não sei bem por que milagre, face à ventania e chuva com que fomos presenteados, vendi livros.
Hoje preparava-me para lá ir outra vez, quando caíu uma tromba de água que me fez repensar e voltar para trás. Meia hora decorrida fiz-me, de novo, ao caminho para uma sessão de autógrafos.
Foi uma boa tarde. Muita gente que me comprou - salvo seja - tinha em mente o dia da Mãe, para a presentear e depois ler também.
Aliás havia começado a jornada com os parabens ao filho mais velho, desta vez distante em trabalho. Seguiu-se missa longa. Demais. À noite a família reuniu-se toda a convite do infante mais novo, que tentava assim suprir os ausentes irmão e primos.
Foi um dia de trabalho e de convívio. Daqueles que eu mais gosto, porque esquecemos o que é mau e rimo-nos pelo simples prazer de estar juntos. Já não há muitos fins de semana destes!
A partir de amanhã começa uma série de obrigações profissionais com a promoção do novo livro que vai estar na Feira no fim de semana que vem. Depois é correr o país fazendo votos de não me cruzar com caravanas eleitorais...

HSC