segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Riscos




O risco da dívida portuguesa creceu mais de 2,5% depos de ter sido revelado o crescimento de 0,2% no PIB nacional. Assim, os nossos CDS ou Credit Default Swaps - títulos que protegem os investidores dos eventuais riscos da dívida - passaram para 275,8 pontos. O que quer dizer que
para segurar a dívida pública portuguesa no valor de 10 milhões de euros, a cinco anos, os investidores irão pagar um seguro anual que ronda os 275,83 mil euros.
Nas maiores subidas encontram-se os CDS de Espanha - com um crescimento do PIB de 0,2%, idêntico ao nosso - só ultrapassados pelos da Venezuela.
Portugal ocupa hoje, em termos absolutos, a décima posição na tabela de maior risco de incumprimento dos títulos de dívida soberana, onde a Grécia ocupa o terceiro lugar.
Apesar disto, a nossa posição já foi pior, em Maio passado, quando os juros da dívida a cinco anos se situavam em 6,053% . Agora já se situam nos 3,097%.
O prémio que os investidores pedem para comprar a nossa dívida 260,8 pontos base - e não a de referência, que é a alemã, ainda é elevado e refecte as suas reticências acerca da nossa economia. Mas é menor do que já foi antes, quando aquela diferença atingiu os 400 pontos base.
Porém, os quadros publicados acima revelam bem a dificuldade da nossa situação. Sem pessimismos. Apenas com números. Que para serem entendidos não carecem de licenciatura específica. Basta olhá-los com atenção e esperar que futuro nos preparam os nossos governantes!

HSC

1 comentário:

Anónimo disse...

Gostei, e fico descansado, com a barra dos 114% da dívida da banca comercial... pois afinal se a vida correr mal a estes meninos, o papá, Governo vai, e nacionaliza... aumenta de 60% para o que for preciso. Afinal a economia de mercado é assim: se for sector bancário não vai à falência! Nacionaliza-se e a seguir... está a privatizar... se for qualquer outro sector... danem-se... Adoro este País!
Quanto ao resto... é apenas mais do mesmo, pior é que andamos nisto há mais de 30 anos... parece um disco riscado ao qual ninguém dá um toque para a agulha avançar...