Se a minha opção tivesse sido outra, muito possivelmente, a única mágoa que guardo na vida - ter os meus dois filhos na política - nunca me teria assomado, visto que a carreira de ambos se teria desenrolado por outras áreas.
A razão maior da minha preferência foi o amor que tenho à minha pátria, aquilo que me liga indissoluvelmente a ela, defeitos e qualidades incluídas. Não é, por isso, apenas a família que aqui tenho - também tenho muita no exterior -, o que determina que aqui viva.
Tenho orgulho de ser portuguesa, tenho orgulho no nosso passado histórico, tenho orgulho no que somos capazes de fazer quando uma desgraça nos atinge. Mas dói-me no mais profundo do meu ser a hipocrisia, a obsessão partidária, a luta sem sentido em que se ocupam. Enfim, dói-me imenso ver o preço que nos custou a liberdade, quando esse preço se reveste de incompetência e de falta à verdade. Como se a alguém com uma maleita grave, os médicos dissessem que a sua saúde estava ótima.
O que pretendo para o meu país é a verdade, a solidariedade para com aqueles que não têm voz, as medidas - por mais duras que sejam - para sairmos do buraco em que caímos.
E, quando aqui como em outros locais me indigno com o que nos escondem - como se qualquer de nós não fosse capaz de aguentar uma verdade reservada a alguns elitistas -, é ainda por amor a Portugal que entendo dever fazê-lo. E porque o facto de não ter filiação partidária me dá uma liberdade opinativa da qual apenas eu sou responsável. E da qual não abdico!
HSC
4 comentários:
Excelente Post!
P.Rufino
Pena que a nossa Pátria aproveite tão mal gente como a Helena. Por tudo quanto nos tem dado e sobretudo por esta lição de amor a Portugal, o meu obrigada
Expressão do que muitos sentem e pensam, mas calam.
Oh! Doutora Helena como a compreendo...
Até me neutralizou por hoje o espírito de contradição...
Eu Bem disse que a Sra. dava uma excelente Presidente da República.
Pronto está bem...
Mas ainda está cá quem falou...
Depois da nossa condecoração, a da Margarida, subiu-me à cabeça uma imprevista e surpreendente revelação num comentário de uma pessoa, que apesar de eu pensar já ter aprendido a não me deitar a adivinhar, julgava ser algo como...
Sei lá... Embaixador sem Embaixada dado professar a liberdade pronto quase como nós mesmo com o handycap de não ser mulher, também não podemos ter tudo.
Vai daí... Descubro o Direito, claro, bem sei que nestes contextos não estamos de serviço, nem com a obrigatoriedade de exercer o conteúdo funcional, mas como dissociar na integra pele/epiderme pessoal da profissional...
Olhe tenho passado os dias desde aí, nos tempos livres quando não faço blogoterapia ou de dona de casa a ler/estudar habeas corpus a ver se encontro algum que ilibe irreverências inconveniências e me permita continuar
"Não arrependida assumida"
Ó valha-me a Senhora...
Adorei o post.E do meu ponto de vista fez muito bem em ficar, olhe sei que não sou muito mas também posso servir de consolo.
Isabel Seixas
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