O texto de hoje é dedicado ao Luís Osório, por causa de um
delicioso post seu sobre a problemática do vestuário. Espero que ele se ria,
como eu me ri com o seu!
Há pessoas que nasceram para o luxo. Todos as vemos: vestem
um blazer e, de repente, parece que vão assinar um contrato milionário. Já
outras... vestem o mesmo blazer e parecem ter fugido de uma reunião para que
não entenderam o motivo de ter sido chamadas.
É uma injustiça da natureza: a roupa chique deveria elevar
todo mundo, mas às vezes ela só nos entrega um ar de “fui obrigada”. A
calça de alfaiataria, por exemplo, em uns transmite poder; em outros, parece
uniforme de estagiário de buffet.
E o sapato social? Ah, o sapato social tem o dom de
transformar qualquer pessoa comum, em alguém que anda como se o chão estivesse
cheio de ovos. A elegância fica no salto, mas a dignidade escorrega.
Há quem diga que “a roupa faz o homem”. Mentira. A roupa tenta,
mas o corpo, a postura e o olhar de quem preferia estar de jean, denunciam a
farsa. Há gente que veste blazer, mas o espírito continua de chinelo.
Mas tudo bem, porque o mundo precisa tanto dos que brilham no
smoking, quanto dos que dominam a arte dos jeans confortável. Nem todo herói
usa capa. Alguns só usam o casaco coçado de confiança!
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