Medina Carreira, advogado e fiscalista, morreu hoje aos 85 anos de idade. Personagem controversa, passou duas vezes pelo Governo.
Uma, em 1975 como subsecretário de Estado do Orçamento, quando Pinheiro de Azevedo era primeiro-ministro. Outra, em 1976, quando viria a assumir a pasta das Finanças no governo chefiado por Mário Soares.
Conheci-o quando estava no Banco de Portugal e guardo dele uma imagem menos "truculenta" do que a que dele tínhamos na televisão. Homem de convicções fortes tinha o que chamo de pessimismo militante, o que algumas vezes acabava por menorizar os seus comentários.
Foi militante do PS, partido do qual saiu em 1978, por discordar da política económica que havia sido adoptada. Em 2006 apoiou a candidatura de Cavaco Silva à Presidência da República.
É mais um economista que parte e, quer se gostasse ou não do que dizia - e eu algumas vezes não gostava -, sempre o tive em conta de um espírito livre!
HSC
10 comentários:
Pois... E uma vida que se perde, mas era muuuuito pessimista e no governo onde foi ministro das finanças, não se livrou do FMI!!
Gostava de o ouvir, mas achava-o um pessimista dogmático. Sem ilusões de espécie nenhuma. Mas convicto nas suas afirmações.
Concordo com tudo o que disse. Não o conhecia, mas fiquei chocada com a notíca da sua morte. Era pessimista, mas era uma pessoa livre e íntegra. Paz à sua alma. Maria F. Silvestre
Lamento a sua morte. Gostava de o ouvir na TVI.
Para alguns deve ser um descanso "verem-se livre dele".
Paz à sua alma. Os meus sentimentos a sua família.
Os meus cumprimentos.
Irene Alves
Um dos poucos e dos últimos a apontar as verdades "nua e crua".
Se era pessimismo?
Um abraço da Anabela S. R.
Tá tudo aqui a dizer "era um pessimista, era um pessimista"... mas com a porcaria de economia do nosso país, com a nossa mania de gastar mais do que produzimos, a nossa queda pro novo-riquismo (ainda bem que nao temos petróleo porque aposto que iamos ser piores que os árabes e sair disparados a construir a torre mais alta, a barragem mais grande, a autoestrada mais larga, a ponte mais comprida em vez de apostar em educaçao e saúde), quem é que pode ser optimista? Só quem está à espera dos fundos da Uniao para encher os seus bolsos.
Livre e sério, o que nos faz sempre falta ouvir...
Ó Anónimo não insista. Esse peditório não é meu.
Rale-se com o dos seus filhos que lhe devem dar muito trabalho. Fique-se por eles. Não se alargue!
"Análise séria e acutilante..."
Como digo, uma democrata.
Eu gostava muito do Medina Carreira e vou sentir falta dos seus programas.
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