Conheço o Carlos Quevedo desde que,
nascido em Buenos Aires em 1952, decidiu renascer em Lisboa, vinte e seis anos
depois. Por sorte minha, seria o Independente que havia de mo revelar como o
mais português dos argentinos.
A amizade que me liga a ele é
daquelas que nem um terramoto abala. Estamos muitas vezes juntos? Não. Mas esse
facto só aumenta a alegria genuína de nos vermos.
Desde 2015, ele é
o autor e produtor do programa "E Deus Criou O Mundo", na Antena 1,
onde procura fomentar o debate inter-religioso. No pilar deste programa assenta a fé dos três principais
credos monoteístas, o Judaísmo, o Cristianismo e o Islão, todos oriundos do
Médio Oriente e cujas orientações morais servem de guia para milhões de
pessoas em todo o mundo.
O debate assenta em três membros das comunidades religiosas mais influentes em Portugal – Khalid Jamal, Isaac Assor e Pedro Gil -, que abordam temáticas da actualidade e da religião.
O debate assenta em três membros das comunidades religiosas mais influentes em Portugal – Khalid Jamal, Isaac Assor e Pedro Gil -, que abordam temáticas da actualidade e da religião.
Com uma enorme persistência, o
Carlos Quevedo pegou no conceito e no nome
do programa e fez este livro. que resulta do muito que se passou no
mesmo se passou.
O livro está
organizado em quatro partes: as duas primeiras abordam o enquadramento das
religiões, e a terceira mostra as posições que as três religiões têm sobre a
vida dos crentes na família, no casamento e no divórcio e, finalmente, como o
judaísmo, o catolicismo e o islão encaram a morte.
No dia 12 fui à segunda
apresentação, no Grémio Literário, já que a primeira foi na Feira do livro e eu
não não tive dela conhecimento.
António Rebelo de Sousa
escalpelizou a obra. Khalid Jamal e Pedro Gil falaram da importância de
contrariar a moderna e persistente corrente de excluir a religião do debate
publico, mostrando os riscos e a fobia que tal representa.
Foi muito importante, para mim, ter
podido assistir a esta sessão, já que não só sou uma fervorosa adepta do debate
inter religioso, como defendo que a fé, todas as fés, fazem parte do mundo em
que vivemos e por isso não devem ser afastadas dele.
Só este tipo de debate nos poderá
levar a compreender que há razões para um mesmo Deus ser adorado de maneiras
diferentes, sem isso ter de resultar em desconfiança e receio. E que, na
verdade, cabe aos homens e mulheres de fé instituir a tolerância e derrubar
séculos de ignorância e amnésia cultural.
HSC
4 comentários:
Esta sua partilha, facilitar-me-a a vida de uma forma, que se torna difícil explicar.
Para sempre grata.
Comprarei o.livro ainda hoje.
Não esquecendo, imagino, o dharma, os outros teísmos, o iluminismo, o ateísmo, o agnosticismo, que também são filhos de Deus no caminho da tolerância.
Ouvi vários e foram sempre muito interessantes. Vo ver o livro.
🌷
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