Todos temos meia dúzia de datas que guardamos por alguma razão. No meu caso são poucas, mas na sua maioria estão associadas a acontecimentos felizes. O que até não será de estranhar numa pessoa otimista, como julgo que sou.
Mas hoje desde que me levantei algo parecia incomodar-me, apesar de não descortinar qualquer razão aparente que o justificasse.
Quando vim sentar-me à secretária para pôr alguma ordem nos papeis que nela abundam, tive um sobressalto. É que ao olhar no computador a data, de repente percebi. Faz hoje - daqui a mais ou menos duas horas -, exactamente 50 anos que passei a minha primeira noite de mulher divorciada.
Eram 23h45 quando, há meio século, meti a chave na porta da casa onde iria começar a nova vida que me trouxe até aqui. Por momentos fechei os olhos, respirei fundo e escrevi estas linhas. Agradecendo a Deus não só tudo o que vivi desde então, como a força que Ele me deu para apreciar, até à ultima gota, estas últimas maravilhosas cinco décadas!
HSC
7 comentários:
Grande, enormíssima Helena! Ainda bem que conseguiu seguir em frente como uma grande mulher.
Se foi difícil na altura, era impensável não se sentir bem consigo durante estas cinco décadas.
Há males que vêm por bem.
Grande abraço
Uma data não necessariamente feliz...
Vânia
Só quem pasa por estas situações, sabe quão grata é a liberdade.
Não sei a data, nem sequer o dia, mas sim a hora - 8 da manhã - quando abri a porta do apartamento, onde iria viver três anos antes de me mudar para aqui. Sei como fiz, porque o fiz e quando o fiz...não mudaria uma vírgula a esta história...
Compreendo-a. Não vou viver cinco décadas assim , ainda só vou na 2ª. Mas sei que todo estes dias foram melhores...
Fiat lux!
Sine qua non ...
Deus est sdus scrutator cordium
Anónimo
Se fosse a 7, eu diria que era uma data amaldiçoada.
7 pragas do Egiptp
7 pecados mortais
Etc,etc...
Á sua Felicidade!
Zé
Recordar um momento que a tornou depois mais feliz,
vale a pena.
Os meus cumprimentos
Irene Alves
Helena
Há datas que marcam uma vida, por muitas décadas que passem não se esquecem.
Abraço
Carla
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