quinta-feira, 18 de agosto de 2016

As caixas de comentários


Os jornais possuem caixas de comentários sobre as noticias que publicam. Quem se debruce sobre elas, fica a conhecer uma boa parte da população que se diz ler jornais. E, como não são moderados, prestam-se às mais requintadas formas de aviltamento que se possa imaginar. Escreve-se com o intuito exclusivo de denegrir e de, a coberto do anonimato, bolsar as afirmações mais vergonhosas sobre qualquer pessoa.
Pergunto: qual é a utilidade de tamanha catarse, quando há psiquiatras ao alcance para o fazer. Porque é que a comunicação social permite que se enxovalhem pessoas. sem reagir? Audiências? Mas o que é que deve comandar jornais, revistas, televisões? É vender o que de pior a sociedade tem?! Lamentável critério economicista. Acabem com as referidas caixas e talvez tenham a surpresa de ganhar alguns leitores...

HSC

10 comentários:

Dalma disse...

Ó HSC, mas os psiquiatras são caros e a caixa de comentários "is for free"!!!

Helena Sacadura Cabral disse...

Dalma
Têm boa solução: difamem a sua própria família. Fazem o gosto, não vão ao psiquiatra e não incomodam quem os acolhe. Aliás. é nestes que reside a maior culpa. Os que comentam naqueles termos, são doentes!

Anónimo disse...

Tem razão. Ainda outro dia estava a ler um artigo sobre a possível saída de Luisão do Benfica e fiquei estarrecido com um ou outro comentário sobre isso. Palavrões atrás de palavrões! e pergunto-me, porque é que o jornal - creio que o Sol - permite a publicação desses inqualificáveis comentários?

Irene Alves disse...

Concordo consigo.
Os meus cumprimentos.
Irene Alves

Anónimo disse...

Don't worry,be happy.Dance,just dance sunset

https://youtu.be/liRNatnSbU4

Ghost

Fatyly disse...

Subscrevo inteiramente o que diz. Houve uma altura em que se podia apagar/reportar (não me recordo agora a palavra exacta) e o comentário desaparecia o que melhorou e muito os comentários, porque no meio de tanta "porcaria" havia alguns que mereciam ser lidos e relidos.

Anda tudo virado do avesso.

Um bom serão

George Sand disse...

Surpreende-se com a violência dos comentários? Olhe eu surpreendo-me é como é que as pessoas se manifestam só verbalmente. Enquanto for assim...o pior é quando a indignação das pessoas as fizer reagir de outra forma.
Se juntar o seu pots abaixo,com este, fica mais perceptível
Imagine que as pessoas estão mesmo a ficar fartas de muita coisa...as caixas de comentários são o "primeiro escape".

Anónimo disse...

Não concordo. Quando começo a ler um comentário e vejo que não vou gostar do que dali vai sair, passo para o seguinte. Presencialmente, quando não gosto de ouvir alguém vou-me embora ou "desligo". Simples, assim.
Não me incomoda minimamente quem tem uma opinião diferente da minha ou que se expresse com palavrões, desde que não incitem à violência, mas isso até com palavras bonitas é possível fazer, não é? Comentários xenófobos, racistas e misóginos são do pior que há, e há tantos por aí a dizê-los e a escrevê-los de forma tão floreada e ninguém se queixa.

Portuguesinha disse...

Um assunto que daria um debate interessante.
Pessoalmente não vejo a ausência da caixa de comentários como uma medida que mude seja o que for. Apenas mascara a questão. Elas devem existir SIM.

Não é cortando as liberdades que se ensina o que for. A liberdade de expressão deve existir. Mas se calhar umas liçõeszinhas de educação cívica é que estão em falta. E é nessa questão que se deviam debruçar.

Nesse aspecto, pelo que observo, os brasileiros estão «muito à frente» dos portugueses. Mesmo não tendo coisas positivas para dizer, se alguém «sair da linha» na forma como se expressa, surgem logo uns tantos a relembrar esses que a forma importa para o conteúdo.

E ao não se «admitir» exageros o que se está a fazer?
A EDUCAR as pessoas!
:)


Portuguesinha disse...

Faltou-me referir outro aspecto: as próprias revistas/comunicação social é que conduziram o público a esse tipo de comportamento. De duas formas. A primeira e menos relevante, foi nunca se expressar no sentido de repreender os que comentassem com um exagero de má-educação. Isso não retira liberdades, mas demonstra alguma preocupação com regras de civismo. Só com esse aspecto já seria diferente porque os restantes comentadores iriam pautar-se por uma espécie de... "código de conduta".

Segundo: foi a imprensa que "baixou" de nível e permitiu que lhes seguissem o exemplo. Ao preferir e recorrer a notícias «cor-de-rosa», ao dar demasiado destaque ao que anteriormente era considerado fait-divers, ao fazer títulos com factos parciais ou que pudessem ser mal interpretados. Quando são os próprios jornais a publicar títulos enigmáticos que nada informam junto com fotografias apelativas... que tipo de comentário esperam receber? Existe uma tentativa de manipulação. E para tal recorre-se ao sensacionalismo. Seja em que área for, o acto quase sempre abre o caminho para coisas menos boas...