Análise séria e acutilante, humorada ou entristecida, do Portugal dos nossos dias, da cidadania nacional e do modo como somos governados e conduzidos. Mas também, um local onde se faz o retrato do mundo em que vivemos e que muitos bem gostariam que fosse melhor!
domingo, 15 de novembro de 2015
Paris que eu amo!
Esta imagem foi "roubada" da Home Page do meu amigo Miguel Stanley. Ela representa bem o que hoje sinto por essa lindíssima cidade tão barbaramente atacada e onde fui tão, tão feliz!
E o pior é que chacinas deste tipo e com contornos escabrosos tem acontecido noutros sítios, diariamente, na Siria, no Iraque... eles degolam, afogam, queimam vivos, abatem a tiro, muitos inocentes. Quando é na Europa parece que sentimos muito mais. Mas todos são pessoas. É uma guerra que tem de se acabar... Isto está a ficar muito feio. Um bom dia para si. Pedro
Eu não concordo com o argumento de "todos são pessoas devemos sentir o mesmo", quer dizer, concordo no sentido nobre e poético da coisa, mas na verdade não é assim que as espécies funcionam, nem pode ser assim, nós estamos programados para protegermos o que nos é próximo, nas varias escalas. Identificamo-nos mais com o que nos é mais próximo, e isso acontece a toda a hora(mesmo sem termos essa conciencia no dia a dia) a proximidade tem varias vertentes, visual , cultural, étnica, racial, ideias, etc. Acho perfeitamente natural uma pessoa sentir mais quando morre um vizinho (mesmo que nunca se fale com ele) do que um homem que viva no Cazaquistão, são ambos humanos, ambas as mortes são tristes, mas sente-se mais quando é mais perto. Coloca mais coisas em causa. Quem esta mais perte do Libano, seja em termos geográficos, seja em termos culturais, sentio mais dor perante essas mortes do que perante as mortes dos franceses, e é assim que é normal, e com a França é a mesma logica. Nem percebo o espanto.
A cidade-luz está, agora, envolta em trevas. O arco deixou de triunfar: impera o medo, a dor e o vazio! Às águas do Sena, juntam-se as lágrimas dos habitantes e do mundo. Os campos, deixaram de ser Elísios e passaram a ser fúnebres. O romantismo deu lugar ao terror.
A 13 de novembro Paris não é a cidade do amor e dos croissants, é a cidade da morte e do sangue! Já não se ouve “Tous les garçons et les filles” até porque muitos deles já não farão “projets d’avenir”. Onde está o futuro de quem Se vê no meio de um cenário de guerra?
Para onde caminhamos? Será que pretendemos trocar Os cadeados das pontes por balas? As cegonhas por abutres?
9 comentários:
🌷
Hand on hand.
A
Bonitas homenagens às vítimas.
Melhores cumprimentos.
E o pior é que chacinas deste tipo e com contornos escabrosos tem acontecido noutros sítios, diariamente, na Siria, no Iraque... eles degolam, afogam, queimam vivos, abatem a tiro, muitos inocentes. Quando é na Europa parece que sentimos muito mais. Mas todos são pessoas. É uma guerra que tem de se acabar... Isto está a ficar muito feio. Um bom dia para si.
Pedro
Quem é que vende as armas? Quem as fabrica? Qual o interesse na guerra?
FT
Concordo inteiramente com o que diz o comentador Pedro. Todos são pessoas independentemente do local onde vivem. É preciso acabar com isto!
Senhora,porque o seu coração está triste.
http://youtu.be/4BwWHCAmWlE
Ambrósio
Eu não concordo com o argumento de "todos são pessoas devemos sentir o mesmo", quer dizer, concordo no sentido nobre e poético da coisa, mas na verdade não é assim que as espécies funcionam, nem pode ser assim, nós estamos programados para protegermos o que nos é próximo, nas varias escalas.
Identificamo-nos mais com o que nos é mais próximo, e isso acontece a toda a hora(mesmo sem termos essa conciencia no dia a dia) a proximidade tem varias vertentes, visual , cultural, étnica, racial, ideias, etc.
Acho perfeitamente natural uma pessoa sentir mais quando morre um vizinho (mesmo que nunca se fale com ele) do que um homem que viva no Cazaquistão, são ambos humanos, ambas as mortes são tristes, mas sente-se mais quando é mais perto.
Coloca mais coisas em causa.
Quem esta mais perte do Libano, seja em termos geográficos, seja em termos culturais, sentio mais dor perante essas mortes do que perante as mortes dos franceses, e é assim que é normal, e com a França é a mesma logica.
Nem percebo o espanto.
A cidade-luz
está, agora, envolta em trevas.
O arco deixou de triunfar:
impera o medo, a dor e o vazio!
Às águas do Sena,
juntam-se as lágrimas
dos habitantes e do mundo.
Os campos, deixaram de ser Elísios
e passaram a ser fúnebres.
O romantismo deu lugar ao terror.
A 13 de novembro
Paris não é
a cidade do amor e dos croissants,
é a cidade da morte e do sangue!
Já não se ouve
“Tous les garçons et les filles”
até porque muitos deles já não farão
“projets d’avenir”.
Onde está o futuro de quem
Se vê no meio de um cenário de guerra?
Para onde caminhamos?
Será que pretendemos trocar
Os cadeados das pontes por balas?
As cegonhas por abutres?
Vânia Baptista
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