A análise que se segue é importante porque refere pontos que explicam muito do que agora se passa. É da autoria de Carlos Guimarães Pinto e foi postada no blogue Insurgente em http://oinsurgente.org.
A Grécia entrou no Euro em 2001. Desde essa altura, teve um crescimento imparável. Enquanto os outros países, incluindo Portugal, atravessavam o que veio a ser chamado de a década perdida, a Grécia viu o PIB crescer 32% em 7 anos. No mesmo período o PIB português cresceu menos de 9% e o alemão pouco mais de 11%.
Este crescimento do PIB foi acompanhado também pelo crescimento dos salários. Entre 2000 e 2007, a massa salarial na economia cresceu uns fantásticos 75%, quase o triplo de Portugal e 10 vezes mais do que na Alemanha.
Assim, os gregos puderam consumir muito mais. Nestes 7 anos, o consumo cresceu 33%, enquanto o alemão estagnou e o português cresceu quase um terço.
Como foi isto possível? Não houve nenhuma revolução tecnológica na Grécia, nenhum fluxo de investimento internacional e não foram descobertos recursos naturais no Mediterrâneo. Isto foi conseguido graças a um extraordinário aumento do endividamento público, em boa parte escondido. Foi uma espécie de Portugal Socrático com esteróides (no gráfico abaixo podem ver apenas a despesa pública oficial, excluindo a que foi escondida).
Chegamos a 2008, os gregos tinham aumentado os seus padrões de vida como nunca antes tinha acontecido. Mas esse padrão de vida só foi atingido graças a uma enorme distorção da sua economia. Tinham um padrão de vida que só era sustentável graças a permanentes fluxos de dívida. Uma boa parte da sua economia dependia de um nível de despesa pública que o estado só conseguia atingir endividando-se brutalmente. Quando o estado deixasse de se poder endividar, toda aquela parte da economia se desmoronaria.Foi o que aconteceu em 2008-2009…
(Fonte dos gráficos: Eurostat)
HSC
A Grécia entrou no Euro em 2001. Desde essa altura, teve um crescimento imparável. Enquanto os outros países, incluindo Portugal, atravessavam o que veio a ser chamado de a década perdida, a Grécia viu o PIB crescer 32% em 7 anos. No mesmo período o PIB português cresceu menos de 9% e o alemão pouco mais de 11%.
Este crescimento do PIB foi acompanhado também pelo crescimento dos salários. Entre 2000 e 2007, a massa salarial na economia cresceu uns fantásticos 75%, quase o triplo de Portugal e 10 vezes mais do que na Alemanha.
Assim, os gregos puderam consumir muito mais. Nestes 7 anos, o consumo cresceu 33%, enquanto o alemão estagnou e o português cresceu quase um terço.
Como foi isto possível? Não houve nenhuma revolução tecnológica na Grécia, nenhum fluxo de investimento internacional e não foram descobertos recursos naturais no Mediterrâneo. Isto foi conseguido graças a um extraordinário aumento do endividamento público, em boa parte escondido. Foi uma espécie de Portugal Socrático com esteróides (no gráfico abaixo podem ver apenas a despesa pública oficial, excluindo a que foi escondida).
Chegamos a 2008, os gregos tinham aumentado os seus padrões de vida como nunca antes tinha acontecido. Mas esse padrão de vida só foi atingido graças a uma enorme distorção da sua economia. Tinham um padrão de vida que só era sustentável graças a permanentes fluxos de dívida. Uma boa parte da sua economia dependia de um nível de despesa pública que o estado só conseguia atingir endividando-se brutalmente. Quando o estado deixasse de se poder endividar, toda aquela parte da economia se desmoronaria.Foi o que aconteceu em 2008-2009…
(Fonte dos gráficos: Eurostat)
HSC
22 comentários:
Cara Helena,
Ao contrário de muitos que andam por aí, inclusive os próprios, considero que os Gregos cavaram o buraco onde se enfiaram. Não é normal um país onde um funcionário público, para fazer o trabalho pelo qual é pago pelo estado receba gratificações. Ou seja, não é normal que num país a corrupção esteja institucionalizada. A culpa não é dos alemães, nem da (des)união europeia, é dos Gregos mesmo!
No entanto a Grécia continua a ser um estado soberano. nesse estado soberano vigora uma democracia. Nessa democracia houve partidos que foram a votos apresentando os seus programas eleitorais. Ganhou um partido com um programa claro e um mandato definido.
Em Portugal, há quatro anos atrás, houve eleições. Ganhou um partido com um programa eleitoral que foi sufragado. Esse partido convidou outro para uma coligação com maioria absoluta. Esse outro partido também tinha um programa eleitoral que foi sufragado.
Em Portugal a primeira coisa que os partidos que chegaram ao governo fizeram foi mandar fora o programa eleitoral e as promessas com as quais foram eleitos e basicamente a vontade e as aspirações dos votantes que os elegeram, pervertendo a democracia.
Não duvido que quando chegaram ao governo tenham encontrado mais problemas do que aqueles que esperavam. No entanto, aquilo que os lideres dos dois partidos da coligação deveriam ter feito, em nome da democracia, seria denunciar a situação claramente e dizer que não tinham condições para cumprir aquilo a que se tinham proposto explicando detalhadamente o porquê, dar um passo atrás e deixar que a democracia funcionasse e que as pessoas tomassem uma decisão informada! Ao invés disso impuseram uma política contra tudo e contra todos, aliás, contra o que eles próprios diziam antes das eleições. E isto é, no mínimo, desonesto!
Se o Sziriza tem alguma virtude é precisamente estar a fazer o que disse que ia fazer. E mais, afirmar que apenas mudarão o seu rumo se, e só se, tiverem um mandato do povo Grego para tal! A isto chama-se honestidade!
O que me leva a desprezar a politica partidária em Portugal é esta falta de honestidade, esta falta de responsabilização, esta impunidade, esta falta de palavra e de honra dos políticos de quem deveríamos ter responsabilidade, palavra e honra!
Para mim a questão Grega está aqui: Afinal são os povos que são soberanos ou são os mercados de capitais que o são? É que se a vontade das populações não conta, então acabem com a fantochada das eleições e chamem ao regime aquilo que é: Uma ditadura neo-liberal!
Só para finalizar, costumo dizer que a grande diferença entre o antigo regime e o pós 25 de Abril é que antigamente quando alguém dizia alguma coisa era ouvido e abafado; hoje em dia todos podem dizer tudo que ninguém ouve...
Cumprimentos cordiais
:)
Talvez fosse melhor começar o post identificando o seu autor, em vez de o fazer apenas no final.
Há cada vez mais pessoas incapazes de ler com atenção um texto até ao fim.
Olá,
Gosto de números e de gráficos.Para mim têm uma interpretação clara. Agora fica a dúvida:
Os credores durante estes anos não deram por nada?
O Syriza só entrou para o governo em janeiro de 2015, o Tsipras é o culpado desta situação?
No meu comentário não está em causa se o Syriza é de esquerda ou de direita,
mas foi eleito democraticamente e ainda não o deixaram governar.
O problema é a dívida com tudo o que isso implica, até o povo grego perder a dignidade e se necessário a soberania. São chocantes os relatos que nos chegam e nós não estamos imunes.
Na política sou moderada, mas não consigo ficar indiferente a este vale tudo dos políticos de uma UE, que de união tem pouco, para não dizer quase nada.
jfah
Está mais satisfeito agora?
M. Ferreira
Essa pergunta tenho-a eu feito vária vezes...
Mas como não sou política, não tenho resposta.
Penso que um país deve ser governado por pessoas respeitáveis,
com conhecimentos suficientes para o cargo e em constante
verdade com o povo.
Talvez se evitasse situações como o que sucedeu na Grécia
e em Portugal.
Mesmo em Portugal há imposições de Bruxelas, que os políticos
portugueses não têm coragem de dizer ao povo.E a Troika não
saiu de Portugal, como também nos mentem...
Sei que após as eleições vão acontecer "maldades" que os políticos
em campanha não vão ter coragem de dizer a verdade.
O povo grego vai ter que sofrer muito, espero que as Instituições
gregas possam ter em conta os que em pior situação se encontram...
E Bruxelas também... Não se pode ter parte de um povo na Europa com
fome, falta de assistência na área da saúde, ou então acabem de dizer
que há solidariedade europeia!
Começo a ficar cansada de tanta conversa e os decisores políticos
não agirem de modo a resolver as situações de uma forma directa.
Esta Europa,como está, não se vai prolongar por muitos anos.
Temo pelos jovens de hoje e as crianças.
Eu já não verei o pior, mas o que estou vendo, já me assusta
muito.
Cumprimentos
Irene Alves
Chama-se a isto brincar aos gráficos de uma forma pouco séria e demagógica. Carlos Pinto “esquece”, intencionalmente, só pode, de mencionar a gigantesca evasão fiscal que se verificou durante esse período, evasão essa levada a cabo pelos bancos gregos, armadores, grandes empresas, especuladores, consultadorias que faziam aconselhamento de fuga fiscal, etc. Que, quer o PASOK (socialista), quer a Nova Democracia (direita) tinham conhecimento. Aliás, vários responsáveis políticos desses dois Partidos transitavam daquelas empresas para o governo e vice-versa. Exactamente como cá. Sem tirar nem pôr! Ora, tal significa que os governos Gregos de então deixaram de receber receita fiscal, em muitos e muitos milhões de euros! Com a complacência do Estado/Governos Gregos desse período. Para além disso, outras entidades, como a Goldman Sachs, Deutsch Bank, a lista é razoavelmente significativa, ajudaram, ou contribuíram, juntos desses governos do PASOK e Nova Democracia, a ludibriarem as contas, para a Comissão Europeia, através de esquemas financeiros, com resultados gravosos para o Estado Grego, com implicações tóxico-financeiras, que depois deram no que deram. O resto é História. Por outro lado, quando os bancos gregos, já falidos ou descapitalizados, ao transferirem ignobilmente milhões para paraísos fiscais, pedem ajuda financeira – ao BCE, o mesmo BCE lá veio em seu socorro, todo lampeiro, fornecendo-lhes volumes extraordinários de liquidez, permitindo a sua recuperação (!). Porém, quando o Estado Grego (e outros, como nós) precisou de se financiar, o BCE portou-se de modo diferente. Contrariamente aos bancos, os Estados membros da zona Euro, como a Grécia, enfrentaram sozinhos os mercados de capitais. Perante a complacência do BCE, o sector financeiro (Banca) foi resgatado, para, na primeira oportunidade, atacar quem o salvou, especulando com a dívida pública dos países periféricos, como foi o caso Grego. Haverá por conseguinte que ter o maior cuidado com a mostragem de gráficos, que escondem e ocultam muitas das causas dos sarilhos em que se encontram os Estados em regime de “assistência” (ou de saque, porque é disso que se trata). Depois, no caso Grego, convém não esquecer os negócios ruinosos, para o Estado Grego, que a Alemanha praticou, com venda de submarinos inúteis, material e equipamento diverso, para além de operações de risco financeiro. O Estado Grego (PASOK/Nova Democracia) endividou-se por estas razões, por importar/comprar o que não devia (em quantidade e valores irresponsáveis), por optar por poupar fiscalmente quem não deveria ter sido poupado e porque não quis aplicar uma reforma fiscal mais equitativa, para o que teria de “atacar” o IRC da Banca, Armadores, grandes empresas privadas. Preferiu deixar de ir buscar receita fiscal onde ela deveria ter sido cobrada, perdendo milhões de Euros com isso. Que ajudariam a tapar muito buraco financeiro posteriormente. E agora, vem esta porca gente da Finança, a tal Troika, Mercados Financeiros, etc, reclamar juros e sacrifícios, junto de um governo que não foi responsável pelo desastre grego e impor medidas económicas abjectas sobre os ombros das classes sociais menos favorecidas. Voltando aos gráficos, fazem-me lembrar aquela conversa xôxa e mole do Dr. Medina, por ocasião daqueles serões televisivos, que só servem é para deitar areia para os olhos das pessoas.
Vasco Serrão
Vasco Serrão
O mundo é daqueles que não têm dúvidas como parece ser o seu caso.
Ao contrário, eu tenho muitas dúvidas e poucas certezas.
Cara Drª Helena
Peço imensa desculpa por vir falar depois da dona da casa, para mais quando não venho dizer nada de novo, mas quando leio certos comentários não resisto a lembrar Bertrand Russell
“O aborrecido deste mundo é que os idiotas estão seguros de si e as pessoas sensatas cheias de dúvidas”
Tive ainda o cuidado de pôr a "versão" portuguesa, muito mais suave que a original.
É nestas alturas (e quem me lê noutros sítios sabe que é verdade e o ponho em prática) que eu acho que muitas pessoas, em vez de continuarem sentadas ao teclado de roupão e pantufas, se deviam prontificar a continuar a conversa cara-a-cara dado que, em vez de abrirem um blogue, fazem da casa alheia palco gratuito.
Mas tirando raros casos (de que aliàs acabei "amigo") saltam logo todos fora.
Começam a ler para trás, devem concluír que a conversa é bem capaz de acabar à chapada e prontos...
RuiMG
O anónimo da 1 e 23 da madrugada não desmentiu nada do que foi dito. Que aliás são factos. Se fizer uma consulta a várias fontes, constatará exactamente isso mesmo. Aconselho uma consulta mais atenta a B.R e verá que a sua frase não se aplicava a quem apresenta factos indesmentíveis.
"Prontos..."
Vasco Serrão
Rui M. G. apesar de comentar aqui como qualquer anónimo em blog alheio, afirma, megalómano, ser alguém conhecido pelo que escreve.
Mas conhecido por quem e onde, se não faz link para o seu hipotético blog e, em boa verdade, não se identifica!
Porque será que as pessoas suspeitam que uma conversa com Rui M. G. poderá acabar à chapada?
É preciso ter lata! (Talvez até nem mereça um comentário).
Ou então vive num estado de neurótica ilusão!
Neste caso, não é nada que não se resolva com uma terapia. As melhoras.
J.A.
J.A.
Acontece que não sou assim tão anónimo como isso.
E acontece que sendo a Drª Helena também autora no "Delito de Opinião" onde eu faço parte dos comentadores "residentes" e conheço pessoalmente alguns autores (e outros comentadores de lá) sou fácilmente identificável, com nome, morada, telefone e o resto tudo que se imagine.
Acontece ainda que escrevi diáriamente noutros blogs onde muita gente que vem aqui e se reconhece aí pela blogosfera por participar activamente assinando sempre e frequentemente com o mesmo "nome" terá seguido e segue o meu percurso e as minhas ideias tal como eu sigo as deles.
E acontece ainda que várias pessoas como o J.A. que eu procurei conhecer pessoalmente exactamente para evitar malentendidos se baldaram todas (menos uma).
Acontece ainda que o seu sentido de humor é muito fraquito.
Se eu sou alguém em estado de neurótica ilusão ou não, é simples de resolver: se vive em Lisboa ou em Viseu diga onde gosta de almoçar e eu terei muito gosto em o convidar para almoçar quando lhe convier.
Uma excelente terapia, acho eu.
Aguardo notícias suas.
Melhores cumprimentos
O "Anónimo" da 1.23 é tão anónimo como o Sr. Vasco Serrão ainda que o Sr. Vasco Serrão pelos vistos ache que põr o nome completo é diferente de põr as iniciais no contexto em que o fazemos aqui.
Não posso fazer consultas a fontes que só o senhor tem, as minhas dizem isso mas não só isso nem em especial isso.
Lamento no entanto que o senhor tenha acusado tanto o toque, aqui entre nós poderia ter passado por cima mas a sua reacção é característica e nunca falha para quem anda, como eu, há tantos anos a ouvir "das boas" e a dizer "o que pensa".
Uma coisa é nós fazermos declarações sobre as intenções dos outros (sempre justas) e outra coisa é os outros as fazerem sobre nós (sempre vergonhosas).
Melhores cumprimentos
J.A.
Em tempo
Quando me referi ao seu sentido de humor ser fraquito tinha a ver só e apenas com o ter levado tão a sério a conversa das "chapadas", era apenas uma afirmação no sentido figurado, de que as pessoas não se entendessem nada e acabasse por ser desagradável.
Resolvi dar-lhe este esclarecimento não fôsse julgar que me referia às suas 3 últimas linhas, que encaro como normalíssimas nestes bate-papo e perfeitamente justificáveis face à sua interpretação do meu texto.
Esqueço-me com frequência que os comentadores do "fio de prumo" não são como os de outros blogs, em que o acalorado da troca de impressões não altera a vontade de as continuar e o ping-pong das opiniões dura muitas vezes o dia inteiro, com algumas refregas bem fortes, o que não nos impede de lá estarmos no dia seguinte (e nos outros dias todos) a embirrar outra vez uns com os outros.
Já são 3 da manhã mas boa noite à mesma
rmg,
afinal quem acusou o toque foi você com tanta explicação xoxa. Mas você pelos vistos é um tipo importante e conhecido. Faz parte de um Blogue que todos devemos conhecer. E continuou a não desmontar o que aqui escrevi.
Cumprimentos,
Vas Serrão
Rui M.G.
V. é certamente uma boa pessoa, inteligente mas, de acordo com o pouco que conheço de si, falta-lhe inteligência emocional. «Esperneia» muito para chamar a atenção.
Para si são todos imbecis, fraquitos, gosta da chapada verbal.
Parece orgulhoso disso. Como muitas pessoas, deve pensar que isso é ser frontal, mas não é. Para mim, uma pessoa que «qualifica» os outros, tem uma auto-estima e uma IE em baixo, a precisar, e a tempo, de desenvolver.
Foi assim que aprendeu a funcionar, habituou-se a isso.
Eu tb gosto muito da discussão acesa de ideias, mas um rótulo aplicado corta logo a comunicação e leva-nos para o plano do agressivo, violência verbal gera violência verbal, insulto gera insulto, é empobrecedor.
Quando alguém diz «és um imbecil» (mesmo que com citações de autores famosos), o outro responde «imbecil és tu» e não saem dali.
Quanto a mim, é um erro qualificar, por exemplo, uma criança, dizendo-lhe «és um mentiroso».
O que não significa que se deixem passar as mentiras dessa criança, chamando-lhe a atenção para a situação em que mentiu, mas sem o deixar logo etiquetado.
Gosta de vir aqui ao blog de HSC porque ela sabe muito sobre IE e respeita a opinião de todos, o que não significa que aceite tudo, e não «corte» quando esse respeito é ultrapassado.
Com dois filhos em campos opostos, HSC tem uma grande experiência.
Agradeço o seu convite, mas não vou aceitar, pessoas sem IE, fujo delas a sete pés, desculpe a sinceridade.
Não tenho nada contra si e deixo-lhe esta opinião sincera- desenvolve a sua IE, é difícil, mas vale a pena.
Eu estou a fazer o mesmo.
E diga-me, não estará na altura, com a experiência de blogger que diz ter, de ter o seu próprio blog? Pense nisso.
J.A.
Caros comentadores
Eis-nos chegados ao ponto de "não retorno", ou seja aquele em que ninguém se ouve e todos se atacam.
Parece-me melhor ficarmos por aqui!
Cara Drª Helena
A sua sensatez foi, é e continuará a ser sempre tudo.
Como imagina, pois me "conhece virtualmente" há uns anitos, eu ía ficar por aqui, há situações que ultrapassam a minha compreensão e eu tenho uma vida bem animada (às vezes demasiado) "aí fora na rua".
Noutros locais daria para eu escrever umas centenas de linhas pois, dormindo muito pouco e não vendo televisão nunca, tenho 16 horas livres por dia (não tenho mais porque gosto de comer bem e à mesa).
Mas em sua casa nunca por nunca o faria.
Até lá terei muito gosto em comentá-la no DO, recomecei a vir aqui porque sempre achei que o "fio de prumo" bem merecia uma caixa de comentários cada vez mais"animada" mas isto não é animação nenhuma.
Peço-lhe desculpa do incómodo que lhe causei.
RuiMG
Ó Rmg não tem que se desculpar.
A minha percepção é a de que há alturas em que os comentários já estão como a "pescadinha de rabo na boca", se me permite a expressão. Já não se dialoga e só se responde.
Em política, futebol e religião o diálogo não é fácil e entre latinos a coisa é um pouco pior!
:-))
Cara Drª Helena
Como lhe disse não ía responder, a partir de certa altura já não se responde, não é possível responder ao que se deixou de compreender, ao que deixou de fazer sentido para nós.
Agradeço as suas palavras.
RuiMG
OXI á la politique
Naí a l'amour.
Tensão
05/07/2012
Por: Ruben Eiras
A Grécia é o país da UE e do Euro com o maior potencial prospetivo de exploração de petróleo, com cerca de 22 mil milhões de barris no Mar Jónico e 4 mil milhões de barris no Mar Egeu. Por comparação, o poço Lula no Brasil (uma das maiores descobertas da última década) tem cerca de 8 mil milhões de barris.
Este facto é conhecido pela Troika do FMI, UE e BCE desde 2010. Em vez de promover a produção petrolífera para reequilibrar as contas gregas e aumentar a autonomia energética europeia, a ordem é privatizar a única via que o Estado grego dispõe para pagar aos credores.
Eis a razão pela qual russos e chineses digladiam-se para controlar os portos gregos: passam a controlar terminais de distribuição de petróleo e gás para os Balcãs e centro da Europa, e conquistam uma inédita presença estratégica no mediterrâneo.
Ciente desta ameaça, os EUA não dormem e Hillary Clinton deslocou-se recentemente à Grécia para tentar acertar condições de E&P com a Turquia, com o envolvimento da empresa americana Noble Energy. O problema reside em que a Grécia não dispõe de uma ZEE e por isso não tem garantido o direito soberano sobre os recursos no solo marinho. Por isso, Clinton foi tentar um acordo de repartição entre Grécia, Turquia e a Noble Energy. Na semana seguinte, os russos foram bater à porta dos gregos com proposta semelhante.
Se considerarmos que Israel será um exportador líquido de gás ainda nesta década e que Chipre também uma bacia rica em petróleo, concluem-se dois factos:
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A importância estratégica de capacidades de exploração submarina para a sustentabilidade dos países
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