terça-feira, 23 de junho de 2015

O sonho helénico

O novo caderno de encargos do governo Tsipras, terá que assentar basicamente nos seguintes pontos:

1.aumento da idade de reforma para 67 anos;
2.fim imediato das pré-reformas;
3.extinção dos suplementos às reformas mais baixas;
4.aumento das contribuições dos pensionistas para terem acesso à Saúde (5%);
5.aumento da TSU (3,9%) para os patrões;
6.aumento do IVA através da passagem de diversos produtos da taxa mínima para a máxima;
7.aumento do IRC de 26% para 29%;
8.corte de 200 milhões de euros na Defesa;
9.introdução de um imposto de 12% nos ganhos das empresas com lucros iguais ou superiores a meio milhão de euros;
10.introdução de um imposto sobre iates privados;
11.aumento do excedente orçamental primário no PIB. 

O povo grego vai ser, assim, submetido a um novo plano de austeridade. Que os portugueses bem conhecem. Todavia nada está seguro, visto que o Parlamento nacional ainda não aprovou tais medidas. Mas que elas representam uma certa desilusão, isso, ninguém duvida. Não era este o sonho helénico.

HSC

7 comentários:

rmg disse...


Cara Drª Helena

Se mais de 75% dos gregos não querem saír do euro e até lhe têm tanto carinho que os guardam debaixo do colchão, o que é que o Parlamento vai fazer?

Pôr a polícia na rua a dar bastonadas em manifestantes antes que os manifestantes dêem bastonadas neles?

Aquilo é a Grécia, a que tinha um "regime dos coronéis" que só acabou em 1974...



Anónimo disse...

Agora é que os gregos podem dançar Zorba...
Tereza

TERESA PERALTA disse...

Helena nem sei o que lhe diga.
Estamos a sobreviver, apesar das grandes dificuldades que passámos desde 2011.
Mas, admitindo que a Grécia está muito pior do que estava Portugal, começo a pensar que o "sonho" de uma União Europeia está longe da "luz ao fundo do túnel"...
Nem calcula a impressão que me faz quando leio o 3º item, já que, os mais velhos, aqueles que têm pouca esperança de vida, e que têm as reformas mais baixas, acabam, certamente, na miséria.
Não é justo pagarem a conta dos erros políticos, na gestão dos orçamentos públicos. A qualidade de vida e a riqueza que tiveram, devia ter sido bem gerida.
Uma tristeza!...

Anónimo disse...


Bom dia Helena!
É pena, que a austeridade seja sempre mais sentida nos mais desfavorecidos. O aumento do Iva será um dos fatores.
Em Portugal, começou a existir um marketing estratégico a meu ver bom, devido ao baixo poder de compra. As promoções nos hipermecados dos 25/30/50% funciona como um chamariz. Só compro o que tenho necessidade, mas por norma procuro as promoções dos produtos que uso. Ontem, comprei um detergente da roupa 90 doses Skip por metade do preço. Como, não tenho problemas em dizer que aproveito os saldos 50/70% para comprar roupa / sapatos. A minha profissão de modo geral ensinou-me a diferença entre o ativo/passivo e não dar o passo maior que a perna. O que aconteceu a muitos dos portugueses.

Carla

Anónimo disse...

Tanto falaram e criticaram o governo português e agora vamos ver...
ANDRADE

Anónimo disse...

E nem uma palavra, ou proposta, para aumentar o IRC da banca, nem uma proposta par evitar e controlar a fuga de capitais para off-shores, penalisando-os criminalmente, nem uma palavra para que o governo Grego passe a endividar-se apenas e só junto do BCE, que ajuda a sustentar, neste caso a 1%, como o faz a banca privada, nem uma palavra para os cortes que também o governo Grego dá á saúde Privada e Ensino Privado, como cá, nem uma palavra para rever o sistema fiscal, com vista a uma maior redistribuição das difenças sociais, cisa que nada preocupa a Troika que ataca a Grécia (como cá), nem uma palavra para prevenir e impedir a fuga de capitais, proibindo as transações e transferencias para Bancos estrangeiros, nem uma palavra para ser o Banco Central grego a controlar por completo o seu banco Central e deste modo melhor poder gerir a dívida, etc. as soluções de abjecção do costume. Só espero que Tsipas saiba ter a coragem suficiente para os manda à m...e explicar aos Gregos que o caminho é outro, mesmo com sacrifícios, que a médio prazo irão compensar. quanto à sondagem dos 75% nunca ouvi falar dela, mas é fácil de desmontar esses receios, a existirem o que duvido, com um esclarecimento honesto, franco e corajoso.
Vasco Pereira

Fernando Moura disse...

Lamentável.
As eleições estão à porta.
O trabalho de comparar programas eleitorais para quê, se quando chegam à Europa, são literalmente rasgados.
Proponho até que se crie um novo partido com um nome bastante sugestivo, e assim teremos a certeza do apoio da Srª Merkel e Cª, e governaremos sem atropelos.
" AMÉM ", seria o nome ideal.