Ouvi hoje, na íntegra, a entrevista dada por Marcelo Rebelo de Sousa ao Daniel Oliveira, no programa "Alta Definição". O entrevistador, que tem a sabedoria e inteligência de perguntar pouco e ouvir muito, deu mais uma prova disso mesmo.
Devagarinho foi perguntando tudo o que queria ao
Professor. E este não se esquivou. Mesmo nas questões delicadas da sua vida
sentimental ou do seu relacionamento com os Pais foi respondendo com a
habilidade que se lhe reconhece mas também com a fragilidade que, em certas
ocasiões, o brilho excessivo do seu olhar deixou transparecer, nomeadamente ao
falar dos filhos e da Mãe.
A certa altura disse algo que, a mim, tocou
particularmente porque é tema de muitas conversas aqui em casa. E que foi mais
ou menos isto: na vida há muito poucas
coisas muito importantes. Depois, em maior número, há coisas importantes.
Finalmente há milhões de coisas que são muito pouco importantes. E nós, na
vida, perdemos um tempo enorme com estes últimos milhões de coisas. É tão
verdade que até dói.
O resto, que foi ainda bastante, mostrou um
homem que pese embora ser muito activo, sabe que a idade irá determinar
que faça certas opções.
Marcelo é tudo menos um homem consensual. Há os
incondicionais e há os intolerantes. Depois há os outros, que, se ele estiver
interessado em voos mais altos, terá de conquistar.
Goste-se ou não, Rebelo de Sousa não deixa
ninguém indiferente!
HSC
16 comentários:
Ou seja, HSC já tem candidato a PR.
Embora reconheça que, por vezes, diz o que não deve, sou um incondicional do MRS
Melhores cumprimentos.
Também ouvi com muito agrado essa entrevista.
Marcelo Rebelo de Sousa,com seus defeitos e virtudes,como todos nós,quer se goste ou não é uma pessoa de peso a nível político. Algumas vezes cansa ,por achar que tem sempre uma opinião sábia sobre tudo.
Nunca o vi tomar uma atitude.Fica-se sempre pela teoria.
Mas fala de uma maneira que todos entendem.
Maria Isabel
Boa noite Dra Helena também ouvi e retive a mesma frase no final.E concordo com o que diz.O importante não há dúvida que é o essencial da vida - os pais,os filhos,os netos,os valores morais.
Aposto nele convictamente para PR uma vez que a Sra não concorre.
António
Anónimo das 19:18
Não, não. Eu sou muito realista. Primeiro candidatam-se e depois vejo se há algum cujo quociente defeitos / qualidades, me faz ir votar. Até agora, nenhum dos seis que já se perfilaram, me sensibilisou a esse ponto.
Aliás, prefiro que governo e presidente não sejam do mesmo partido...
Assim, aguardemos as legislativas e depois os que se apresentam a combate. E então decido.
O Anónimo não deve ser visita habitual deste blog... senão já me conheceria melhor!
Também eu gosto muito da clareza com que ele (quase) sempre se explica, mas é sempre mais fácil falar que agir.
Segui a sua sugestão e confesso que gostei bastante. Realmente, não se fica indiferente ao entrevistado, nem mesmo ao entrevistador.
Muito obrigada pela partilha. Enriqueceu bastante a minha noite de sábado.
Beijinho :)
Também prezo bastante o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa.
Infelizmente, não consegui ver a entrevista na totalidade, mas tenciono ouvi-la assim que possível através da Internet.
Um beijinho,
Vânia
No programa semanal fala "numa corrida contra o tempo" e por vezes cansa. Bem diferente de o ter ouvido no Alta Definição. Embora em ambos seja efectivamente o MRS e disse coisas muito verdadeiras e sentidas
Um bom domingo
Independentemente de se gostar ou não das acções de determinadas pessoas, neste caso, públicas, há sempre um ser humano por detrás.
Um ser com qualidades e defeitos, um ser humano com as suas fragilidades, por vezes escondidas, um ser estranho para os que o não conhecem bem.
Este tipo de entrevistas acabam por ser uma surpresa para o comum dos mortais, que faz com que a nossa opinião sobre eles, mude para melhor ou pior. Para mim tem sido uma mudança, na maioria dos casos, para melhor, felizmente!
Bjs
🌹🌹🌹
Helena
Hoje, vinha falar da entrevista do Marcelo, vejo que não ficou indeferente.
"O Daniel tem a sabedoria e inteligência de perguntar pouco e ouvir muito"
É programa que tento não perder, gosto do Daniel tem atributos que muitos entrevistadores não tem. Saber ouvir, saber tocar no ponto certo , ser sensível ao outro, faz dele um grande profissional.
Gostei de ouvir o Prof.Marcelo, o seu voluntariado, acredita na vida além, reza o terço todos os dias no carro, faz 1001 coisa por dia/noite. Vive com entusiasmo, creo que deve ser um professor que cativa os seus alunos. Só, ouve uma coisa que não falou, foi da sua vida amorosa, mas não deve haver muito que falar.Todos sabemos que namora há muito tempo, mas que não vivem juntos. Talvez, seja esse o segredo para muitos casais terem sucesso. Gostei de conhecer o seu lado mais pessoal o político já todos conhecemos.
Carla
Vejo o MRS uma espécie de maria vai com as outras, e até como uma espécie de tarólogo. Um género fala barato. Diz mal do governo quando acha que fica bem dizer, mas logo a seguir faz a sua campanha para que se continue a votar nele. Enfim, eu cá desconfio sempre de pessoas com este perfil.
Espero que nunca seja o nosso presidente. Seria demasiado mau!
O Daniel Oliveira tem o dom de fazer parecer que todos os seus entrevistados são muito boas pessoas, com bom coração etc etc. Nesta entrevista não fugiu à regra.
Pedro
Seria interessante analisar os ingredientes que compõem «o personagem» criado por Marcelo RS. A habilidosa pretensa isenção, os mitos que deixam o espectador surpreendido com a sua suposta capacidade de leitura (há quem acredite que ele lê mesmo aqueles livros todos!), com a catadupa ensaiada do seu raciocínio blabla, que asfixia o interlocutor e não o tem em conta.
Até quando este «speedy boneco» que criou, convencerá. A mim nunca me convenceu. Areia demais para ser credível e genuíno.
Provavelmente acha que os outros são uns chatos que não o conseguem acompanhar nos seus malabarismos. «O boneco» que interpreta é isso mesmo um malabarista.
Muita parra, pouca uva, matreirice, um estilo ultrapassado que corresponde a mitologias duma época passada, elaborado.
Enganador.
J. Aire
J.Aire
Bom para si deve ser o Sócrates,não?Esse além de malabarista é ilusionista.Há gostos para tudo até para fantoches.
Andrade
Andrade
E porque é que havia de ser Sócrates que é mesmo isso tudo que lhe chama?
A minha opção, já que quer saber, seria Helena Roseta.
J.Aire
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