Pode um filme menor pôr questões maiores? Pode. É o caso de Take This Waltz que entre nós se chama Notas de Amor.
Escrito e realizado por uma mulher, Sarah Polley, conta a história de Margot (Michelle Williams), a qual julga ter um casamento feliz com Lou (Seth Rogen), escritor de livros de culinária sobre a maneira de cozinhar frangos até, acidentalmente, numa viagem, conhecer Daniel (Luke Kirby), um seu vizinho.
Algo faz com que se sintam, de imediato, atraídos. Os dois tentam desvalorizar essa química recíproca mas, com o passar do tempo, apercebem-se da enorme atracção que sentem um pelo outro. A qual leva Margot a enfrentar-se a si própria e ao seu casamento. Portanto uma história banal de um triângulo amoroso.
Algo faz com que se sintam, de imediato, atraídos. Os dois tentam desvalorizar essa química recíproca mas, com o passar do tempo, apercebem-se da enorme atracção que sentem um pelo outro. A qual leva Margot a enfrentar-se a si própria e ao seu casamento. Portanto uma história banal de um triângulo amoroso.
Acontece que o filme que na primeira metade é, do meu ponto de vista, excessivamente lento a explicar a relação do casal, tem, na segunda parte, não só um diálogo que, por si só, vale a ida, como mostra uma lindíssima cena de amor numa piscina, na qual os corpos se procuram, incessantemente, sem jamais se tocarem.
Todos se lembram, com certeza, da cena em que Meg Ryan, num restaurante, simula um orgasmo. Pois aqui, passa-se algo semelhante, quando Luke Kirby - um pedaço de mau caminho - diz a Margot o que lhe faria se estivessem a sós. É uma cena plena de erotismo não explícito, a não perder...
Depois, bom depois, é perceber se o amor tem ou não, prazo de validade. Ou se, mesmo trocando-se de parceiro, e explorando-se todas as aventuras de uma sexualidade completamente livre, não haverá uma tendência natural para repetir aquilo de que se fugiu.
Nas mãos de outro/a realizador/a de alto gabarito, aquele triângulo tinha pernas longas para andar. Assim, vê-se, mas fica-se por aí. Ao jantar, nem mesmo comendo frango, relembraremos o filme.
Todavia, Leonard Cohen está lá e a música, que dá título ao filme, é absolutamente única!
HSC
HSC
4 comentários:
Também já ouvi falar da banalidade do tema e de um filme para "passar o tempo". Mas, como a Helena, também acho que nem que seja só pela música de Leonard Cohen, valerá pena passar por lá. Prezo muito a sua opinião, em tudo, mas no que diz respeito a cinema costumo concordar sempre consigo. Este será pois, certamente, o próximo filme que vou ver.
Beijinho :)
Isabel Mouzinho
Ainda não vi este filme mas talvez arrisque.
Tenho sempre receio de comédias americanas que venha junto uma "xaropada"...
Beijinhos,
lb/zia
É isso mesmo querida Helena... O Luke Kirby é um pedaço de mau caminho! :)) :))
Isabel BP
Já vi o filme, Helena, e concordo com a sua opinião. Um filme com uma história trivial mas com um olhar diferente sobre as personagens e sobre os seus sentimentos, já para não falar da banda sonora, que tal como aqui foi dito, é excepcional. Também simpatizo com a actriz e o seu "vizinho". Quem for ver este filme, certamente não dará o tempo por mal empregue.
Beijo e obrigada pela partilha
Teresa
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