Christine Lagarde, num discurso no Conselho Alemão de Relações Externas em Berlim, criticou esta segunda-feira "uma tendência preocupante em diversos meios - de verem a política orçamental como um jogo de moralismo entre liberalidade e responsabilidade".
Abordou extensivamente a situação na zona euro, considerada o epicentro dos problemas, e salientou que estava nas mãos dos políticos evitar um momento do tipo dos anos 1930.
"O que temos todos de compreender é que este é um momento de definição. Não se trata de salvar este país ou região. Trata-se de salvar o mundo de uma espiral económica descendente.
Podemos evitar um tal cenário. Digo-o por uma razão simples: sabemos o que tem de ser feito".
Terminou citando o poeta alemão Goethe: Não basta saber, tem de se aplicar. Não basta querer, tem de se fazer".
As perguntas são: mas quem faz? E porque se não faz?
3 comentários:
Cara Helena,
Há um ano sabiam o que deveria ser feito mas nunca houve vontade política para o fazer (harmonização orçamental, atribuição de novas competências ao BCE, etc). Hoje, para além de já ninguém saber muito bem o que fazer, existem agendas políticas nacionais que prevalecem sobre a Europa como um todo. Cada um por si até que a coisa má também bata à Alemanha.
Entretanto a Comissão Europeia discute e intima os países da União a padronizar as gaiolas das galinhas e a dar-lhes melhores condições de conforto, enquanto milhões de PESSOAS caem no desemprego e ficam sem casa e muitas vezes sem comida. Não está tudo louco??
E sabe-se o quê? É que todos dizem que se sabe qual é a solução mas ninguém diz o que é, afinal, essa solução.
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