quinta-feira, 31 de março de 2011

A Capa

Sempre disse que não sou escritora. Sou uma pessoa que gosta de escrever. É muito diferente. Sou, isso sim, uma escrevinhadora. E, julgo, sem falso pudor, que tenho sentido crítico, o que talvez me permita fazer crónicas com alguma qualidade.
"Gaba-te, cesto", dirão uns. É o que penso, respondo eu.
Ontem foi o segundo dia de tortura, na editora, a escolher a capa dos CAMINHOS DO CORAÇÃO - passe-se a publicidade que sai a 5 de Maio. Cheguei ao fim do dia num frangalho de cansaço.Aquela que eu queria não era uma boa capa. E a que a editora queria não estava a convencer-me. Tive que me socorrer de um dos filhos para me ajudar a fazer a escolha.
Pois o infante, numa penada, resolveu o meu problema e a "obra" já tem roupa. Linda, devo confessar. Hei-de mostrá-la aqui.
Porque é que falo disto? Porque, de facto, o aspecto exterior dum livro tem muitíssima importância. Sobretudo, quando o nosso rosto, não faz parte dele, como é o caso. É que a capa tem que ver com o conteúdo, mas também tem que possuir o mistério suficiente para levar alguém a pegar no opúsculo, folheá-lo, acariciá-lo e, enfim, comprá-lo com desejo de o ler. E, para conseguir tudo isto terá, ainda, que se destacar, entre muitas outras, na prateleira de uma livraria.
Se uma boa capa não faz um livro, uma má capa pode ser desastrosa e quase matá-lo. Espero que esta seja verdadeiramente estimulante. Pelo menos, tanto, como foi a do "Nós de Amor"!

HSC

11 comentários:

Tété disse...

Cara Helena,
Ofereceram-me no Natal o seu livro Nós de Amor, que adorei, aliás como todos os outros que já tive oportunidade de ler.
Fico ansiosamente à espera de Os Caminhos do Coração que, como sempre, antevejo irá ter grande sucesso.
É que a sua escrita tem o condão de nos avivar a lucidez e dar boa disposição.
Beijinhos
Teresa

Marcolino Duarte Osorio disse...

DRª.Helena,
O mudo, é-o, porque assim nasceu. O Surdo, tal como o mudo, assim o será.
Escrever, o que se sente, que será descrição daquilo que se vê, sente e vive,é um dom naturalmente natural.
Eu sou btonco, por natureza, mas gosto de esbroncar a olhos vistos, porque se não escrevo aquilo que tenho para vos dar, então serei um assassino de mim prório.
Logo, o meu melhor caminho, é assumir-me tal como nasci, tal como Deus me concebeu, para descrever tudo aquilo que vejo à minha volta, desta forma como lhe descrevo este meu sentimento de consigo comunicar...!!!
Cumprimentos
MO

Maria disse...

Querida Helena Sacadura Cabral,

Permita-me que a trate sem o 'Dona', dado que já acompanho o seu blog há algum tempo, e via a sua boa disposição e gargalhadas na SIC. Sinto-me no 'direito' de a tratar somente por Helena. :)
Tenho 25 anos. E, para mim, a Helena é um Exemplo. Referi a minha idade para que saiba (ou para que saiba MESMO) que tem muitas pessoas de muitas idades que a admiram.
Gosto mesmo muito de si.
Beijinho.

Anónimo disse...

Ola Helena sou daquelas pessoas que quase nunca olha para a capa de um livro mas sim para o titulo é por o titulo que eu leio o rusumo de um livro embora ademita que uma capa bonita também atrai e muito é tudo uma estratégia de marting pois as pessoas hoje em dia pegam num livro muitas vezes por a capa ser bonita,mas as vezes o que está dentro do livro é que importa e ás vezes a capa pode ser bonita mas o livro uma desilução já me aconteceu isto.
Gosto muito dos seus livros mas nunca tive a oportunidade de ler ninhum apenas li um bocadinho na fnac pois as minhas finanças não me permitem comprá-los se me podesse dar este último que escreveu que vai sair com uma dedicatoria e um autografo serei-lhe internamente agradecida pois quando se gosta de ler e de escravinhar como eu gosto só se consegue fazê-lo tendo um blog e trazendo livros da biblioteca e na biblioteca do bairro onde vivo eles não têm os seus livros.
Desejo a maior sorte do mundo para este seu livro que vai sair,que tenha muito exito,e se por acaso for á fnac do colombo apresenta-lo lá estarei para a comprimentar.

Gaivota Maria disse...

Estou a ter o prazer de a ver no programa da Conceição Lino. Já desisti de ligar para ter o livro o que me importa pouco porque vai estar aí à venda. O que mais tenho gostado é de ver a sua aitude de vida. Há anos que a vejo em programas. Definitivamente o tempo não passa para si (mau grado as marcas que ele nos vai deixando)porque a cada dia está mais rica , mais optimista e mais brilhante. Continue assim, o exemplo mais acabado de uma geração de mulheres que sabe fazer de tudo, que o assume com a maior simplicidade. Quando me sinto mais em baixo lembro-me de si do seu bom humor e da sua capacidade de gerir a sua vida com essa coragem e alegria. Sou um pouco assim só que tenho um reformado a tempo inteiro em casa (compreende)mas consigo dar uma volta por cima. Sei que um dia hei-de conhecê-la pessoalmente para lhe agradecer a força que nos dá.
Um abraço de outra escrevinhadora anónima

Anónimo disse...

Que bonito...
Parece a evasão da rosa.
Claro que vou comprar.
Isabel seixas

Para a Posteridade e mais Além disse...

Sempre disse que não sou.

Dos escritos abastado

Pelos caminhos que vou

De escrever anojado

Mas se de escrever gosta .

então É muito diferente.

eu sou mais de ler bosta

Sou, como toda essa gente

que sem ler vive contente

sem nada saber escrever

isso sim, escrevinhadora.

sois modesta sim senhora

E, julgo, sem falso pudor,

que tendes crítico sentido ,

e se o fazeis por amor

fica assi aqui retido

que escritos mais virão

mande que não seja em vão


ó crónicas de calidade.

Anónimo disse...

Eu sou uma das suas fãs e também de um dos seus filhos.
Podemos saber qual foi o filho que deu a opinião sobre a capa?

Helena Sacadura Cabral disse...

Cara ava n'tesma

De versos sabeis.
E de julgamentos subtis,
Tambem.
Escrevinharei, sim,
Esperando, se me lerdes,
Que a calidade
Das crónicas
Em vão não seja!

patricio branco disse...

A capa do livro é importante, sem dúvida, tal como o rótulo dum vinho, etc.
Há editoras que mantêm as mesmas capas durante décadas e continuam actuais e a agradar (nrf gallimard) ; outras que mudam tudo e fazem uma confusão com a nova apresentação (penguin).
Há editoras com tradição de capas magnificas, obras de arte. Em Portugal, no passado, tivemos a ulisseia, que destaco. Mas tambem outras. Entre os bons desenhadores de capas portugueses distingo dorindo de carvalho, vespeira e bernardo marques. Só o primeiro continua ainda em funções.
Não só a capa, tambem o tamanho do livro conta, hoje há a tendencia dos fazer grandes, pouco práticos de transportar e gastando-se demasiado papel. Uma capa tambem deve ser resistente, dura ou firme, de preferência com badana e dando boa informação sobre a obra e o autor.
Até 15 por 21 cm é para mim a dimensão ideal dum livro e para os de bolso o máximo 10/18 ou deixam de ser de bolso.
Enfim, tudo isto para desejar que o novo livro, com capa cuidadosamente escolhida, tenha sucesso e seja bem lido.

margarida disse...

A capa.
Como o rosto e o corpo que envolve o cerne; o que contém a alma.
A capa traduz o que vai no interior, de forma condensada, espicaçando a curiosidade, fornecendo pistas, acenando promessas.
A capa, entre o doce e o coquette, sorri e pisca o olho, cativa e seduz.
A capa é, sem dúvida, essencial.
Desejo tanto ou maior sucesso do que todos os outros até hoje.
Mais do que merecido, justo.

Abreijíssimo.